Daniel Campos

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Encontrados 95 textos. Exibindo página 6 de 10.

16/03/2011 - Um novo pacto

Precisamos de um novo pacto republicano onde o tempo deixe de ser tirano, senhor e soberano. Precisamos de um pacto de sangue entre o sonho e a realidade, pra que quando acordemos não percamos a vontade de viver. Um pacto capaz de selar um novo começo mesmo pra quem ainda não chegou ao final. Um pacto de sorte, de sucesso, de riqueza. Um pacto que nos leve a uma nova ordem mundial e, por que não, sentimental.

Precisamos selar esse pacto com sangue, com beijo, com assinaturas. Precisamos de um pacto cigano que não nos dê paradeiro e que embaralhe as linhas das nossas mãos. Um pacto astrológico, passível de mexer com astros e estrelas de hollywood. Um pacto mágico, nostálgico, nevrálgico. Um pacto de natureza eterna, possível de ser selado num aperto de mãos ou num encontro de pernas. Um pacto firmado em cartórios ou tabernas. ...
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15/03/2011 - Um ano sem herói

Há exatos doze meses, entre a dor e o medo, descobri que heróis também morrem. Há um ano perdi aquele que povoou minha vida com a magia mais pura que se tem notícia – a imaginação. Há um ano perdi aquele que me fez acreditar que um homem pode ter superpoderes como voar, enfrentar exércitos, vencer o tempo. Há um ano perdi aquele que fazia o impossível virar possível num estalar de dedos. Há um ano perdi o herói de fé, de coragem, de força de vontade, de superação... Há um ano o herói, meio bruxo meio guerreiro, depois de 77 anos de luta e fantasia, fez-se adeus. ...
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25/02/2011 - Uma escola chamada Nelson

A Estação Primeira de Mangueira vai trazer logo mais para a avenida o mundo encantado de um de seus fundadores e principais expoentes: Nelson Cavaquinho. Esse bamba da verde-rosa cruzou o meu caminho quando ainda menino meu pai me apresentou, meio que sem querer, ao seu violão boêmio. Desde então, o sambista me ensinou a amar como amam os sambistas: entre a flor e o espinho.

Passei a pisar nas folhas secas caídas de uma mangueira com mais cuidado, lembrando-me do poeta de voz rouca e cabelos brancos. Como nunca o vi frente a frente, lembro-me dele como numa ilustração do pintor de música Elifas Andreato. Durante muitos anos, vivi como Nelson, sempre só, procurando alguém que sofresse como eu também. Vivi pedindo para que as pessoas tirassem seus sorrisos do caminho para eu passar com a minha dor. ...
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07/02/2011 - Um território chamado mulher amada

Abençoada por temperaturas agradáveis e cercada por belezas exuberantes, a mulher amada é o destino preferido de caçadores de paraíso e de poetas mochileiros, que sonham em mergulhar em suas trilhas e relevos. Tranqüila e vibrante, assim é essa mulher que está localizada ao norte do imaginário popular. Ao decorrer de seu corpo, relicários e objetos sagrados, templos e estrelas cadentes. Tem aspecto único, com linhas marcantes, românticas e intensas. Percorrer o perímetro da mulher amada é uma tarefa tanto poética quanto árdua, em razão dos muitos obstáculos e perigos que a compõem. ...
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07/09/2010 - Um avô, um neto e as damas de setembro

- Alôôô!

- Oi seu Líbio, tudo bem com o senhor?

- Oi Daniel, que saudade! Falei agora mesmo com a sua avó que já ia muito tempo que a gente não se falava.

- Pois é, meu avô, a saudade fala mais forte. Que falta me faz o senhor.

- Tempos bons que não voltam.

- E como estão elas?

- Elas quem?

- Elas, as damas de setembro.

- Ah! Já sei do que está falando. Estão lindas.
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11/08/2010 - Um manicômio, por favor

Procuro um manicômio, um hospício, um sanatório, enfim, um lugar onde eu possa expressar livremente as minhas loucuras. As camisas de força que nos amarram do lado de cá são bem mais agressivas do que aquelas a que estão submetidos, do lado de lá, os loucos, os doidos, os malucos. A realidade nos reprime e, nos comprime e nos oprime. Ela quer nos adequar a padrões. Ela quer nos robotizar. Ela quer nos controlar a qualquer custo.

Dia desses me falaram que eu não posso ter asas? Onde já se viu eu, pássaro dos meus sonhos, não poder voar. Toda vez que minhas asas começam a nascer e eles a arrancam. A dor de tirar parte do meu corpo não é maior do que a dor de me prenderem ao chão. Outro absurdo: dizem que o que eu vejo não é o que realmente eu vejo. Dizem que meu mundo não existe. A única coisa que é permitida enxergar é o concreto, o concreto, o concreto. ...
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07/06/2010 - Um filme sem final feliz

Quem acreditava que a tecnologia humana poderia impedir uma nova edição do fim do mundo, como acontece constantemente nas telas de Hollywood, pode começar a desacreditar. Nem todo avanço científico nos coloca em vantagem aos dinossauros, que tiveram de presenciar passivamente a Terra ser alvejada por um meteoro gigantesco. E por que este pessimismo todo? Basta olhar a tragédia gerada pelo vazamento de um poço de petróleo. Ninguém, absolutamente ninguém, consegue dar um basta nessa catástrofe ambiental. ...
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24/05/2010 - Um dia de festa

Ao alto dos coros dos profetas, dos apóstolos, das virgens, dos confessores e entre os coros dos anjos, reina Nossa Senhora Auxiliadora. A ela, os agradecimentos. Quantas as graças e maravilhas vindas diretamente de suas mãos sobre nossa caminhada terrena. A ela, os pedidos. Quantos os que levantam as mãos em sua direção e pedem auxílio confiante em sua bondade e poder. Como é bom poder dizer: auxilium christianorum ora por nobis, e ter a certeza de que ela está ao meu lado auxiliando-me nos mais diversos aspectos, inclusive, não hesitando em muitas vezes me levar em seu colo. Sou eternamente grato e fiel a essa devoção. ...
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19/05/2010 - Um verbo chamado quando

Quando não tiver nada a dizer, bendiga um poema. Quando pensar em fazer algo de ruim, plante uma árvore. Quando achar que Deus lhe abandonou, reze. Quando pensar que o amor acabou, beije. Quando tudo der errado, tente outra vez. Quando a dor for demais, compartilhe-a. Quando a saudade chegar, diminua distâncias físicas e psicológicas. Quando uma estrada acabar, comece outra. Quando a paixão esfriar, incendeie-se. Quando cair no tédio, enlouqueça. Quando a promessa se cumprir, embarque em outra promessa. ...
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13/05/2010 - Última chamada para o quadradistão

Vou selar o meu cavalo e partir imediatamente para o quadradistão. Lá não existe futebol. Pudera, tudo lá é quadrado. Isto é, não há espaço para a bola e para seus amantes. No quadradistão as pessoas não perdem seu tempo discutindo, brigando e teorizando sobre futebol. Lá ninguém obriga seus filhos a entrarem em escolinhas de futebol. Lá há espaço para as escolas de piano, de literatura, de dança... E as crianças não deixam de ser felizes por conta disso. No quadradistão um verso, um passo, um acorde, um beijo vale muito mais do que um gol. ...
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