Daniel Campos

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Encontrados 200 textos. Exibindo página 10 de 20.

22/02/2013 - Mojubá

Mojubá uma saudação, um louvamento, um título. Mojubá é uma expressão que faz referência ao começo de tudo e ao infinito. Mojubá está ligada ao mensageiro supremo, ao comunicador nato, ao falante. Mojubá indica grandeza, respeito, reverência. Mojubá redimensiona suas atitudes, sonhos e ações. Mojubá é uma expressão que quer dizer mil coisas: De “apresentando meu humilde respeito” a “bem-vindo à roda”. Mojubá é uma roda viva, movimentada pela força da criação.

Mojubá é onde está o axé. Mojubá é o vem em primeiro lugar. Mojubá é a ponte entre o material e o astral. Mojubá é a irreverência, a alegria, a sensualidade das coisas. Mojubá é o culto à fertilidade de ideias e sentimentos. Mojubá é sutileza e astúcia. Mojubá é o que provoca, o que inspira, o que constrói, desconstrói e reconstrói. Mojubá é o que lhe satisfaz, é o que lhe encontra, o que lhe liberta. Mojubá é o que abre, destranca e ilumina seus caminhos.


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14/02/2013 - Meu mundo ó

Meu mundo não é de barro nem de pó. Meu mundo é dos mistérios do catimbó. Meu mundo é pintado feito galinha carijó. Meu mundo é rebuscado e detalhado como pintura rococó. Meu mundo é o mundo da minha avó. Meu mundo tem gosto de abricó. Meu mundo é usado e cabe num brechó.
Meu mundo vem lá do cafundó. Meu mundo não tem dó. Meu mundo é amarrado com cipó. Meu mundo vira e mexe dá nó.

Meu mundo está cheio de canto e encanto de curió. Meu mundo é iluminado pela chama do fifó. Meu mundo tem história de faraó. Meu mundo tem sentimento caindo feito toró. Meu mundo sacode para lá e para cá em feitio de forró, forrobodó. Meu mundo tem neve, pinguim e esquimó. Meu mundo ora desce amargo a exemplo de jiló. Meu mundo pia feito jaó. Meu mundo acorda ao som do cocoricó. Meu mundo é combinado feito jogo de dominó. ...
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06/02/2013 - Memórias

Memórias que vão formando tramas e caminhos ao longo de bordados com rendas, de chitas e trançados com fitas que vão fazendo a cabeça desta baiana de tantos pontos e arremates.

Como um bordado feito à mão e linha, no melhor estilo Richelieu, minhas páginas vão formando imagens de uma obra interior.

Memórias de trabalho, amor e fé. Memórias de feitos, atos e fatos. Memórias primárias, secundárias, terciárias. Memórias secretas e de porta-retratos.

Memórias de sentir, de pegar, de sonhar. Memórias de um tempo, de um espaço, de um sentimento. Memórias de tantas direções, de muitas feições. Memórias acesas, acordadas, revisitadas. ...
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30/01/2013 - Milharada

Um grão de milho. Um pé de milho. Um milharal. Um corvo. Uma arrevoada de corvos. Um céu negro de corvos. Um espantalho. Um espantalho assassino. Um filme de terror. Uma espiga de milho. Uma saca de milho. Um celeiro. Mãos quebrando espigas de milho. Mãos separando o milho da palha. Mãos debulhando milho. Mãos, animais e máquinas em torno do milho. Milho na tulha. Milho no prato. Milho na bolsa de valores. Milho virando fubá. Milho virando polenta. Milho virando bolo. Milho virando pamonha. Milho virando sustento. Milho virando transformação. Milho virando pipoca. Milho em todos os estados físicos e emocionais. Noivas de milho caminham fagueiras pelas ruas dos milharais. ...
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24/01/2013 - Mãe que auxilia

Mãe, está difícil seguir por esse destino que me destina. Mãe, o peso do mundo insiste em me empurrar ao chão. Mãe, quando é que tudo melhora? Mãe, quero colo. Mãe, aponta-me um caminho menos íngreme ou me dê força para subir. Mãe, não quero ceder. Mãe, não quero desistir. Mãe, não aguento mais tanto sofrer. Mãe, será que todo sonho é só um sonho? Mãe, leva-me para casa. Mãe, sopra minhas feridas. Mãe, coloca no meu peito punhados de esperança. Mãe, dá-me suspiros. Mãe, esteja presente em todo chão que piso, em toda estrela que olho, em todo sentimento que respiro. ...
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13/01/2013 - Mil encontros

