Daniel Campos

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Encontrados 200 textos. Exibindo página 16 de 20.

20/03/2013 - Muda e ilumina

Iansã, manda seus ventos para mudar tudo o que há para ser mudado. Tem que mudar a hora, tem que mudar o lugar, tem que mudar a rotina, tem que mudar presente, passado e futuro. Iansã, tem que mudar o rumo e o prumo das coisas de modo que tudo se encontre no desencontro que existe lá fora. Tem que mudar o que se ri e o que chora. Sem demora, Iansã, tem que mudar o destino do menino e da menina. Tem que mudar a intenção, a canção, o coração. Tem que mudar o trem de estação.

Muda, Iansã, muda. ...
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02/05/2016 - Muda seu olhar

Muda seu jeito de ver a si mesmo. Veja o que é de dentro para fora. Enxergue-se pelo avesso. Não importa se terá apreço ou não pelo que verá, se irá encontrar tudo em seu lugar, mas debruce seus olhos sobre o caos que se tornou. Pare de procurar perfeições, calmarias, belezas e alegrias. Tudo isso existe, mas não é só. Olhe para suas confusões, para suas aflições, para suas turbulências. Até mesmo o santo para ser santo passou por penitências. Vá fundo em suas confissões. Ninguém é totalmente côncavo ou convexo. Espelho algum traduzirá sua verdade. O seu verdadeiro reflexo é o seu nexo. ...
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20/02/2011 - Mudança de horário

O texto saiu atrasado porque fiz questão de esperar pelo momento exato da mudança de horário. E não o fiz somente para dar adeus e comemorar o fim do relógio de verão que nos fazia acordar no escuro antes mesmo do concerto dos pássaros e trocava a luz das velas no jantar pela luz nada romântica do sol. À meia-noite pude tomar parte da magia de mudar o tempo, de voltar ao passado, de brincar de Deus.

Voltar os ponteiros do relógio em uma hora e poder viver novamente e de forma diferente aqueles últimos sessenta minutos é algo que mexe com dois mundos: o imaginário e o real....
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08/10/2012 - Mudanças

Muda o passo. Muda o ritmo. Muda a estação. Muda o dia. Muda a lua. Muda a roupa. Muda o sonho. Muda a fome. Muda a casa. Muda a rua. Muda o veredito. Muda a dor. Muda o batom. Muda a manchete. Muda a previsão. Muda o vento. Muda a maré. Muda o santo. Muda o sonho. Muda o lençol. Muda o tempero. Muda a cidade. Muda a saudade. Muda a roda. Muda o traço. Muda a intensidade. Muda a pressa. Muda a página. Muda a profundidade. Muda o exemplo. Muda a decoração. Muda o jardim. Muda o sim. Muda o não. Muda a fama. ...
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25/06/2008 - Muitas surpresas para 2010

Lula tem dito aos quatro ventos que não fará nada para disputar as eleições de 2010. No entanto, deputados petistas insistem na idéia de um projeto que o leve à re-reeleição. A única coisa certa, por enquanto, é Luís Inácio insiste em querer dominar o jogo e embolar o meio-de-campo. Quando o assunto é eleição, se for pênalti ou falta a 100 metros de distância, ele quer cobrar. Depois de disputar todas as eleições presidenciais dos últimos 10 anos, será difícil Lula ficar no banco de reservas.
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24/07/2015 - Muitos

Eu era um, era dois, era oito, era mil, era cem, era vinte, era eu. E eu era você e eu nem sabia nem você. Eu era também aquele, aquela, aquilo. Eu era a nuvem, o poeta, a serpente e o esquilo. Eu era o marmelo, o rastelo, o caramelo, o martelo. Eu era o menino, o destino, a menina, a sina. Eu era o antes e o depois e o agora num só. Eu era tanto e tantos. Eu era o santo e o encanto e o quebranto. Eu era o sabiá, o angorá, o tamanduá. Eu era o nó, o só, o pó. Eu era isso, isto, planta, gente, pedra e bicho. Eu era deus e era eu e era seu e o que me deu. Eu era inteiro, fora e dentro, visão e cheiro, último e primeiro. Eu era o conhecido e o proibido, o lembrado e o esquecido, o mocinho e o bandido. Eu era gênesis e apocalipse em linhas casadas, em poesias misturadas, homem na mulher amada.


