Daniel Campos

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Encontrados 101 textos. Exibindo página 3 de 11.

Telhado

Os lápis que pintaram seus olhos no último inverno
Adormecem aos pés dos espelhos que você escondeu
Lá no fundo de um armário embutido
Lá onde um poema escrito a próprio punho
Se enrosca nas alças de um vestido
Que subiu no mais alto telhado
Só para se deitar
Na penteadeira de uma lua tão crescente
Quão penitente...
Lá a brisa não era de mar
Mas de um lago
Que naquela noite de cobertas
Não precisou de botos, sereias ou vitórias-régias...
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15/10/2015 - Tem na marmita

O que é que tem na marmita, moça?

Moço, ouça não tem carne nem osso
Tem guiné, manga espada e uma fita
Guiné pra te proteger de todo mal
Manga manteiga pra se lambuzar
E uma fita rosa pra se lembrar de mim

O que é que tem na marmita, moça?

Moço, não tem peito, coxa ou dorso
Tem viola, torresmo e um relógio
Viola para pontear o que não volta
Torresmo à moda pra te dar estalos
E um relógio pra ter a hora de voltar ...
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Comentários (2)

Tema de novela

Quem lhe deixou
Sair às ruas
Em outras bocas
Como se fosse
Tema de novela,
Como se fosse
Uma nova lenda
De cinderela.
Quem lhe deixou
Sair às ruas
Com ares
De donzela
E olhares
De janela
Defronte ao mar.

Quem lhe deixou
Sair às ruas?
Não fui eu
Nem foi você
Foi o mundo
Que se apaixonou
E lhe chamou
Para passar
E você
Não soube negar.


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Tempo

Tempo, diga-me quem é?
Diga-me quem ou o quê se esconde atrás desse nome: tempo!
Quem é você?
Vamos, diga-me!
Quem é você que muda a cada momento?
Quem é você que se alonga e some no horizonte?
Quem é você que dói e faz doer a coisa amada?
Você que queima as pontes
Você que abre e fecha estradas
Você que nos faz eternos penitentes
Não! Não me diga que é inocente.
Quantos sonhos já morreram em você?
Quantos?
Vamos, diga-me!...
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31/08/2013 - Tempo ao tempo

Pede
Mais tempo
Ao tempo
Mesmo sabendo
Que o tempo
Não dá
Nem menos nem mais
Do que já está dado

Não importa
Se justo ou merecido
O tempo ofertado pelo tempo
É o tipo de oferta
Que se pega ou se larga
Pois não há o que fazer
Para onde correr
E nem para quem reclamar

O tempo é isso e ponto
O tempo seu, meu, nosso
É duro e seco
Sem um segundo de choro...
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Tempo das valsas

Ninguém agüenta mais
O compasso dessa hora
Podia ir embora
Junto com o mau-tempo
E desfazer
O último momento
Que ainda nos resta:
Essa hora.

Hora feita e refeita
Em promessas partidas
Em fases descabidas
De uma mesma espera
Que já não suporta
Mais se alongar
Se esticar
E se multiplicar
A ponto de segurar o tempo
E o fazer andar para trás
Em rodopios de valsa.


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31/05/2014 - Tempo de nós

Eu quero um tempo
Para o tempo de nós
Eu quero todos nós
Dois todos a sós
Eu quero os nós
Que nos dá tempo
Do tempo de nós
Eu quero um tempo
Como fios no retrós
Nós sobre nós
Num tempo a sós.


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22/10/2013 - Tempo e destino

O senhor do tempo perguntou à senhora do destino
O que fazer do amor entre a menina e o menino
Como domar o cupido-querubim, o anjo e o serafim
Que estão a postos com suas flechas dark-carmim
Querendo dar continuidade a sangrar o coração
De amor, de paixão, de loucura, de imaginação
Independentemente de quem irão machucar
Independentemente se vão partir ou chegar
O senhor do tempo está perdendo os cabelos brancos
A senhora do destino está cedendo aos apelos dos santos...
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Tempo esquartejado

Ah! Essa solidão que me devora
Tem gente batendo lá fora
E eu tenho medo
De sair deste portão
Que divide futuro e passado
Num tempo esquartejado
Cansado de mim

Quero correr
Não tenho pernas
Quero voar
Mas não sei esquecer
Que amar
É o encontro de duas lanternas
Na noite escura
Obscura de mim

Vem, vem que estou a lhe chamar
Como canário chama o seu bem
Cantando a estralar...
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25/01/2015 - Tempo Marruá

Meu tempo é marruá
Pula pra lá e pra cá
Tomba meu coração
Como se fosse peão
Em arena de rodeio
Mostrando a que veio
É Marruá

Meu tempo é marruá
Faíscas sobem pelo ar
Quando pelo estradão
O gigante sai do chão
Flutua pelo estrelado
É o futuro e o passado
É Marruá

Meu tempo é marruá
Nada o faz sangrar
Tem couraça forte
Não sabe a morte
Ora é boi, ora é boiada...
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