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Encontrados 200 textos. Exibindo página 9 de 20.
12/05/2013 -
Mãe das mães
Mãe. Mãe de ventre. Mãe de colo. Mãe de paixão. Mãe do auxílio. Mãe da clarividência. Mãe de santo. Mãe de saudade. Mãe do perpétuo socorro. Mãe da anunciação. Mãe do aconchego. Mãe da proteção. Mãe da divina providência. Mãe do perdão. Mãe do afago. Mãe da luz. Mãe das graças. Mãe das curas. Mãe do afeto. Mãe de leite. Mãe da purificação. Mãe do mistério profundo. Mãe de todas as horas. Mãe do carrego e do descarrego. Mãe da continuação.
Mãe de enxoval. Mãe de magia. Mãe de abraços. Mãe da proteção. Mãe da falta de explicação pela ciência. Mãe do amor sobre-humano. Mãe da eternidade. Mãe de beijos de boa-noite, bom-dia, boa-tarde. Mãe da benção. Mãe do axé. Mãe dos sonhos. Mãe desatadora dos nós. Mãe dos anjos. Mãe da ajuda. Mãe da boa hora. Mãe do amparo. Mãe da consolação. Mãe do acompanhamento contínuo. Mãe da guia. Mãe do livramento. Mãe da peregrinação. ...
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26/04/2013 -
Marcações
É pouca a vida. É constante a morte. É infinita a fome. É crescente a saudade. É inevitável a separação. É dolorida a estrada. É paralelo o sonho. É solitário o amor. É impossível a compreensão. É longa a decepção. É inconstante o sorriso. É frágil a fantasia. É rara a sorte. É difícil a convivência. É feliz a coincidência.
É forte o adeus. É fraca a promessa. É bêbada a ilusão. É falível o plano. É acertado o erro. É belo o parto. É proibida a perfeição. É indiscutível o coração. É esperado o milagre. É profética a esperança. É cheia a lua. É corrente o tempo. É mágico o raciocínio. É desconhecida a fé. É apaixonante o encontro e ainda mais o reencontro.
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18/04/2013 -
Mulher dos rios
Mágica como o Nilo. Cheia de braços como o Amazonas. Colorida como o Azul, o Vermelho e o Amarelo chineses. Desejada como o Ganges. Fria como o Ural. Bela como o Danúbio. Poética como o Tejo. Charmosa como o Sena. Metropolitana como o Hudson. Navegável como o Volga. Pontual como o Tâmisa. Sagrada como o Jordão. Corre às vezes no sentido inverso como o Spree. Perigosa como o Orinoco. Fonte de vida como o Kenai. Folclórica como o São Francisco. Insensata como o Douro. Surreal como o Tinto.
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10/04/2013 -
Menino partido
Desde nascido, o menino queria partir. Partir para fora do útero. Partir para além da bolsa. Partir nas mãos da velha parteira. Partir no colo de mãe, pai, tia, avô... Partir para além dos limites do berço. Partir em busca da vida que era sua e de mais ninguém. Partir se arrastando, engatinhando, andando. Partir caindo e se levantando. Partir numa ânsia recém-nascida. Partir impulsionado pelo desconhecido. Partir de improviso. Partir na crença de uma profecia. Partir colocando a alma na boca do vento. Partir de fora para dentro e vice-versa. Partir com fome de mundo. ...
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06/04/2013 -
Matadeira
Mata, mata a minha fome com seu açúcar. Mata, mata o que me consome se fazendo de maluca. Mata, mata a minha fobia sem remédios. Mata, mata o meu borrão de tédio. Mata, mata a minha fantasia de carnaval. Mata, mata o meu sobrenome ancestral. Mata, mata o meu arvoredo com seus tratores. Mata, mata o meu medo de invasores. Mata, mata o meu verde com seu excesso de cor. Mata, mata a minha lembrança sem eu lhe propor. Mata, mata a minha sede de cachaça. Mata, mata o meu eu criança no meio da praça.
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29/03/2013 -
Maria anoiteceu
Maria amanheceu mais calada do que costumava amanhecer. Maria amanheceu sem querer comer nem ao menos um pedaço de pão. Maria amanheceu sem conseguir engolir nem um copo d’água. Maria amanheceu sem disposição para cantar a canção que mais gostava. Maria amanheceu acendendo vela. Maria amanheceu pagando promessa. Maria amanheceu rezando sem parar. Maria amanheceu com vontade de ficar sozinha. Maria amanheceu sem ter dormido um minuto sequer.
