Daniel Campos

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Encontrados 208 textos. Exibindo página 17 de 21.

03/03/2010 - Em clima de mudança

Arrumar a casa, mudar as coisas de lugar, trazer novidades ao espaço... Eis algumas tarefas rotineiras que fazem bem à alma. O ser humano é dado a mudanças. Mulheres amam mudar de roupa. Homens amam mudar de carro. Adolescentes amam mudar de celular. E todos amam mudar de ambiente, de cotidiano, de rotina. É claro que nem tudo deve mudar por completo. O amor, quando encontrado, deve ser mantido. Mas os elementos tidos como acessórios que visam alimentar essa relação devem ser mudados dia após dia. ...
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15/01/2010 - E outros mios

Pelo sol, você, com um vestidinho mi bemol, sujeita aos assovios e outros mios. A franja do horizonte escorrendo pelo laranja de seu vestido transpassado, fadado aos olhares dos meninos indiscretos que confessam a paixão de modo nada secreto. Até o vento anda soprando mais forte buscando descobrir algo ou alguém. Sua pele morena no contraste do laranja esbanja um brilho diferente, mais apaixonado e quente do que convém. Vem, vem, vem, ò morena dos olhos laranja, dar-me o amor que esbanja.
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31/12/2009 - É preciso ficar nu

Hoje é o último de muitos dias. O ideal seria passar o dia de hoje nu. Nu de roupas, pensamentos e sentimentos. Ah! Como seria bom se fossemos como os armários que podem ser completamente esvaziados. Hoje precisamos de uma arrumação. Tirar de si todo sim, todo talvez, todo não. Ficar completamente vazio. Hoje é um dia que não se devia ganhar nada, apenas dar. Afinal, hoje é o dia do desprendimento, do desligamento, do divórcio do velho com o novo. Hoje não existe presente, apenas um vácuo entre dois tempos vorazes e impiedosos. ...
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26/12/2009 - Estou

Estou em casa, estou no ar, estou no seu plexo solar. Estou na torneira, estou na nuvem e na ribanceira. Estou na roupa, estou na janela, estou na sua boca. Estou no jardim, estou no agito, estou na bala de festim. Estou no gargalo, estou no papel, estou pra lá do seu céu. Estou no buraco, estou no papo, estou no fato. Estou na pergunta, estou na garganta, estou aos pés da santa. Estou no chafariz, estou na ponta, estou no desejo de lhe ver feliz. Estou na enciclopédia, estou na monotonia, estou na sua tragédia. ...
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29/11/2009 - Estrelas de bytes

Não pense duas vezes: desligue o computador e vá se encontrar com o céu. Não, não digo que é chegada à hora de morrer. O que eu quero é que você vá se comunicar com esse teto ora celeste ora negro ora cinza que a todos cobre. Independentemente do que vá encontrar lá fora, vá. Como aqueles móbiles que enfeitam berços de bebês, brinque com sóis e asteróides dependurados e em constante movimento. Quero que os mire com atenção, observando seus passos, pensamentos e olhares.

Escute o que cometas, asteróides, marcianos e anjos têm a dizer. Mas atenção: a informação não vem pronta como na internet. É preciso que você a construa. Inspire, expire, respire. Deixe braços e pernas à vontade. Não é necessário lunetas, telescópios ou qualquer tipo de entorpecente para realizar essa tarefa. O céu fala. Mesmo sem trovões, o céu fala. Tente ouvir o choro contido no parto de uma estrela. Tente entender a angústia de um buraco negro. Tente espionar as conversas dos astronautas. ...
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24/11/2009 - Entre o céu e o fel

Mãe, mãe de todo amor, quebra o protocolo e nos leva pela mão rumo à civilização adormecida em teu colo. Nesses mais de dois mil anos que nos separam algo aconteceu e o mundo se perdeu do caminho que a senhora apontou. Mãe, mãe, por favor, restaura o elo que une terra e céu, fazendo com que o amor (o amor que criou), viva fora dos livros de papel. Mãe me mostra, ao longo dessas entranhas, onde vivem teus ensinamentos. Mãe me diga, nessa terra estranha, onde estão os sentimentos que foram espalhados pelos ventos. Sentimentos que lhe fizeram chegar tão perto de Deus. Mãe habita esses tantos corações ateus, ateus de tanto amor. ...
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15/11/2009 - É só pão

Pela manhã, em especial, há uma multidão que caminha carregando sacos de papel tão frágeis quão desejados. São pessoas amanhecendo o dia em busca de pão. Pão quentinho, pão fresco, pão nosso de cada dia. Muitos, ainda com olhos de sono, correm à padaria mais próxima. E, entre pães, encontram vizinhos, conversam com conhecidos, reparam no tempo e no movimento de casas e ruas recém-acordadas. Há toda uma poética no ato de comprar pão. Pena que essa poesia não é mais completa, já que “fazer” pão deixou de ser uma arte sagrada. ...
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05/11/2009 - Estou em Dubrovnik

Não vou nem para Maracangalha nem para a Tonga da Mironga do Kabuletê, mas para Dubrovnik. Com poesias feitas e por fazer na bagagem, vou à terra de grandes dramaturgos e poetas barrocos. Fui atraído pelo mistério, pela fonética, pela dramaticidade em torno do nome Dubrovnik, e também por causa das imponentes muralhas, da arquitetura com traços medievais e renascentistas, da vista para o Mar Adriático e do café de Dubrovnik.

Eu vou para a pérola do Adriático, para a cidade balneário, para a capital do condado de Dubrovnik-Neretva, enfim, vou para uma cidade costeira da Croácia. Vou me infiltrar nas histórias e lendas que alimentam seus quase 45 mil habitantes. Quero sentir o cheiro do Império Bizantino e os sons das Cruzadas que fizeram o lugar ser dominado pelas mãos da Itália, da Hungria, da Áustria, da Iugoslávia, da Alemanha, de Napoleão e da Croácia. São muitas Europas em um só lugar repleto de desníveis rochosos, ruas estreitas e muitos degraus. ...
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20/12/2008 - Elefantes não morrem

Elefantes não morrem, apenas desaparecem. Exceto se assassinado, você não encontra o corpo de um elefante. Você já encontrou algum? Há toda uma lenda que os animais sabem quando vão morrer e, perto desses dias, partem para um lugar sagrado - o cemitério dos elefantes. Diante disso, Olavo afirmou, para si próprio, com veemência, que queria ter o mesmo destino dos descendentes dos lendários mamutes. Coragem ou covardia? Dizem que elefantes não têm medo de nada.

Nesta decisão, foi réu e juiz e advogado do diabo ao mesmo tempo. Estava sentenciado. Teria o destino dos elefantes. Na noite anterior a sua ida, inventou uma história mágica para a filha de que ele era um elefante que se transformou em homem graças ao beijo de uma princesa. Seu corpo havia sido transformado, mas seu coração ainda continuava grande, feito o de um elefante. E era por isso que ele a amava demais. Ela sorriu, o abraçou e adormeceu. ...
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16/12/2008 - É o fim do mundo

Li, em algum lugar, que Chico Buarque tem estudado piano clássico, com direito a muito Chopin e Debussy, para limpar a cabeça da música popular brasileira. Dtylouaçqcouhxywsypcr (desculpe leitor, mas não há tradução para o sentimento provocado por tal notícia). Uma das principais pilastras do nosso cancioneiro resolveu dizer bye, bye. E por quê? Ainda não se sabe a causa, mas eu já sei as conseqüências dessa reviravolta. Os pagodeiros do tóxico, as cachorras do funk e a gritaria do axé vão dominar geral. ...
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