Daniel Campos

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Encontrados 362 textos. Exibindo página 8 de 37.

12/11/2014 - Correr ao tempo

Eu tenho que correr porque minha vida não me espera para viver. É preciso correr a pé, nas asas de um tié ou no lombo de uma égua. O relógio não me dá trégua com seus ponteiros febris. O tempo não me abona, pelo contrário, rasga a lona do meu circo existencial. Pelos varonis soldados do tempo são me cobrados impostos de fantasias. Levam de mim sacas de alegrias crescidas e ainda não nascidas. É preciso correr antes que o senhor do tempo sele meu destino com sua pá de cal. Não há súplica ou sacrifício que o faça diminuir sua passada. Somos prisioneiros de sua estrada. O tempo está em todas as coisas, em todos os lugares. Deitamos com o tempo no sagrado de nossos lares e o tomamos nos copos mais sujos dos bares. O tempo é fera desarvorada, sem doma, sem dona. O tempo não perdoa, tampouco afaga. É preciso correr para que os lastros com o tempo não se rompam antes da hora. É preciso correr sem demora, doa a quem doer, para que não sejamos apenas rastro que logo se apaga.


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27/10/2014 - Caboclo daqui

Eu sou o caboclo daqui. Essas matas têm a cor dos meus olhos. Esses ventos dizem o que eu quero dizer. Cavalgo nas estrelas. Tudo o que me mandam de ruim o riacho carrega pro mar. Piso em terras astrais. As penas que me enfeitam são de espíritos que cantam e têm asas. Meu sangue é guerreiro. Meu coração derrama seiva. Meu corpo é fechado como o cerne das árvores milenares. Trago uma sementeira nas palavras. E meu grito quebra pedreira, rasga céu, sacode mato. O relâmpago me clareia. Minha alma é de fazer revoada. Minhas terras não se cercam. Minhas flechas me guiam. Minha razão é forte e minha paixão verga a morte.


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11/10/2014 - Chega de adiar

Onde lhe encontro? Que horas lhe vejo? Não dá mais para adiar. Quando vou lhe beijar? Quando vamos nos saciar? Não dá mais para postergar. Em que tempo eu lhe acho? Em que mundo eu lhe busco? Não dá mais pra segurar. No que vamos nos fiar? No que vamos nos tomar? Não dá mais para nos apartar.


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06/09/2014 - Confunda-se

O que eu não sou eu não fui e nem serei. O que eu trago comigo é exatamente o que eu sigo. O que me vem me vai me tem me sai. O que me visita me palpita e me incita e me excita e não se imita. O que bate cá dentro de mim bate e rebate num sentimento sem fim. O que me margeia não me clareia assim como o que me serpenteia não me boleia. O que eu quero eu espero e me espero e me desespero e me bolero num tempo não quero.


