Daniel Campos

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Encontrados 95 textos. Exibindo página 9 de 10.

25/04/2008 - Uma colonização energética

Nem bem superamos os traumas da colonização portuguesa e já sofremos outras tantas dominações ao longo da história. Seja pelo populismo, pelo neoliberalismo, pelos militares, pela globalização, pela mídia (cada qual, em sua forma, nos dominou ou ainda nos domina por um período indeterminado). Agora, estamos em vias de ser colonizados pelos sedentos de energia. E olha que combustíveis fósseis e água potável, coisas que ainda temos em abundância, são artigos cada vez mais escassos por ai.
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24/03/2008 - Um pássaro que não passa

Um pássaro pousou na minha varanda. Entre variações de amarelo e cinza, ele era baixinho e até um pouco barrigudo. Com olhos adocicados e parados no ar, olhava para mim como se me conhecesse. Querendo me cumprimentar, estufou o peito e cantou em tom caipira. E isso não foi tudo. Em cima de uma gaiola vazia de um periquito que fugiu com uma beija-flor, ele começou um caminhar dançado. Dois para lá, dois para cá, o pé batendo aqui e ali. Um vento norte chegou trazendo o som de uma sanfona e de batidas de palma. Belisco-me para ter a certeza de que estou acordado. Afinal, o tal pássaro dançava catira diante do meu nariz. ...
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21/02/2008 - Uma cultura de paz

Quando menos se espera, a esperança nasce como uma flor de lótus - no meio do lodo. Esta flor representa o poder de transformação. E a vida, não se cria nem se perde, transforma-se. De repente, dentre um amontoado de projetos políticos que interessam a uma minoria, produzindo um enorme retrocesso para o restante do país, surge algo que nos leva a dizer: valeu a pena ter amanhecido.

Na tarde de ontem, conversando com a senadora Patrícia Saboya, testemunhei a semeadura de um Brasil maduro. Por seu histórico de luta a favor da criança, ela foi escolhida pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pela OAB para apresentar o projeto que aumentaria a licença-maternidade de quatro para seis meses. A campanha decolou, o projeto passou no Senado e caminha para a aprovação na Câmara....
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Um ano (de naufrágio)

Um ano. Parece muito mais. Parece muito menos. Devo admitir que perdi as dimensões do tempo. Não sei, com exatidão, o que um ano significa. Mas os calendários acusam a passagem desses 365 dias. Quando cheguei aqui há um ano, cheguei tarde da noite, todo confuso, todo tonto, ardendo em lágrimas. Brasília foi se mostrar plástica e sentimentalmente a mim só ao amanhecer do dia seguinte. Um amanhecer de domingo. Domingo, o dia internacional da solidão. E por audácia do tempo, que insiste em duelar comigo, hoje é domingo. ...
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Um caipira em extinção

Martim-Francisco é um daqueles lugares onde a vida acontece de forma mais bonita. Andar sem se preocupar com o horário do próximo engarrafamento, escutar um galo cantar como uma moda caipira, pegar fruta madura no pé, conversar à sombra de alguma árvore. Num ritmo de trenzinho caipira, como se a vida acontecesse numa boa prosa, à vida passa num ritmo mais calmo e, principalmente, mais saudável. E Mogi-Mirim tem esse oásis caipira chamado Martim-Francisco. Só que essa tranqüilidade, essa vida que qualquer morador de cidade grande seria capaz de pagar para ter, está ameaçada. Os ares simpáticos de Mogi-Mirim podem se tornar só uma lembrança....
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Um conto de ano-novo

O edifício se confundiria facilmente com a noite se não fossem as luzes da decoração de Natal esparramadas pela sacada. Fim de dezembro. Noite abafada. Janela aberta. O pouco de vento que navega pelos ares faz com que a cortina daquela sacada ganhe uma espécie de pulsação. Uma pulsação pausada como o sono daquela mulher.

Ela dormia como se dorme nos filmes. Além de o sono ser plástico, existia toda uma história que levava àquela cena.

Mal acabara de almoçar e foi arrumar o passado numa daquelas limpezas típicas de final de ano. Para evitar incômodos, trancou a porta do quarto. Queria reviver um ano que ganhava a sua última tarde. O silêncio era necessário. Era como se cada lembrança tivesse uma música, uma essência, uma personalidade própria... Embora tudo aquilo se confundisse com ela. ...
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Um conto de fada sobre fidelidade

"Prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando e respeitando"... esta talvez seja a declaração de fidelidade mais conhecida e mais propagada ao longo dos tempos, embora nem sempre cumprida. Nos dicionários, a palavra fidelidade é definida como constância, coerência, honestidade, lealdade. Em resumo, a fidelidade é um vínculo moral decorrente de nossas convicções. Somos fiéis aquilo que, ao longo do tempo, aprendemos a amar e a respeitar. Nos últimos dias, o tema fidelidade ganhou a berlinda de bocas fiéis e infiéis, de línguas crentes e pagãs. O alvo foi o casamento dos políticos com seus partidos, isto é, a chamada fidelidade partidária....
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Um convite à solidão

Era preciso você. Não demorei a perceber que o que buscava era você. Você de tanto você. Horas e demoras olhando sem ver coisa alguma, dentre tantas visões nefastas, buscando uma explicação, um porque que não conhecia de onde vinha, uma razão para prosseguir... Mas a única causa que conseguia encontrar, entre angústias e agonias, era a conseqüência... Você. Era impossível deparar com algum tema além de você. Talvez já o soubesse. Apenas tinha que me convencer.

Um convite à solidão, um silêncio quieto e uma paisagem que dizia por si própria. No início seriam minutos, algumas horas, semanas a fim de achar respostas para a qual só haviam hipóteses e mistérios. Dentre tantas reflexões, uma pergunta que resumia tudo: como viver ausente de você? Podia ler jornais, revistas, livros, ouvir canções e só conseguia me perder desse mundo (que inexiste sem suas estruturas de cimento, suas frases prontas, seus consolos indecifráveis...). ...
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Um eu que ama

Quem sou eu? Eu? Um eu que ama. Ama o mundo. Ama a conjuntura existente no cruzar de pernas das palavras. De preferência, que as palavras estejam de saia. Um eu que ama a lua que mingua para ser nova. Ama o romance das letras, suas paixões e traições. Sou alguém que nasceu de uma licença poética. Sou quem escreve para o meu próprio alguém, para outro alguém e, outras vezes, pra ninguém.

Contos, crônicas, poemas... O texto me habita e eu habito as gavetas. As gavetas da minha escrivaninha. As gavetas da minha memória. As gavetas das retinas de quem se aventura a entrar em meu mundo. Meu mundo de palavras. Sou quem escreve sobre aquele olhar da menina que parece distante, sobre aquela última decisão política e sobre a guerra de um país que só conheço daquele globo redondo e mágico que ficava sobre a mesa da minha professora de geografia da sétima série. ...
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Um homem também chora

"Um homem também chora, menina". O choro, em si, não tem sexo, entretanto as lágrimas de uma mulher são completamente diferentes das lágrimas de um homem. Talvez o choro das mulheres seja mais atraente. Talvez o choro dos homens seja mais bruto. Mas, não vamos aqui, por hora, discutir as anatomias do choro.

Quantas vezes, leitor(a), você já escutou, por aí, que homem não chora? Quantas vezes você, viu um homem chorar? Quantas vezes? E não vale citar como exemplos o choro de um ator de cinema, de um louco preso nas torres de um manicômio, de um bêbado em fim de noite. Também não vale citar aquele choro fingido que surge em nome de algum interesse. Falo do choro, simplesmente, chorado. Então, quantas vezes? ...
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