Daniel Campos

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Encontrados 217 textos. Exibindo página 11 de 22.

03/09/2013 - Cruzadas

Cruza
Descruza
Pernas
Numa angulação obtusa
Às pupilas intrusas
E escusas
De amor e torpor
E usa
Tais cruzas
De caminhos
De destinos
De deuses trinos
De linhas e linhos
Como quem não abusa
Do autocruzar
De luzes e cruzes.


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02/09/2013 - Chorinho

Chora
Chora pelo que ficou
Chora pelo que ainda não chegou
Chora pelo que restou, sobrou,
Desandou
Chora pelo que falou
E também pelo que calou
Chora pelo que faltou
Pelo que em vão se doou
Chora pelo que julgou
Pelo que até aqui carregou
Pelo que, sem ou por querer, provocou
Chora pelo tempo que passou
Chora pelo sonho que matou
Pelo projeto que não decolou
Pelo coração que decepcionou
Chora pelo que queimou...
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25/08/2013 - Contra o tempo

O pássaro que voa
Contra o tempo
Cai e se esvai
O homem que corre
Contra o tempo
Perde e se perde
O barco que avança
Contra o tempo
Inunda e afunda
O moinho que gira
Contra o tento
Quebra pá e pedra
A menina que brinca
Contra o tempo
Chora e vai embora
A música que ecoa
Contra o tempo
Atravessa e cessa
O jovem que vive
Contra o tempo
Tenciona e revoluciona
O coração que bate...
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04/08/2013 - Catar

Cata
Cata-vento
Cata sonho
Cata piolho

Cata
Cata feijão
Catamarã
Cata lenha

Cata
Cata pó
Cata concha
Cata hora

Cata
Catar
Qatar.


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03/08/2013 - Coração alado

Olhos de fogo que alumiam o escuro
Mais profundo que há
E alcançam o nada e o tudo, o lá e o cá
Asas negras
Asas de espada e de escudo, que voam alto
Cobrem mundos e rompem muros
Pássaro em chamas
Machucado de guerra, perseguido e torturado
Mas nunca aprisionado nessa terra
Pássaro em brasas
Que renasce em pleno vôo
Ao som de preces e súplicas e batidas de tambor
Mito de esperança
Que abrasa magia e glória...
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21/07/2013 - Cheiro de chuva

Cheiro de chuva
Abre as narinas
Escancara a garganta
Afina as cordas vocais
Enche os pulmões
Marina os olhos
Embala lembranças
Invade a corrente sanguínea
Agiganta o coração
Desperta desejos
Sensibiliza o paladar
Dá margem a gritos e danças
Renasce o gostar
Lava os maus pensamentos
Quebra as pedras da alma
Cria esperança
E faz chover eu te amos

E de repente,
A voz é de chuva...
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17/07/2013 - Castelo de areia

Sou como castelo de areia
Que se desmancha
Um pouco mais
A cada onda
Fugaz
Que ronda e deslancha
Sobre minhas torres
Minhas muralhas
E meus aposentos reais
Com os cristais
Do sal das sereias
Que ao passar me dizem
Que não tem jeito
Pois sou feito para ser desfeito.


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Cadê

O relógio me mata
Me maltrata
Com sua pata
Ou será ponteiro?
Eu, prisioneiro
No gueto
Da tua falta.
Eu, veleiro
Arrastado pela maré alta
Da saudade
Que invade e arde.

A cada minueto
Entre terra lua e sol
O tempo acende uma nova vela
Para comemorar a idade
Da minha solidão
E o que era um curta-metragem
Tua ausência fez novela.

O que era um assobio
Uma bobagem...
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Café ipanema

Ondas enluaradas
Pássaros ao som do luar
Nasciam madrugadas
Estrelas caiam a cantar
Canções de um mesmo tema
Soavam no café ipanema
Num tempo de ilusão.

Um piano, não
Uma poesia, não
Uma aquarela, não
Foi só imaginação
A lua é tão vazia
Morreu a fantasia
Um barquinho, ia
Uma primavera, ia
Um violão, ia
Ia se tornando nostalgia
Naquelas noites
Embriagadas de melodia
Em tão falsas namoradas...
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Calcanhar de aquiles

Será que nunca vou perder esse medo
De perdê-la
Esse sentimento
Que me devora em fartas colheradas
Sou aflição
Sou desassossego
Sou o pecado
Sem perdão.
Estou tranqüilo, e de repente
Me sobe
Uma comichão pela espinha
O peito se aperta
O coração vira contorcionista
E se espreme
Dentro de uma caixinha de fósforo.
Ah! Porque não vem um desejo louco
Montado num cavalo
E me ateia fogo...
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