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Encontrados 224 textos. Exibindo página 13 de 23.
Passistas
Vem,
Vem ver da janela
O mundo a passar...
São amantes vagabundos
São transatlânticos vazios
São champanhes suburbanos
São trapezistas e são passistas
São bêbados de esperança
São rodas de violeiros
São pernas morenas
São arranha-céus
São marinheiros sem mar
São pescadores e são pecadores
São sonhadores e são vagabundos
Cada qual com sua lida
Com sua corda
Com seu laço
Arrastando
Vivendo
Puxando ...
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Passos de beija-flor
Anda
Mansa e brisa
Passos de beija-flor.
Ah! Anda
E aterrisa
Com leveza
Na minha taça.
Ah! Anda
E desanda
A tristeza
Por onde passa.
Ah! Beija-flor
Me beija
A flor
Do amanhã
E lateja
Meu querer
Meu bem-querer.
Ah! Beija-flor
Me beija
A flor
De lã
E caminha
E desencaminha
A dor.
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Passos de fumaça
A fumaça e o vento
As cinzas
Pelo azul das quedas
Pelo cinza das pedras
A fumaça e a sua boca
Num desenho
Feito em papel marche
A fumaça
Esbranquiçada
Azulada
Acizentada
Enganando os olhos
Embaçando os olhos
Atazanando os olhos
Que brincam pelo caminho
A fumaça e o caminho
O ciúme da nicotina
O cisne feito de fumaça
E a graça
Da mulher que caminha
Por entre labirintos de fumaça.
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Passos de pulsação
Quando ela entrar em casa
Escutar-se-á a sutileza de seus passos
Movendo rompendo absorvendo
Portas que enclausuram histórias
Não! A clausura não fará mais sentido
No entanto, essa nova época
Será sem urros ou maiores alardes
Pois sim, ela virá quieta
Como a pétala que nasce e morre
Sem gritos ou gemidos
Mas não será preciso estardalhaços
Quando chegar
Far-se-á sentir a sua presença
Ninguém saberá as horas...
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Paz
Uma vontade
De deixar de existir
De conhecer
Outras dimensões
Açoita-me
E pernoita
Em mim.
Quem sabe partir
Para algum espaço
Onde a felicidade
Não seja só uma crença
E ninguém adoeça
Do amor que não me sai
Da cabeça.
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Pé de assovio
Quando me matarem
De não mais viver
E me enterrarem
No fundo escurecer
Hei de subverter a ordem
E nascer
Sob a forma
De um pé de assovio
Ao lado de um rio
Sem leme
Só para mor de assoviar
Quando passar
Menina marilene.
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Pé de vento
Deu pé de vento
Lá na curva do estradão
Deitou capim
Espalhou algodão
Quebrou o alecrim
Da vizinha
Derrubou uvaia
No chão
Levantou a saia
Da arvorezinha
Envergonhada
E nessa confusão
A rosa de carmim
Sumiu
Pela madrugada
Nem a passarada
Viu
Se ela cedeu ao primeiro arrepio
E partiu apaixonada pelo jasmim
Ou se foi transformada em chá
Ou se foi assentada num jardim...
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Pedras pedregulhos
Pedras
Nós somos pedras que se espalham
Pelas ruas
No meio do caminho dos drummonds
Pedras
Reluzimos nas mãos
Da fantasia
Pedras
Que não se acomodam no fundo
Do mar
Vamos e voltamos
Voltamos e vamos
No movimento da maré.
Somos as pedras
Que se debruçam
Nos seios da civilização
De pedra
Calamos a dor
E brotamos a flor
Que se liberta
E volta para ser pedra
Abstrata
Numa pirofagia de cor....
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Penduricalhos
São casais
De bichinhos
Lilás
São sonhos
São cristais
São flores
Que brincam
Com as cores
São formas
Geométricas
Poéticas
São meninas
Pequeninas
São pedaços
De nuvem macia
São laços
Traços de alegria
São elásticos
São fantásticos
São deleites
São novelos
São, o que são
Os enfeites
Dos seus cabelos?!
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Penhor
E ainda
O que queres
Se eu te empenho
Tudo o que tenho
Se eu lhe penhoro
E rio e choro
E tu feres
E finda
O meu estado
De alferes.
Estou fadado
A adorar-te
Como um lorde
Na arte
De suportar
O que não pôde
Agüentar.
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