Daniel Campos

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Encontrados 148 textos. Exibindo página 15 de 15.

Dona

Dona
Dona de mim
Dona dos meus dias
E dos meus atos
Dona das sementes poesias
Dos fatos e dos gatos
Que arranha o carmim
Das noites traiçoeiras
E dos gemidos das cabeceiras
Das camas
E dos dramas
Das corujas
Que moram em mim.

Dona
Dona do começo
Do avesso
Do fim
Que não tem preço
E de toda a réstia
Que me invade
E me arde
E molesta
Meus sonhos...
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Donzelas coloniais

Quando me vi diante dela, nada mais vi.
Comecei a vagar por histórias, tempos que ficaram
Suspensos no ar.
Quando a vi, de toda ela,
Pensei nas donzelas coloniais
E na solidão que compartilhavam com seus espartilhos.
Mulheres que sonhavam com contos de fada
Tempos em que para ser mulher era preciso saber servir,
Servir aos homens.
Quanta solidão, quanto pecado mal contado
A mulher que foi feita de um pedaço do homem
Tem-se a impressão que não existe mais....
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Dor, dor, dor

Que dor é essa que dói
E não descansa
De doer a coisa amada

Que dor é essa que dói
Que rói
Carne, osso e esperança

Que dor é essa
Dor que castiga
Velho, moça e criança

Que dor é essa
Dor que não cansa
De doer

Que dor é essa
Dor que fisga
E não dá liga

Que dor é essa
Dor que ninguém pode
Que ninguém agarra

Que dor é essa que morde...
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Dorme

Dorme,
Dorme que eu lhe acordo
Quando a casa estiver bonita
Quando os cabides estiverem no lugar
Quando a sacada der para o mar...

Dorme,
Dorme que eu lhe acordo
Quando aquela visita chegar
Quando as louças estiverem na mesa
Quando o medo sair detrás da porta...

Dorme,
Dorme que eu lhe acordo
Quando eu for condecorado herói
Quando as vitrines perguntarem por você
Quando o amor deixar os livros...
...
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Dos olhos da menina

Pela estrada
Tão sozinho
Vai meu coração
Feito pergaminho
De sina em sina
Feito a morada
Dos olhos da menina,
De amor, calada.

Ah! Coração
Vai sem parada
Vai a verso e toada
E só pára na estação
Da boca pequenina
Dos olhos da menina,
De amor, fadada.


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Drible na fantasia

Ansiava ser Mané ou ainda Pelé
Só para dedicar um gol a ela
Que está na arquibancada vazia
No entardecer do dia
Numa beleza calada
Olhando o nada
À procura de um gol.
Eu, no gramado da ilusão
Jogando de ponta de lança
Lança-perfume lança santa
Entre o verde e o cal
Entre o meia e o beque central
Sou amador do amor
Querendo driblar a dor
Ao grito da fantasia
Rompendo a poesia
Dela que desce os degraus
E pula e me adula e pula ...
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Dualidade

Outra vez,
O cinema reprisa
Um filme que não valeu,
O mar tece a brisa
No aroma que se perdeu,
O tempo pede outra semana
E ninguém consegue saber
Por onde desliza
Ana Luisa.

Ana,
Já pedi pra cigana
Contar-me de você
Mas as linhas da solidão
Não são as linhas da sua mão
Dá sua mão, Luisa
Se materializa
Então, me chama
Ah! Me avisa
Pra ver a tarde profana
Onde seu corpo faz divisa....
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Dueto

mulher - Mesmo que a nossa vida a sós seja pequenina
homem - Eu sou o teu poeta
homem - Mesmo que a nossa vida parta de asa-delta
mulher - Eu sou a tua menina
homem - Mesmo que o destino trilhe o contrário
mulher - Mesmo que eu seja roubada por um corsário
homem - Mesmo contra o tempo de um coração
mulher - Mesmo contra o tempo que diz não
homem - Mesmo contra o profeta
mulher - Mesmo contra a cretina
homem - Eu sou o teu poeta...
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