Hora a hora, os ponteiros se encontram. De eclipse em eclipse, sol e lua se encontram. De esquina em esquina, ruas se encontram. Olhos nos olhos, pontos de vista se encontram. Corda a corda, acordes se encontram. Perna entre perna, prazeres se encontram. Tom sobre tom, estilos se encontram. Braço a braço, abraços se encontram. Partida a partida, adeus se encontram. Boca a boca, almas se encontram. Página a página, personagens se encontram.

Romance a romance, histórias se encontram. Passo a passo, caminhos se encontram. Viagem a viagem, destinos se encontram. Estação a estação, trens se encontram. De sonho em sonho, ilusões e desilusões se encontram. De café em café, bons-dias se encontram. Asa a asa, pássaros se encontram. De retrato em retrato, passados se encontram. De ciclo em clico, mundos se encontram. De onda em onda, mares se encontram....
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11/01/2013 - Mais do amor

O amor há de ser uma estrela de romã, com sementes da sorte a cada manhã. O amor há de ser um coração de organdi, vestido de gala para todas as ocasiões. O amor há de ser o sobrenatural que atrai o pescador à sereia, entre mistérios e encantos. O amor há de ser uma tarde de lua, uma noite de sol. O amor há de ser uma arrumação diária de sentimentos. O amor há de ser o bis, o quero mais, o desejo de viver tudo outra vez. O amor há de ser o que acontece para além de qualquer suspeita. O amor há de ser a imaginação com nuances de realidade. O amor há de ser uma manifestação intensa e constante de sentidos. ...
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24/12/2012 - Minha rainha

Rainha dos meus dias, remédio das minhas agonias, conteúdo das minhas horas vazias. Rainha das mudanças, farol da esperança, senhora de todas as crianças. Rainha sem manto e dos pés descalços, de encantos e divinos laços. Rainha das minhas estradas, noite enluarada, mulher com ares de fada. Rainha das videiras, das amoreiras, das fogueiras. Rainha do sagrado, do futuro, presente e passado, que passa sempre ao lado.

Rainha de conquistas, bem-quista, que enche a vista. Rainha das luzes brilhantes, que segue avante, pequena e gigante. Rainha sem riqueza, de rara beleza, de indiscutível pureza. Rainha conhecedora dos meus sentimentos, dos meus lamentos, dos meus arrependimentos. Rainha do alecrim, do começo, do meio e do fim, do querubim. Rainha dos céus azulados, dos enamorados, dos néctares perfumados. ...
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17/12/2012 - Maria Penélope Charmosa Cecília

Eu não a vi nascer, mas é como se tivesse visto, pois nos meus sonhos, desde criança, sempre fui pai de uma menina vinda de um reino encantado. Eu não a carreguei no colo, nem embalei seu sono, mas é como se eu tivesse a levado comigo por esse tempo todo, contando histórias de ninar, cantando cantigas de roda. Eu não escolhi seu nome, mas é como se ele fizesse parte da minha memória auditiva.

Eu não testemunhei momentos que marcaram o início da sua vida, como as primeiras palavras, a boneca preferida, o som de sua gargalhada quando bebê; também não a vi arrastar pelo chão, não engatinhei com ela, não a ajudei a andar de bicicleta, porém, de um modo ou de outro, eu tenho essas imagens todos imersas no meu inconsciente. De alguma forma ainda não explicável, participei desses e de outros instantes......
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19/11/2012 - Morte ao tédio

Inverta os dias da semana. Vire o relógio de ponta cabeça. Troque o carro por uma asa delta. Como o jantar no café da manhã e o petisco do final de semana no almoço. Leia de trás pra frente. Fale o que nunca falou, faça o que nunca fez, sinta o que nunca sentiu. Seja capitão dos barcos de papel Lançados à enxurrada. Siga no sentido contrário do engarrafamento. Troque a cor, o sabor e a essência do sabonete, da pasta de dente, do perfume. Vista o que não é dado a vestir. E toda vez que pensar em chorar comece a sorrir. ...
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