Daniel Campos

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Dona

Dona
Dona de mim
Dona dos meus dias
E dos meus atos
Dona das sementes poesias
Dos fatos e dos gatos
Que arranha o carmim
Das noites traiçoeiras
E dos gemidos das cabeceiras
Das camas
E dos dramas
Das corujas
Que moram em mim.

Dona
Dona do começo
Do avesso
Do fim
Que não tem preço
E de toda a réstia
Que me invade
E me arde
E molesta
Meus sonhos
E a realidade
Que não presta.

Dona do meu país
Do que me é feliz
E do que me quer tristeza
Dona da minha fronte
E das minhas costas
Dona do meu horizonte
E da beleza
Ainda não posta

Dona dona dona
Dona dos meus mistérios
Dona dos meus cemitérios
Dona do rei e do plebeu
Que moram em mim
Dona de mim
Dona da minha maternidade
Dona da minha saudade
Que ainda não nasceu.


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