Daniel Campos

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Encontrados 362 textos. Exibindo página 9 de 37.

19/06/2014 - Corpus triste

Corpus triste sem você. Corpus triste sem poder lhe ver. Corpus triste, fazer o quê? Corpus triste quem me dera morrer! Corpus triste pelo qual o choro é clichê. Corpus triste machucado de viver. Corpus triste doente de sofrer. Corpus triste imaculado de tanto doer. Corpus triste que segue sem se arrepender. Corpus triste o que toca faz entristecer. Corpus triste oferecido em feitio de buquê. Corpus triste temido como um dossiê. Corpus triste mergulhado no próprio anoitecer. Corpus triste sagrado num tanto querer. Corpus triste que ninguém lê. Corpus triste que ainda crê. Corpus triste que segue a perder. Corpus triste que não consegue esquecer. Corpus triste sem cor como inverno num ipê. Corpus triste que faz por merecer. Corpus triste abandonado sem porquê. Corpus triste entregue à mercê. Corpus triste onde a tristeza faz fuzuê. Corpus triste, cadê sua metade que existe, cadê?


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29/05/2014 - Corre sem saber

Corre sem saber para onde. Corre sem saber a razão. Corre sem saber o que traz. Corre sem saber o que lá esconde. Corre sem saber o que faz. Corre sem saber se é caminho de sim, se é caminho de não. Corre sem saber parar. Corre sem saber respirar. Corre sem saber porquê. Corre sem saber se para mim, para ela, para você. Corre sem saber olhar a paisagem. Corre sem saber amar. Corre sem saber se é de verdade ou miragem. Corre sem saber gritar. Corre sem saber fugir. Corre sem saber sumir. Corre sem saber se despedir.


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14/05/2014 - Considere

Muitas vezes o futuro está no passado. É uma temeridade não enxergar o que está ao nosso lado. Toma cuidado porque o que deixar pode nunca mais encontrar. E se o amanhã não existir como vai se olhar no espelho e sorrir? Ah! Se tivesse acreditado que o tempo não pode ser guardado. Tudo é preciso ser vivido com a devida intensidade. E coloque em prática que nada pode ser condicionado à idade. Mais do que profetizado, o destino é jogado nos mais diversos tabuleiros do nosso dia a dia. Toma para si a responsabilidade sobre a poesia que é sua por natureza. E não tenha saudade do que ainda não acabou porque tudo depende do que e como sonhou.


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17/04/2014 - Covarde?

Quem me chama de covarde não sabe nada da minha caminhada. Se covardia é amar até perder a noção das horas, até esquecer o que existe lá fora, até seu coração pedir pra ir embora eu não sei o que é coragem. A covardia não pari a poesia, não dá à luz aos sonhos que dou e nem jurou romper a eternidade em nome do que acredita e tampouco é bonita. Covarde algum arde o que ardo por dentro. Covarde algum aguenta tanto sentimento. Covarde é quem nunca vai se entregar de corpo, alma e espírito como eu; é quem jamais vai trocar sua vida por outra vida por mais proibida que seja; é quem não sabe a força que há na delicadeza do amor. Covardia não encara fantasia. Covardia não dá conta de ser grande amor todo dia. Covardia não suporta um destino de taquicardia. Covardes são compadres da superficialidade das emoções e eu me jogo profundamente no que há de mais profundo do amor de olhos feridos, cegados, furados pelas setas dos cupidos que corajosamente me sagram alado. No dia que um covarde voar na altura que voo em relação ao verbo amar eu entrego as minhas asas e lanço poema por poema às brasas.


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12/04/2014 - Confia

Não há com o que se preocupar, estou aqui. Sim, ó meu amor, estou aqui pronto e sempre pronto pra te amar no mais profundo significado deste verbo. Pronto para ser a sua fortaleza ou o seu par de asas. Pode confiar não só na sinceridade e lealdade do que sinto, mas no fato de eu não ter limites para cuidar de você no melhor deste amor. Estou sempre ao seu lado, por mais que não me veja. Atendo com prazer todo e qualquer chamado seu, seja por carta, telefone ou pensamento. Nada nem ninguém me impedem de seguir com você. ...
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28/03/2014 - Contemplada e celebrada

Há mulheres para serem contempladas e outras, celebradas. Porém, quando ocorre o encontro entre contemplação e celebração em uma mesma mulher é o que há de mais perfeito na natureza humana. A mulher champanhe tem corpo flute e alma coupe, sendo bebida por olhos, bocas, corações...

