Daniel Campos

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Encontrados 362 textos. Exibindo página 35 de 37.

15/07/2008 - Cortar, cortar, cortar...

Depois dos alfinetes, agora a tesoura afiada do estilista Clodovil Hernandes ultrapassou os limites das passarelas e chegou ao Congresso Nacional. O deputado apresentou uma proposta de emenda à Constituição para reduzir o número de deputados dos atuais 513 para 250. Para quem pensa que Clodovil foi linchado pelos seus pares, nada menos do que 279 deputados apoiaram essa idéia, não menos polêmica que o estilista. E têm nomes de peso nesta lista, como os de Ciro Gomes, Michel Temer e Aldo Rebelo. ...
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17/04/2014 - Covarde?

Quem me chama de covarde não sabe nada da minha caminhada. Se covardia é amar até perder a noção das horas, até esquecer o que existe lá fora, até seu coração pedir pra ir embora eu não sei o que é coragem. A covardia não pari a poesia, não dá à luz aos sonhos que dou e nem jurou romper a eternidade em nome do que acredita e tampouco é bonita. Covarde algum arde o que ardo por dentro. Covarde algum aguenta tanto sentimento. Covarde é quem nunca vai se entregar de corpo, alma e espírito como eu; é quem jamais vai trocar sua vida por outra vida por mais proibida que seja; é quem não sabe a força que há na delicadeza do amor. Covardia não encara fantasia. Covardia não dá conta de ser grande amor todo dia. Covardia não suporta um destino de taquicardia. Covardes são compadres da superficialidade das emoções e eu me jogo profundamente no que há de mais profundo do amor de olhos feridos, cegados, furados pelas setas dos cupidos que corajosamente me sagram alado. No dia que um covarde voar na altura que voo em relação ao verbo amar eu entrego as minhas asas e lanço poema por poema às brasas.


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10/03/2008 - Covardia doméstica

Apenas oito por cento das mulheres brasileiras se sentem respeitadas. Mais do que um dado de uma pesquisa, esse número é um motivo para vergonha. Erguemos muros imensos, cercamo-nos de cercas elétricas e alarmes, adestramos cachorros sanguinários... Para quê? Ficamos preocupados com os crimes que acontecem na rua e os perigos que vem de fora, mas há uma violência muito mais escandalosa, que não distingue classe social, região, credo ou faixa etária: a violência doméstica.

Como falar em igualdade, em desenvolvimento sustentável, em paz... se 15 em cada 100 brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica. Dessas, apenas 40 por cento registraram a denúncia em uma delegacia. Medo ou vergonha? Os maridos e companheiros são os maiores responsáveis por esses crimes, sob justificativa de uso de bebida alcoólica e ciúme. É bom ter a consciência de que "entre tapas e beijos" é só o verso de uma música sertaneja....
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12/10/2013 - Criança ça

Criança dança com balançado. Criança cansa quem está ao lado. Criança avança entre o certo e o errado. Criança enche a pança, fica de bucho virado. Criança trança cabelo, faz na boneca seu penteado. Criança lança choro e sorriso num humor delicado. Criança é a esperança de um coração mais bagunçado.

Criança é criança quando esperneia, quando faz birra, quando fala do bicho-papão. Criança é criança quando faz beicinho, pede colo, dá carinho sem ninguém pedir. Criança é criança quando descomplica o complicado. Criança é criança quando troca almoço e jantar por brincadeira. ...
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11/10/2015 - Criançará

Criança não vai lá. Criança não pode isso. Criança vem cá. Criança deixa disso. Criança tá na hora de dormir. Criança borá banhar. Criança, nada de cair. Criança, nada de fugir. Criança deixa de manhã. Criança quer brincar. Criança quer malinar. Criança quer seu lugar. Criança, nada de se perder. Criança nunca para de querer. Criança quer correr. Criança atazana. Criança faz manha. Criança quer braços. Criança dá laços. Criança faz o que não faço. Criança para não. Criança é imaginação. Criança ciranda. Criança danda, danda, dana. Criança de lá, de cá, acolá. Criança criançará. ...
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Crime passional

Quase três da tarde. O sol, de vergonha ou de raiva, é uma vermelhidão só. O tempo demora a passar. Ela, sozinha, deitada sobre o lençol listrado de uma cama de casal. As listras corriam paralelas como as barras da penitenciária mais próxima. Seus olhos falsamente estáticos, feito dirigível. Ah! Olhos de dirigível. O telefone a menos de dois toques do alcance de suas mãos. E ele insistia em ficar calado. Ela não liga a televisão, talvez não gostasse dos programas da tarde de sábado... filmes, calouros, auditórios... Pudera, ela era a única pessoa da platéia que assistia o sono profundo daquele telefone. ...
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30/05/2010 - Crise inspiratória

Eu não escrevi nada ontem, anteontem, trasanteontem. Por hoje, a caneta ainda não riscou o papel que, com sua palidez desvairada, continua suplicando por um borrão de tinta. Como pode o papel viver sem uma história, sem um arroubo de amor, sem palavras que lhe façam viver novamente como no tempo em que era árvore rodeada de pássaros, nuvens e sementes. Infelizmente, senhor papel, não consegui lhe ofertar nada neste dia. O resto de hoje, assim como nas datas anteriores, deve ser marcado por um misto de esperança e aflição. Queima em mim a vela de um desespero subido e indeterminado. ...
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Crônica da mulher ideal

A mulher perfeita? A mulher ideal tem que acima de tudo se saber mulher. Explorar a sua essência feminina ao máximo, buscar sempre a magia da criatura ainda não descoberta. Ela não precisa saber passar, lavar, cozinhar. Ela não precisa saber falar tailandês, calcular velocidade relativa, ler o futuro nas cartas. A mulher dos sonhos tem que saber amar se conhecendo amada. Não existe modelo de mulher ideal. Ela acontece por acaso, num milagre da natureza, mas sempre com três virtudes: beleza, sensibilidade e inteligência. Coloque essas características na ordem em que desejar, mas também não as veja xiitamente. ...
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Comentários (10)

Crucificado

Nem toda história de amor começa com "era uma vez" e termina com "e foram felizes para sempre". Mas todas elas começam e terminam de algum jeito, independentemente se romântico ou trágico. E nessa história que vou contar agora, que se repete a mais de dois mil anos com mais de duas mil versões diferentes, o fim é uma espécie de tragédia romântica anunciada desde o começo. Uma tragédia inevitável, um romantismo irresistível. Um sentimento que se veste de uma nova esperança a cada novo começo. A esperança de uma salvação. ...
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04/01/2015 - Cruzada

Ela chega e cruza pernas, cruza braços, cruza olhares. Ela é de cruzada, das antigas cruzadas que se matava em nome de deus. E o seu deus é sedutor, é sedução. Ela é de cruzar. Cruza noite e dia com homens, mulheres, titãs e até mesmo com deus. Cruza por prazer, por fé, por amor e por não ter mais o que fazer. Cruza por ruas, avenidas, alamedas, chegadas e partidas. Ela cruza traços, abraços, beijaços. Cruza laços e embaraços. Seu corpo é cruzamento em movimento.


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