Daniel Campos

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25/06/2008 - Muitas surpresas para 2010

Lula tem dito aos quatro ventos que não fará nada para disputar as eleições de 2010. No entanto, deputados petistas insistem na idéia de um projeto que o leve à re-reeleição. A única coisa certa, por enquanto, é Luís Inácio insiste em querer dominar o jogo e embolar o meio-de-campo. Quando o assunto é eleição, se for pênalti ou falta a 100 metros de distância, ele quer cobrar. Depois de disputar todas as eleições presidenciais dos últimos 10 anos, será difícil Lula ficar no banco de reservas.

Prova disso é que enquanto a oposição segue dividida entre José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, o candidato do governo será aquele que Lula escalar. E se ele se auto-escolher? Há técnicos que não se contentam com as pranchetas e, mesmo sem as condições físicas idéias, insistem em entrar em campo. Nas últimas semanas, o presidente tem se valido de pesquisas eleitorais para movimentar as peças desse jogo que ainda promete muitas, mas muitas surpresas.

O atual governador de São Paulo, José Serra, é o primeiro nas pesquisas para as eleições de 2010. Como não dá para brigar com Serra agora, o jeito é trabalhar com seus adversários, que irão disputar as prefeituras de duas cidades importantíssimas no cenário nacional. Em São Paulo, Lula preserva Aldo Rebelo e lança mão da força de Marta Suplicy para enfrentar Alckmin. Se Geraldo ganhar a prefeitura da maior cidade do país, se fortalece para as eleições de 2010 e isso não é bom.

Em contrapartida, Lula articula o PT e a base governista do Planalto para apoiar a chapa mineira do tucano Aécio Neves à prefeitura de Belo horizonte. Quanto mais forte o neto de Tancredo estiver, mais chances existirão para minar a candidatura de José Serra, que poderia comprometer os planos de Lula continuar no Planalto. As ideologias morreram. Os sonhos coletivos morreram. O que interessa agora é o "Projeto Lula" que, seguramente, reserva surpresas, mas muitas surpresas para 2010.


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