Corpo flute por ser musical e provocar aquela explosão de bolhinhas de beleza, de desejo, de encanto que sobem delirantes dos pés à cabeça rápida e charmosamente, revelando segredos e aromas dessa mulher que tem alma coupe, aberta ao novo, totalmente elegante e sofisticada. ...
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24/03/2014 - Chamado

O ar em movimento traz os últimos eu te amos ditos por você em silêncio embutidos de saudade. Escuto, alimento-me e respondo por pensamento cada uma dessas mensagens enviadas telegraficamente pelo seu coração, pulso a pulso. Consigo ouvir sua vontade de querer estar onde ainda não pode. E me emociono. É como se a princesa estivesse no alto da masmorra enquanto o príncipe somente espera pelo seu chamado para poder agir. Só é preciso uma palavra para eu botar essa masmorra abaixo e carregar você por onde for preciso em nome da sua, da nossa felicidade. Mas enquanto esse chamado não se faz ouvido é preciso respeitar o tempo da dona do meu tempo. Assim que disser sim, ninguém impedirá o curso da história da qual você é merecedora de final feliz. Eu vou defender esse romance, capítulo a capítulo, linha por linha, sílaba por sílaba. Eu morro se preciso for, mas não lhe deixo. Eu largo tudo para trás, mas não lhe abandono. Sempre que precisar, basta olhar ao lado para me encontrar. Estou no vento que roça seu rosto. Estou no chão que você pisa. Estou entre os perfumes que rodeiam o seu inconsciente. Estou no sonho que lhe revela que há muito mais a ser sonhado. Enquanto as folhas do destino vão sendo preenchidas, observo-a do meu lugar, pronto, sempre pronto, para a hora que me chamar eu lhe libertar de tudo e de todos e lhe trazer de uma vez para sempre para o nosso mundo.


Comentários (1)

13/03/2014 - Cálida e tórrida

Eu hei de bem guardar a mulher que se arremessa numa quentura inconfundível em meus braços, fazendo do meu corpo alvo de suas flechas de calor. Queima-me, ó mulher das chamas, queima-me por inteiro como vela quer arde na fé ou no pecado. Seja a minha febre constante, de incompreensíveis e irremediáveis graus, a ponto de me fazer a mais delirante das criaturas. Culpado ou não pelo amor que eu carrego e pelo quanto me entrego, que eu possa ser incendiado neste corpo calorífico. Não há nada que possa produzir mais calor do que a mulher cujos olhos estalam num incêndio profundo e sem volta. Sua temperatura não tem teto. Eu quero estar nas causas e consequências deste aquecimento sem proporção....
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07/02/2014 - Cuide-se

Não deixa colocarem todo o peso do mundo, principalmente do mundo que não é seu, nas suas costas. Não deixa segurarem suas pernas impedindo que você siga na sua velocidade e por onde tem que seguir. Não deixa que se aproveitem da sua inocência para beber seu sangue, e quando digo sangue falo de vida. Não deixa que brinquem com sua boa vontade, pois tudo tem limite (exceto, é claro, alguns amores).

Não deixa que lhe culpem pelo que não fez, pois a culpa posta é difícil de ser tirada. Não deixa que fechem seus olhos para tudo o que está ao seu redor. Não deixa que diminuam ou apagam seu brilho só porque isso incomoda muita gente. Não deixa que destruam a sua paz, pois sua tranqüilidade não tem preço. Não deixa que ninguém lhe machuque, pois isso deve ser considerado crime hediondo, mortal, injustificável. ...
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24/01/2014 - Caminheirismo

Vamos, vamos sem ai, sem ais. Vamos, vamos sem nos deixar para trás. Vamos para onde o dia cai no colo da lua, que não recua em sua sensualidade natural. Vamos, vamos para o espaço sideral. Vamos, vamos para as ladeiras, as cachoeiras, as corredeiras, as fileiras de além-mar. Vamos, vamos para onde o assunto não se acaba e o coração não se cansa de falar. Vamos, vamos para o interior do exterior ou o exterior do interior, mas vamos para onde o destino nos propor em seu caminho. Vamos, vamos para onde o brilho não se esvai. Vamos, vamos para Atlântida, para Babilônia, para Dubai. Vamos, vamos para a fronteira da realidade. Vamos, vamos no íntimo mais íntimo da intimidade. Vamos para onde o vento vai de encontro ao sentimento. Vamos, vamos nos balançar nas linhas dos trópicos. Vamos numa odisseia cumprindo o acontecer em todos os seus tópicos. Vamos nos internar num tempo da gente, cada qual com seu eu apaixonadamente apontado para o infinito como pontas latentes de estrela que ponteiam a frente e o verso do universo.


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