Daniel Campos

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06/02/2013 - Memórias

Memórias que vão formando tramas e caminhos ao longo de bordados com rendas, de chitas e trançados com fitas que vão fazendo a cabeça desta baiana de tantos pontos e arremates.

Como um bordado feito à mão e linha, no melhor estilo Richelieu, minhas páginas vão formando imagens de uma obra interior.

Memórias de trabalho, amor e fé. Memórias de feitos, atos e fatos. Memórias primárias, secundárias, terciárias. Memórias secretas e de porta-retratos.

Memórias de sentir, de pegar, de sonhar. Memórias de um tempo, de um espaço, de um sentimento. Memórias de tantas direções, de muitas feições. Memórias acesas, acordadas, revisitadas.

Memórias vermelhas e corais, de gerânio cor-de-rosa ou vermelho, de granada e rubi, de lua e júpiter, de fogo. Memórias cardíacas. Memórias de paixão e não menos apaixonadas ou apaixonantes.

Memórias de direito e justiça. Memórias do que se quer e também do que não se quer lembrar. Memórias solitárias, que correm feito pranto e que fazem cócegas na alma.

Memórias que cantam, dançam, rezam, vibram, choram, transcendem...


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