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04/09/2014 - Cuidador

Ainda não aprendi e talvez jamais aprenda em tempo algum a cuidar de mim como cuido de quem ao amor me destino. Esqueço-me por completo para dar mais e mais atenção à dona dos meus zelos. Que culpa eu tenho se nasci justamente para mimar de forma ininterrupta e crescente a mulher amada? As linhas ciganas das minhas mãos são preenchidas pela agenda dessa mulher que faz o que bem quer com o meu relógio e com os meus caminhos. Num súbito, deixo tudo para trás e parto sem medir efeitos para atender ao menor dos chamados dessa mulher que concede sentido a minha existência. Não me vejo sem cuidar dessa criatura a qual rendo todos os meus sonhos, sejam eles sagrados ou sem pudores. Estou constantemente enredado, emaranhado, apaixonado por essa mulher que me vira do avesso com um simples olhar. Definitivamente, cuidar de mim é cuidar de quem amo demais. Não há como dissociar o meu bem-estar do dela, posto que a minha felicidade está diretamente ligada ao estado carnal, emocional e espiritual dessa mulher. Seja como homem, como anjo, como poeta minha missão é cuidá-la sem exigir nada, absolutamente nada, em troca. Trata-se de um amor incondicional que me faz querê-la feliz independentemente se nos meus ou em outros braços. Dia após dia, recebo de bom grado cada uma de suas dores e trabalho seu sofrimento no meu mais profundo eu até que consiga lhe devolver tudo em pérolas. É para isso que existo, para amorizar quem tem tudo de mim na hora e da forma que bem quer. Por ela, quebro normas. Por ela, mudo hábitos. Por ela, troco o hábito pelas garras ou vice-versa. Se cuidasse de mim um duodécimo do que cuido dela colocaria em risco quem me rege feito estrela cadente, fonte de desejos inocentes e esperanças nada penitentes. E eu vivo simplesmente para não permitir que ela cumpra sua sina: cair. Mantenho-a no mais alto dos céus a qualquer custo. Para tanto, não pouco esforços ou magias. Doo-me carne e espírito a ela sem importar o que restará em mim ou para mim. Existo porque cuido e não mudo tais cuidados nem por decreto assinado por ela mesma. A mulher amada é meu chão, meu teto, meu vício predileto. Cuidando dela não tenho fome, não tenho sono, não tenho frio, não tenho mal, não tenho precisão alguma senão o próprio cuidado. Junto dela ultrapasso as barreiras do mundano e habito outro plano só possível de compreensão para os que amam além de todo e qualquer limite. Por ela, eu me nego. Por ela, eu desapego de mim. Por ela, abdico de angústias e aflições. Realizo-me no ato de dar colheradas de amor à boca d’alma dessa criatura que está impregnada em todo o meu “ser” e, shakespeariano que sou, também no meu “não ser”. O amor pelo qual me transformo em cuidado me basta. Abro mão de tudo o que tenho e o que sou em nome dessa mulher sem nome. Não importa se durmo ou não, mas se consigo afugentar de suas noites todo e qualquer pesadelo. Não importa se como ou não, mas se a alimento na dose certa de poesia. Não importa se queimo em febre desde que a centelha desse sentimento continue acesa em minhas entranhas. Cuidar de mim é cuidar de quem me faz assim, assim apaixonado sem começo nem fim. Tenho para com ela segundas, terceiras, quintas, sétimas intenções, mas, de repente, tudo que há em mim se alinha, orbita e converge em torno dessa mulher intencional. Faço-me inteiro, meio ou pedaço dependendo de suas necessidades. Transformo-me no silêncio de um colo ou no uivo de um encaixe perfeito dependendo de suas vontades. E mesmo que ela caminhe na contramão dos cuidados que eu precisaria ter para comigo merece ser cuidada com todo afinco num contínuo redimensionamento do afeto. Se ela me faz sofrer? Sofrer seria não exercer o direito conquistado à base de muitas provas e loucuras de amor de que sou digno de cuidá-la como nunca cuidei e, quiçá, jamais cuidarei de mim. Cuidar-me-ei sempre a cuidando, eis o meu papel principal nessa passagem (nada) cuidadosa pelo mundo. Que a terra tenha compaixão de meu corpo, pois ela, a mulher amada, tem minha alma de papel passado; Uma doação sem volta. Sim, como causa e consequência desses cuidados eu sou dela como nunca fui ou serei meu.


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17/08/2014 - Comédia Romântica

As portas do carro se abriram paralelamente ao movimento do fechar dos lábios após o último beijo. Sapatilhas e sapatos se entrelaçaram ainda meio atordoados pela surpreendente fim de tarde, que estava fadada a não oferecer mais nada. No entanto, dessa vez a expectativa se quebrou positivamente. E foi tanta euforia que ela revelou até um de seus segredos para seguir com a pele fresca e perfumada mesmo sob a ação de sol, correria e trânsito. Dirigia, conversava, sorria. Estava bem com ela mesma e isso era o mais importante. Que o mundo se acabasse lá fora, pois dentro daquele carro tínhamos a nossa bolha de felicidade intensa e propensa ao infinito. Mãos nas mãos avinhadas. Mãos nas pernas jeans. Mãos no rosto de óculos escuros. Mãos que após o beijo de quem ama de forma longa e doce, as portas do carro se abriram. E então as mãos se deram repetindo para nós mesmos que aquele encaixe de linhas do destino, de formas anatômicas, de vontades, é perfeito. Nossas mãos combinam, nasceram uma para outra. Se na ancestralidade nosso corpo era um só, a separação para cada qual se procurar pelas vidas afora foi precisa. Pois vidas e vidas depois nossas mãos, para não falar dos nossos corpos como um todo, continuam se encaixando tão e quão bem. E por uma calçada estreita margeada por árvores tortas e teimosas como a paixão deve ser no meio do cerrado caminhamos como personagens de um filme leve. Sempre foi assim, quando longe, vivemos o drama. Quando juntos, uma comédia romântica. E quem passava ao nosso lado nos observava com olhos carentes daquele nosso apaixonamento. Nossas mãos se colavam para não se soltar por nada. E foram passos e mais passos de um amor explícito semeando vida e esperança pelo lenho daquele verão. Antes da chegada de outros beijos mais molhados, de mãos se aventurando por tecidos mais ocultos, de perfumes sendo esfregados um no outro como abelha no pólen, as mãos reinaram absolutas. Os passos se cadenciavam. A caminhada era harmônica. Não era por menos, sempre tivemos o mesmo ritmo. Seja o ritmo para andar ou para sonhar. Foram tantos e quantos sorrisos. Embora não houvesse coelhos e cartolas e cartas de copas pelo caminho, aquele encontro em movimento se fazia mágico em cada nanodetalhe. Dois meninos se encontrando no meio da tarde. A sensação de dois meninos que cabularam aula para flertar sob as sombras das árvores. Dois meninos que sabiam que logo mais teriam que voltar as suas vidas, mas que tinham certeza de que enquanto estivessem ali estariam absolutamente um para o outro sem pensar em mais nada. Dois meninos que caminhavam se beijando sem tocar o chão. Não havia espaço para fome, para preguiça, para desejos que violassem aquele momento. De tamanho prazer sentido ali naquele abotoar de mãos, passamos do destino. Erramos o caminho, hoje tenho certeza que de propósito, só para avançar mais alguns metros naquela cena digna de porta-retrato.