Maria amanheceu com um aperto ruim no peito. Maria amanheceu com o coração apertado. Maria amanheceu com a maquiagem borrada de tanta chorar. Maria amanheceu sem querer ir ou ficar. Maria amanheceu com a certeza de que dali em diante nada seria como antes. Maria amanheceu sem poder fazer nada para mudar o destino. Maria amanheceu de luto mesmo vestida de branco. Maria amanheceu sem saber o que ia ser de si. Maria amanheceu em meio a um sentimento de perda. ...
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24/03/2013 -
Mãe da cura
Mãe, passa seus ramos, seus ramos sagrados, por tudo o que me dói. Mãe, leva embora toda dor que me devora. Mãe, afasta toda sofreguidão que pousa em mim como um corvo agourento. Mãe das flores de alecrim, banha-me com seu unguento. Mãe, arranca do meu ser todo sofrer dos tumores, horrores, dores, dissabores. Mãe da misericórdia, sopra com seu vento santo, sacrossanto, cicatrizando feridas, fechando cortes, apagando marcas. Mãe, auxilia meu corpo, meu sentimento.
Mãe, tira todo o peso que dói dentro de mim. Mãe, lava meu sangue. Mãe, limpa meus pensamentos. Mãe, faz tudo de ruim sair no meu choro. Mãe, traz seus anjos da cura para perto. Mãe, vence as minhas doenças. Mãe, ilumina as sombras que me doem. Mãe, desfralda todo medo. Mãe, estanca a dor que mina por toda parte. Mãe, cega a lâmina do tempo. Mãe, alma. Mãe, exorciza o mal do sofrimento. Mãe, benze meus dramas. Mãe, me passa dentro do seu rosário dizendo que me ama.
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20/03/2013 -
Muda e ilumina
Iansã, manda seus ventos para mudar tudo o que há para ser mudado. Tem que mudar a hora, tem que mudar o lugar, tem que mudar a rotina, tem que mudar presente, passado e futuro. Iansã, tem que mudar o rumo e o prumo das coisas de modo que tudo se encontre no desencontro que existe lá fora. Tem que mudar o que se ri e o que chora. Sem demora, Iansã, tem que mudar o destino do menino e da menina. Tem que mudar a intenção, a canção, o coração. Tem que mudar o trem de estação.
Muda, Iansã, muda. ...
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11/03/2013 -
Morre, mas...
Morre, mas morre com elegância. Morre, mas morre de uma forma bem morrida. Morre, mas morre de um jeito único. Morre, mas morre sem volta. Morre, mas morre com a certeza de dever cumprido. Morre, mas morre chamando por seus deuses e ancestrais. Morre, mas morre preparado para o inferno, para o purgatório, para o paraíso. Morre, mas morre sabendo que o umbral é logo ali. Morre, mas morre sem se deixar abater. Morre, mas morre como uma estrela.
Morre, mas morre sem perder a dignidade. Morre, mas morre deixando saudade. Morre, mas morre num beijo. Morre, mas morre mantendo vivo seus poemas. Morre, mas morre sem dizer ou fazer nada que desabone sua história. Morre, mas morre sem mendigar por mais vida. Morre, mas morre sem medo. Morre, mas morre se entregando. Morre, mas morre com fineza. Morre, mas morre cantando, dançando, amando. Morre, mas morre sem perder a beleza....
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08/03/2013 -
Mulher, dia que...
Mulher, dia que canta pelas esquinas. Mulher, dia que chora a felicidade de ser o que se é. Mulher, dia que se agiganta no calendário dos românticos. Mulher, dia de expectativa e saudade. Mulher, dia que se levanta para reverenciar essas criaturas que encantam. Mulher, dia perfumado. Mulher, dia de rímel. Mulher, dia de muita beleza e de uma pureza incrível. Mulher, dia de salto alto. Mulher, dia de meninices. Mulher, dia de saias, bolsas e vestidos. Mulher, dia de estrelas, brilhos e estribilhos. Mulher, dia de olhos absurdamente femininos. Mulher, dia de gatas e onças. Mulher, dia de unhas e garras. Mulher, dia de asas que voam longe....
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