Daniel Campos

Prosas

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Encontrados 3193 textos. Exibindo página 317 de 320.

Terço da Consagração à Mãe, Rainha e Auxiliadora dos Cristãos

O terço de consagração a Nossa Senhora Auxiliadora é uma forma de chegar mais perto da Virgem Maria que tanto nos auxilia. Em cada mistério, mais um degrau em sua escalada à consagração. Consagre-se física e mentalmente, emocional e espiritualmente à Mãe, Rainha e Auxiliadora dos Cristãos.

Veja como é fácil rezá-lo (os cânticos utilizados durante o terço – a maior parte é composta de pequenos trechos de canções de invocação à Maria – estão disponíveis no arquivo “cânticos do terço”, disponibilizado no menu lateral deste blog). ...
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Torresmos

O chão vermelho era mais poeira do que terra. Uma cor que tingia a roupa para desespero de quem fosse lavá-la. A minha camiseta manchada pelas patas vermelhas do dragão. Dragão? Não. Não estou em nenhum cenário de castelos e princesas em perigo. Mas meu avô deve ter mergulhado nesse mundo mágico para batizar aquele cachorro que tinha em si tantas raças. Quem sabe em seus genes não havia a genética de um dragão? Delírios. Fantasia e sol.

Andávamos pelo abacateiro. Ele, ao meu lado, corria, com o corpo esticado, como se mergulhasse e planasse no ar por alguns instantes antes de tocar o solo. Íamos juntos até o fim do pomar, mais de quinhentos passos de um metro. Ele comia alguns abacates que encontrava rachados pelo chão e, sobretudo, corria. Adorava correr. Perdi todas as corridas que apostamos. No começo, ele me dava uma colher de chá, mas depois começava os seus mergulhos e me vencia. ...
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Trabalho Carcará

Lembra do dia
Que o trabalho lhe venceu
Ao podar sua vida
Lembra do seu filho que chorou
Porque disputou
Um campeonato e perdeu
Sua torcida

Lembra da especialização
Daquela pós-graduação
Que você tanto sonhou
E não pode fazer
Lembra do quanto deixou de crescer
Porque o trabalho roubou
Horas e horas do seu prazer

Ah! Trabalho carcará
Pega, mata e come
Ah! Trabalho carcará...
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Trânsito em transe

Imagine leitor, dormir em uma cidade e acordar sem saber onde está. E não é falta de memória. As casas, as árvores, as ruas seriam as mesmas de ontem. Mas algo estaria fora de lugar. Imagine leitor, sentir-se perdido em lugares que são nossos velhos conhecidos. Talvez eu esteja confuso leitor, mas, em breve, todos nós estaremos entregues à confusão.

A cidade entregue ao caos. Ruas que sobem irão descer, ruas que descem irão subir. Veículos que vão para lá, virão para cá. Carros que param desse lado irão estacionar do outro. Só um lembrete: os motoristas e os pedestres vão ser os mesmos, isto é, nós. Imagine leitor, os mogimirianos vão se sentir estranhos em Mogi-Mirim. Parece enredo de filme, mas não é....
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Trinta e nove graus

As amigas a convidavam para boates, pizzarias, cinemas, barzinhos e violões... Mas ela nunca aceitava convite algum. Preferia ficar em casas. Não via o momento de encerrar o expediente, assinar o ponto e pegar o caminho de volta. O seu trabalho no funcionalismo público, entre um amontoado de papéis monótonos era bem menos interessante do que sua casa. Não saia para nenhum hapy hour, para nenhum aniversário, para nenhum convite mais indiscreto. Era irredutível na sua volta para casa. Ninguém a entendia. Talvez nem ela. Ela até tentava, mas seu íntimo, numa relação freudiana entre ig, ego e superego, levava-a de volta para casa....
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Tuti fruti

Chega sem pedidos de licença. Acomoda uma xícara de leite com café e uma cestinha com um pão de queijo enorme numa mesa pequenina. Mas no primeiro momento, não toca na xícara nem na cestinha, não beberica o leite nem belisca o pão de queijo. Traz consigo logo três livros. Não se contenta com uma só história. Começa a folhear um livreto com fotos de animais acompanhadas de pequenas mensagens. Devia ser divertido, pois ria compulsoriamente durante uma página e outra. Não estava nem ai para quem estava do seu lado. Talvez risse daquela forma porque fosse desligada ou porque quisesse atenção. Atenção? Cabelos longos e crespos, sardas no rosto e uma blusa colorida de crochê. A leitura segue. ...
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Um ano (de naufrágio)

Um ano. Parece muito mais. Parece muito menos. Devo admitir que perdi as dimensões do tempo. Não sei, com exatidão, o que um ano significa. Mas os calendários acusam a passagem desses 365 dias. Quando cheguei aqui há um ano, cheguei tarde da noite, todo confuso, todo tonto, ardendo em lágrimas. Brasília foi se mostrar plástica e sentimentalmente a mim só ao amanhecer do dia seguinte. Um amanhecer de domingo. Domingo, o dia internacional da solidão. E por audácia do tempo, que insiste em duelar comigo, hoje é domingo. ...
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Um caipira em extinção

Martim-Francisco é um daqueles lugares onde a vida acontece de forma mais bonita. Andar sem se preocupar com o horário do próximo engarrafamento, escutar um galo cantar como uma moda caipira, pegar fruta madura no pé, conversar à sombra de alguma árvore. Num ritmo de trenzinho caipira, como se a vida acontecesse numa boa prosa, à vida passa num ritmo mais calmo e, principalmente, mais saudável. E Mogi-Mirim tem esse oásis caipira chamado Martim-Francisco. Só que essa tranqüilidade, essa vida que qualquer morador de cidade grande seria capaz de pagar para ter, está ameaçada. Os ares simpáticos de Mogi-Mirim podem se tornar só uma lembrança....
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Um conto de ano-novo

O edifício se confundiria facilmente com a noite se não fossem as luzes da decoração de Natal esparramadas pela sacada. Fim de dezembro. Noite abafada. Janela aberta. O pouco de vento que navega pelos ares faz com que a cortina daquela sacada ganhe uma espécie de pulsação. Uma pulsação pausada como o sono daquela mulher.

Ela dormia como se dorme nos filmes. Além de o sono ser plástico, existia toda uma história que levava àquela cena.

Mal acabara de almoçar e foi arrumar o passado numa daquelas limpezas típicas de final de ano. Para evitar incômodos, trancou a porta do quarto. Queria reviver um ano que ganhava a sua última tarde. O silêncio era necessário. Era como se cada lembrança tivesse uma música, uma essência, uma personalidade própria... Embora tudo aquilo se confundisse com ela. ...
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Um conto de fada sobre fidelidade

"Prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando e respeitando"... esta talvez seja a declaração de fidelidade mais conhecida e mais propagada ao longo dos tempos, embora nem sempre cumprida. Nos dicionários, a palavra fidelidade é definida como constância, coerência, honestidade, lealdade. Em resumo, a fidelidade é um vínculo moral decorrente de nossas convicções. Somos fiéis aquilo que, ao longo do tempo, aprendemos a amar e a respeitar. Nos últimos dias, o tema fidelidade ganhou a berlinda de bocas fiéis e infiéis, de línguas crentes e pagãs. O alvo foi o casamento dos políticos com seus partidos, isto é, a chamada fidelidade partidária....
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