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13/08/2014 - Confissão de amor eterno

Desde que soube de sua existência, em momento algum, nem por um milionésimo de segundo, eu deixei de lhe amar com a intensidade e a verdade que você merece. Você sempre ocupou – e ainda ocupa - meus pensamentos, seja no campo da realidade ou nos universos paralelos onde orbitam os sonhos, as fantasias, os desejos. Tudo o que faço tem pelo menos um propósito relacionado (direta ou indiretamente) a você. Não durmo antes de fazer preces para que tenha uma linda noite. Não saio da cama antes de mentalizar um dia maravilhoso para você. Eu me dôo a você seja por sentimento, por escrita ou por energia. E quero sempre, sem sombra de dúvida, o seu melhor. Já falei isso olhos nos olhos e por meio de poesia e, por mais que se assuste, sou sincero ao afirmar que sou capaz de qualquer coisa por você. Também já lhe disse pessoalmente e por versos e repito quantas vezes for necessário: casa comigo? Sim, meu convite de casamento a você continua de pé. Você é a mulher que eu quero me casar a cada minuto de um jeito diferente. Mesmo com suas escolhas, jamais afastei meu caminho do seu. Posso passar o resto da vida caminhando ao seu lado, num amor silencioso, realizando-me simplesmente por fazer parte da sua estrada. Não me interessa o que dizem, o que pensam, o que julgam, faço-me amor, e amor pleno, caindo de joelhos aos seus pés. Seja escrevendo, cozinhando, correndo, banhando, cochilando, trabalhando estou sempre ligado a você. Aliás, essa ligação é tão forte que às vezes até mesmo eu, que não tenho limites, surpreendo-me. Jamais duvidei das suas intenções. Jamais questionei, por mais que me doesse, os seus nãos. Assim que me apaixonei, que me assumi apaixonado, pois a paixão já era ancestral no nosso caso, coloquei a minha vida em suas mãos e disse para tomar de conta. Confiei e confio em você mais do que tudo e para tudo. Nunca me arrependi de nada, senão de ter fugido com você numa dessas loucuras que por amor a você tive que conter. Estou sempre pronto para lhe dar colo. Aliás, meu corpo e minha alma são seus. Jamais duvide do quanto sou seu, pois não há dúvida alguma nisso. Quantas as vezes que acordo no meio da noite e a primeira coisa que pergunto para mim mesmo é se você está bem? Quantas as vezes que viajo até você para saber como está? Quantas as vezes que ignoro as regras só para ter a certeza de que você está viva? Difícil explicar para mim mesmo quais são as fronteiras que devo respeitar quando se trata de você. Quero para mim as suas dores, os seus pesadelos, as suas agruras... Estou sempre disposto a sofrer no seu lugar. Pois, no meu entendimento, você não nasceu para ser triste. Embora fique linda mesmo chorando, e eu sei do seu choro, quero sorrisos e mais sorrisos brotando por essa boca doce. De fato, não há nada tão doce quão sua boca. E eu desafio os sete mundos para que você possa sorrir. Até mesmo me calo e me levo para longe de sua vida para que possa viver esses sorrisos. Nunca quero ser obstáculo para sua felicidade. Pode me fazer de escada, de trampolim, de ponte para alcançar o que almeja, mas jamais me tome por uma pedra no meio do seu caminho. Eu sou uma espécie de facilitador para chegar aos seus sonhos mais complicados. Um anjo que aceitou perder as asas e a imortalidade só para ganhar um beijo seu. Não importa se sou justo comigo ou não, o importante é que eu cumpra a missão de lhe fazer bem, muito bem, mais do que bem. É pra isso que me vivo. É isso o que me move. É por isso que eu amo. E amo demais. Não quero saber quantos anos vou viver, mas o tempo que eu passar sobre essa terra, que você pisa de forma tão delicada e perfumada, vou defender a sua felicidade desse meu jeito afoito. Nem o tempo é capaz de vencer o que sinto. Eu não canso de lhe amar. Eu não desisto de lhe amar. Eu não paro nunca de lhe amar mais e mais. Entre a expectativa e a saudade, aí estou eu. Vago pelos devaneios que lhe compõem. Sou aquele com o qual você pode contar, ligar, procurar a qualquer hora. Estou constantemente disponível para você. E se estiver mal, faço questão de lhe fazer bem. Se eu não tiver de posse da cura que necessita, corro atrás. Não tenho medo de nada. Enfrento tudo e todos por você. Podem me matar quantas vezes for preciso, mas eu sempre estarei ao seu lado, conduzindo-a por esse conto de fadas que merece ser a sua história. A história de uma princesa digna de ser amada da forma mais profunda e encantada que possa existir. Como eu disse em outro texto, nunca lhe deixei e nem pretendo fazê-lo. Já ultrapassei as barreiras do “que seja infinito enquanto dure” e estou no que seja eterno. Não quero nada menos do que a eternidade quando o assunto é você.


