Daniel Campos

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05/11/2009 - Estou em Dubrovnik

Não vou nem para Maracangalha nem para a Tonga da Mironga do Kabuletê, mas para Dubrovnik. Com poesias feitas e por fazer na bagagem, vou à terra de grandes dramaturgos e poetas barrocos. Fui atraído pelo mistério, pela fonética, pela dramaticidade em torno do nome Dubrovnik, e também por causa das imponentes muralhas, da arquitetura com traços medievais e renascentistas, da vista para o Mar Adriático e do café de Dubrovnik.

Eu vou para a pérola do Adriático, para a cidade balneário, para a capital do condado de Dubrovnik-Neretva, enfim, vou para uma cidade costeira da Croácia. Vou me infiltrar nas histórias e lendas que alimentam seus quase 45 mil habitantes. Quero sentir o cheiro do Império Bizantino e os sons das Cruzadas que fizeram o lugar ser dominado pelas mãos da Itália, da Hungria, da Áustria, da Iugoslávia, da Alemanha, de Napoleão e da Croácia. São muitas Europas em um só lugar repleto de desníveis rochosos, ruas estreitas e muitos degraus.

Quero perder meus olhos nas telhas de terracota rosada dos edifícios da cidade antiga. Quero me salvar na Igreja de São Salvador e me prostar na Catedral da Assunção da Virgem. Quero tomar o Palácio de Sponza e me desvencilhar das horas no alto da Torre do Relógio. Quero me banhar na Fonte de Onofre e me internar no Teatro Marin Drzic. Quero aprender a cantar klapa, um tipo de canto à capela. E, ao lado da bem-amada quero me escurecer no cinema de Sloboda e ter com as estrelas no Forte Revelin ao som da Orquestra Sinfônica de Dubrovnik.

Se alguém perguntar por mim, estou em Dubrovnik.


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