Daniel Campos

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Encontrados 142 textos. Exibindo página 10 de 15.

Eclipse

Do hálito frio
De um beijo
Nasce a escuridão
Dois corpos perdidos
Dentro da separação
São calafrios
São medos bravios
São navios, navios
Se afastando
Na arrebentação
São partidas
São despedidas
Sãos as idas
E não vindas
De um coração
Separação
Por que me chegaste
A ponto de me absorver?
Por que me amaste
A ponto de me querer?
E me querendo
E me absorvendo...
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Efemeridade

Vida
Quanto mais alegre
Mais triste se insinua.
Poço de incertezas
Equilíbrio torto
Fantasia ingênua,
De tamanha solidão
Sente saudade de si.
Tantas companhias quão o medo
Beleza e tristeza
Num gesto tímido
Num corpo aquém
Num olhar longínquo,
Distante e amante.
Envolvente,
Seduz e consome
Num emaranhado de sentimentos
Que passeiam pela alma
Infinita e aflita,
Frágil
E breve como o momento...
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Egípcia

Distante
O sol escorria em seu corpo
Como um desenho egípcio
Os fios de cabelo inquietos
Revirados por um vento bandido
Que procurava o que se procura nos filmes.

Estaria quase muda
Se não fossem os gritos
Asfixiados
De prazer e dor.

Estaria quase sozinha
Se não fossem as companhias
Das alucinações
Que a mordiscavam.

Estava confusa
Com as linhas embaçadas
Como se fosse feita de areia...
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Eleva-te

Entristece
Eleva-te em prece
E ora ao deus
Que é deus do adeus
Das sinagogas
E dos breus.

Eleva-te
Porque os solitários
De além-mar
São pescadores
Que vivem da dor
De se separar.

Eleva-te
Diante do deus
Que divide caminhos
E sorri das despedidas
Porque ele
Subiu aos céus
Para ficar sozinho.

Eleva-te
Diante do deus
Que sente ciúme
E fica mal-humorado...
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Em falta

Ah! Se você soubesse as coisas que já fiz
Que de tanto me dar
Agora, falto-me
E sem receber qualquer gesto
Preciso recriar-me
Partindo do pouco que ficou
E que me possibilita ainda um nome
Recriar-me
E tentar aliviar o sofrimento
Na promessa que faço a mim mesmo
Que um dia
Quando menos esperar
Você irá parar de fingir
Que não percebe
As tantas coisas que já fiz
E que pareceram
Apenas mais fantasias
Entre tantas...
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Em noite de mar

Mar e olhares
Olhares de um mar
Um mar de adeus
Um adeus e um olhar
Um olhar que se vai ao mar
No mar nenhum pescador
Nenhuma rede
Nenhuma sede
Nenhuma dor
No mar de um olhar
Que não se via
Que não se sabia
Que não entendia
Só o delírio de um remador.


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Em tuas mãos

O que ainda espera
Já é mais do que tempo de voltar
Deixa o que te afasta de mim
De lado
E vem viver outra vez
Em meus braços
É maior do que esse silêncio
É maior do que qualquer ferida
É maior do que qualquer medo
É o maior dos meus sonhos
E eu sonho e eu sonho e eu sonho
Eu sou jurado a ti
Em nome de Deus, de Tao, de Brahama
Eu me consagrei a ti
E a ti me consagro a todo instante.
O que ainda espera...
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Enchente

O rio transbordou
O mar chegou
O lago virou
Tudo graças
Ao novo mês
De gravidez
De uma luz
Que para desgraça
Do dias seus
Se apaixonou
Por um deus
Que só sai à rua
Com sentimentos ateus.

Deu maré cheia
Deu arrebentação
Enxurrada carregou sereia
Peixe virou plantação
Quando a lua sozinha
Feito a última rainha
Cumpriu seu papel
E entre contrações
Relâmpagos e trovões...
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Encontros

Foram tantos encontros
Nenhum deles marcado
Nem de maneira prévia nem de última hora
Encontros casuais
Encontros inconscientes e conseqüentes
Do ato de se encontrar.
Por quantas vezes lhe encontrei
Mas só depois fui saber do desejo
E do significado de lhe encontrar
Só depois de uma certa convivência com os encontros.
E não desconfiei que a cada encontro eu lhe trazia
Eu lhe trazia um pouco
E aos poucos esse pouco ganhou proporções disformes...
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Encruzilhada

Imagino a roupa que veste
O ambiente que se encontra
Os pensamentos alados
A sua fala interminável
O seu jeito de mexer no cabelo
O seu colorido
E, num canto em silêncio,
O seu ritmo.

Mas não sei nada
Só imagino
E mesmo longe
E mesmo afastado
E mesmo "esquecido"
Desejar-lhe-ei
O que me desejo:
Nós.


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