Daniel Campos

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11/01/2013 - Mais do amor

O amor há de ser uma estrela de romã, com sementes da sorte a cada manhã. O amor há de ser um coração de organdi, vestido de gala para todas as ocasiões. O amor há de ser o sobrenatural que atrai o pescador à sereia, entre mistérios e encantos. O amor há de ser uma tarde de lua, uma noite de sol. O amor há de ser uma arrumação diária de sentimentos. O amor há de ser o bis, o quero mais, o desejo de viver tudo outra vez. O amor há de ser o que acontece para além de qualquer suspeita. O amor há de ser a imaginação com nuances de realidade. O amor há de ser uma manifestação intensa e constante de sentidos.

O amor há de estar no silêncio de um grito apaixonado. O amor há de estar nas esquinas do destino. O amor há de estar nas encostas das costas. O amor há de estar num refrão que não deixa a cabeça. O amor há de estar nas inconsciências do dia a dia. O amor há de estar sublinhado, negritado, em caixa alta, em itálico no roteiro pessoal e coletivo. O amor há de estar nas entrelinhas do romance. O amor há de estar nas entregas, piegas ou não. O amor há de estar nos acidentes de percurso. O amor há de estar nos ensaios da eternidade. O amor há de estar nas metamorfoses do que chamamos de saudade.


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