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Mulher anelada

Entardecia e algo reluzente brilhava junto à sarjeta. Ali onde a chuva se faz enxurrada. Podia seguir sem me importar com aquilo, mas a curiosidade me fazia ir ao encontro do desconhecido. Para minha surpresa, tinha nas mãos, um anel dourado (certamente de ouro, não me parecia bijuteria), com três pedras brancas meio retangulares incrustadas. Uma bela jóia. Quem a perdera, no mínimo, devia estar bebendo um drinque amargo de angústia.

Mas como o anel fora parar ali? Não havia nenhuma joalheria por perto, ninguém cabisbaixo a sua procura. Podia ser um anel de estimação, um anel de noivado, um anel ainda não usado. Ela poderia estar aos prantos, pela perda, pelo dês-compromisso, pelo não presente. Pensando melhor, descarto essa última possibilidade, o anel parecia conter um "qu" de mulher. Podia ter caído levemente do dedo feminino ou podia ter sido jogado contra o chão com todo ódio. Nos dois casos, inconsciente ou consciente da perda, a mulher seguiu sozinha. Como uma espécie de cinderela. Mas será que ela fugiu antes de alguma meia noite? Será que sua carruagem se transformou em abóbora? Será que seu príncipe encantado não achou o anel?...
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01/06/2011 - Mulher arte

Eu a amo num amor antigo que foi crescendo aos poucos até tornar-se maior. Maior que tudo que já conheci até então. Maior que todos os contentamentos que acumulei e que qualquer tristeza que enfrentei nesses anos de guerra. Esse amor maior coincide com o meu também crescente amadurecimento humano, sonhador e poético. Um amor que deixa para trás essa coisa não-figurativa e conceitual envolvendo um determinado sentimento para cair na dialética de uma paixão combativa e intensa.

Foi como se descobrir apaixonado por uma pureza, por uma delicadeza, por uma nobreza em corpo de mulher. Uma criatura cujo valor não acaba em si mesma, mas que amplia seu significado aos sete mares. Ela que se expande, invade, ocupa e catequiza a partir de sua alma revolucionária. Sua natureza política contestatória produz sucessivos manifestos de liberdade, de igualdade, de fraternidade e de outros valores essenciais ao amor que busco desde a minha infância. ...
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26/12/2010 - Mulher capital

Você que é a minha capital, a minha cidade mais importante. Você que é a ponte que une o meu íntimo as minhas projeções. Você que é o horizonte que me redimensiona. Você que é meu globo planetário e ocular. Você que é meu centro financeiro, minha memória medieval. Você que é meu principal ponto turístico. Você que é minha metrópole descolada. Você que mescla beleza natural e modernidade. Você que é urbano e natureza. Você que é meu continente, minha ilha.

Você que é as atrações da minha cidade proibida, perdida, destruída pelos invasores. Você que é a minha galeria de arte, o meu vulcão, a minha cordilheira. Você que é disputada em meus cassinos. Você que é a minha mata selvagem, o meu arranha-céu. Você que é um passeio histórico, religioso e cultural. Você que habita as minhas butiques e meus restaurantes. Você que atraca em meu porto, que embarca na minha estação e me faz colocar os pés na estrada. ...
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26/05/2010 - Mulher chocolate

Que tal começar o dia com um beijo de chocolate em pó. Em seguida, derreta, em banho maria, o coração meio-amargo na quentura da calda que ferve o corpo da mulher amada. Entre mordidas e outras carícias, há de saber misturar o chocolate branco ao negro para encontrar a tonalidade e o sabor perfeitos para o amor. Depois de provar de suas trufas e frutas, é fundamental adormecer num colo ao leite. Eis um roteiro perfeito para corações de cacau. Eis um script delicioso para um romance em uma caixa de bombom....
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