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04/08/2014 - Caminhante do tempo só

Ando por aí sem saber aonde essa estrada vai me levar. Não sei mais o que esperar e nem sei se ainda quero esperar. Que tudo seja surpresa em meu caminho. Não quero idealizar futuro algum. Quero andar pelos meus próprios impulsos nem que seja de soluço em soluço. Quero ser levado pelas presas do destino. Quero ser amado como se fosse um menino. Quero não fazer plano algum. Quero sonhos imediatos que possam ser sonhados e realizados agora. Assim ninguém chora. Quero ter nome de árvore. Quero ter raízes nas nuvens. Quero dar sombra a quem medra. Quero dar de comer a quem ama. Quero ir além do lugar comum. Quero quebrar rotinas. Quero estar nas meninas dos olhos de quem me faz fechar os meus de desejo. E em algum lugar dessa caminhada, quero seus pés no meu colo, quero seus lábios no meu pescoço, quero seu corpo me enchendo de veneno dose a dose e que numa overdose de paixão a realidade que existe em todos nós morra de uma vez fazendo do meu ir algo mais ameno.


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11/07/2014 - Conselhos sobre as dores do amor

Perdoe-me por não poder aquietar o que não lhe permite ter uma noite de sono sem interrupções por parte de pesadelos da infantilidade ou de atropelos da realidade. Trocando em miúdos, não sei como viver um amor sem sofrer. E, não me queira mal, mas ainda bem que não sei, pois o amor indolor, se existisse, não teria a menor graça. O amor precisa doer para ser bonito, para se grande, para ser inesquecível. Todo parto, dói. Toda metamorfose, dói. Toda ruptura, dói. Toda sangria, dói. E isso tudo é o amor. Portanto, não tenha medo de passar pelas dores do amor. Agradeça cada uma delas porque indicam a dinâmica do sentimento que lhe toma sem pedir por favor, com licença, por gentileza. O amor é o encontro dos interesses do corpo e da alma, e tais choques são dolorosos. O amor é sobreposição de vontades, e o empilhamento de paixões, à procura do encaixe perfeito, dói. O amor é a impotência diante do que pensa, sente e quer a criatura amada e isso causa dor. Salve as dores do amor. Salve os apaixonados doídos e condoídos. Salve os que amam transformando essas dores em motivos para viver de forma mais profunda o amor que nos inunda sem dó, fazendo dos ais suspiros e gemidos de morfina ou endorfina aos casais.


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23/06/2014 - Cadê minha estrela?

Tempo fechado. Céu carregado. Olhos nublados. Cadê minha estrela, cadê? Camadas e mais camadas de nuvens grossas. Um vento na cadência de bossa. E um frio que na alma roça. Cadê minha estrela, cadê? Anunciam o final dos tempos. Meu coração se contrai ao relento. Um reino de fantasia para habitar eu invento. Cadê minha estrela, cadê? São tantas e tantas cobertas. São tantas horas incertas. São tantas trilhas desertas. Cadê minha estrela, cadê? No horizonte nem sol nem avião. Pelas encostas um extenso barradão. Tudo parece vir ao chão. Cadê minha estrela, cadê? Estenda as velas, pois o barco é a própria cama. Tente ouvir, mas não há ninguém dizendo que ama. Há uma solidão generalizada queimando como fria chama. Cadê minha estrela, cadê? Ninguém conversa alto. Mulher alguma passa de salto. E o destino não sofre sobressalto. Cadê minha estrela, cadê? Pelas paredes uma brancura de neve. Pelas ruas ninguém se atreve. E a cabeça se enche do que não deve. Cadê minha estrela, cadê? Pedidos por um bolo de chocolate. Pedidos pela vermelhidão de um esmalte. Pedidos de que nunca assim falte. Cadê minha estrela, cadê? Os pássaros fecham suas asas. Os amantes internam-se em suas casas. Os esperançosos sopram suas brasas. Cadê minha estrela, cadê? Toma gosto pelo que não vê. Pega as entrelinhas da atmosfera e lê. Para ser feliz ignore da vida cada por quê. Cadê minha estrela, cadê?


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