Daniel Campos

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Encontrados 111 textos. Exibindo página 5 de 12.

28/10/2013 - Tempo diferente

Tem que haver um tempo diferente, um tempo onde a gente possa ser da gente. Um tempo onde a tristeza dê um tempo. Um tempo pra frente em matéria de sentimento. Um tempo onde tudo que a gente sonhou realmente possa existir. Um tempo em que a preocupação não seja cair e levantar, mas voar e voar e voar. Um tempo sempre nascente, onde a gente possa tentar viver de um jeito candente.

Um tempo al dente, sem relógios ou calendários. Um tempo onde a gente seja mais, muito mais do que um peixinho de aquário. Um tempo crescente e sem limite. Um tempo somente pra gente. Um tempo que quite a dor da gente. Um tempo convite. Um tempo que exista para além da na nossa mente. Um tempo ardente mesmo quando lá fora não está quente. Um tempo diferente no sentir e agir da gente.


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25/10/2013 - Temporações

Não, não, não desanime. Nem mesmo quando a estrada parece não ter saída. Contra tudo e contra todos, acredite que tudo um dia será possível. Pense sempre que o amor foi feito para ser vivido. Livre-se dos medos, dos limites, dos “ses”. Tenha fé ou qualquer outra coisa que lhe leve a ir, a seguir, a prosseguir rumo ao que lhe destina. E que tudo dê certo no tempo mais incerto. Não planeje, não se amarre, não coloque tudo a perder. Tudo será sempre do jeito que foi feito para acontecer.

Não complique ou descomplique absolutamente nada. Viva como tiver que viver. Não adianta subornar, sequestrar, burlar o tempo. Ele se faz de flexível, mas no fundo no fundo é completamente irredutível. Não bata de frente com ele, pelo contrário, se entregue a ele de coração aberto, confessando seus desejos, suas vontades. Mais dia menos dia o tempo vai virar. O tempo sempre vira. E ao contrário de reclamar, blasfemar e se zangar, pegue esse tempo virado a pêlo e o chame para bailar.


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26/09/2013 - Tolice

Por que insistimos em nos ferir, em nos agredir, em reagir ao amor que emana de diferentes pontos? Insistimos nas trincheiras, nos ataques, no conflito puro e simples sem razão alguma de ser e, até mesmo, de acontecer. Por quê? Insistimos em agressões baratas que custam tão caras no final das contas e por quê? Porque somos tolos insistimos em machucar, em maltratar, em golpear de forma baixa quem sempre nos colado para o alto.

Por que insistimos em trocar farpas quando deveríamos dar e receber o que há de melhor em cada um de nós? Insistimos em remoer o que já está pra lá de moído, em ressuscitar fantasmas e provocar uma guerra zodiacal. Por quê? Insistimos em destruir, em ruir, em fugir quando devíamos edificar, restaurar e encontrar, e por quê? Porque somos tolos insistimos em falar e ouvir o que não se deve, fazendo de nossas línguas e ouvidos armas mortais.


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12/07/2013 - Tia (Mãe) Neiva

Tia Neiva, na verdade, é Mãe. Mãe não só de filhos biológicos e do coração, mas de uma doutrina. Mãe do Vale do Amanhecer no sentido mais materno-afetivo da palavra. A mãe apará do doutrinador. Mãe em ligação direta com Pai Seta Branca e Mãe Iara e tantos outros pais e mães que se apresentam, entre outras, em roupagens de preto-velhos e caboclos. Mãe do terceiro milênio. Mãe que sempre encantou. Mãe de vários amigos de luz neste e em outros planos. Mãe de mais de um milhão de médiuns praticando a Lei do Auxílio em todo o mundo. ...
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14/06/2013 - Texto pra quê?

Um texto pra sonhar. Um texto pra beijar. Um texto pra digitar. Um texto pra escandalizar. Um texto pra murmurar. Um texto pra soprar. Um texto pra esconjurar. Um texto pra devorar. Um texto pra germinar. Um texto pra acabar. Um texto pra soltar. Um texto pra cuidar. Um texto pra matar. Um texto pra explorar. Um texto pra faltar. Um texto pra desculpar. Um texto pra dominar. Um texto pra textualizar.

Um texto pra entregar. Um texto pra acreditar. Um texto pra chorar. Um texto pra gritar. Um texto pra marchar. Um texto pra revolucionar. Um texto pra manipular. Um texto pra pintar. Um texto pra arrumar. Um texto pra dançar. Um texto pra variar. Um texto pra inventar. Um texto pra voar. Um texto pra meditar. Um texto pra sambar. Um texto pra tomar. Um texto pra casar. Um texto pra rezar. Um texto pra guardar. ...
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05/05/2013 - Tão longe

Longe de tudo o que sou, aqui estou. Longe da minha infância, sou esperança. Longe da minha cidade, sou realidade. Longe da minha canção preferida, sou silêncio repetido em refrão. Longe da minha terra, sou aquele que erra. Longe da minha escola, não dou bola. Longe da minha paisagem, sou saudade e miragem. Longe do meu porto, sou vivo, sou morto.

Longe da minha memória, sou o futuro da história. Longe do meu quintal, sou açúcar sem sal. Longe da minha rua, sou cavaleiro em busca da lua. Longe do meu enredo, sou segredo. Longe do meu terreiro, sou mensageiro. Longe das minhas paredes, sou peixe morrendo na rede. Longe dos meus afazeres, sou outros dizeres. Longe de mim, sou pássaro carmim. ...
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28/04/2013 - Tchau

Tchau. Vou para onde os pássaros ainda tenham espaço para voar. Vou para onde o amor exista para além das páginas dos romances. Vou ao mundo onde Caetano e Bethânia sejam ouvidos a toda hora, em todo lugar. Vou para onde possamos viver de arte e não de política. Vou para onde os cheiros possam ser sentidos em todas suas notas. Vou para o sinal dos tempos.

Tchau. Estou de malas prontas para um espaço que a bagagem não tenha a menor importância. Estou pronto para passar o resto dos meus dias falando de amor. Estou ansioso para perder a ansiedade cotidiana em um destino sem ataques de desespero. Estou prestes a cruzar as fronteiras do esquecimento. Estou na busca pelo que sou e pelo que ainda não sou.


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27/04/2013 - Traumática

Bata a porta na minha cara. Ponha os fantasmas pra fora. Solte fogo das ventas. Vomite seus dramas. Coloque o dedo na minha fuça. Rode a baiana. Vire a diaba. Varra meus pés. Apunhale-me pelas costas. Ignore-me. Derrube-me. Peça a conta. Coloca-me pra fora. Arme-se. Renda-me. Fale os demônios. Enfeitice-me. Pragueje-me. Esconjure-me. Amaldiçoe meu caminho. Quebre minhas pernas. Envenena-me de todos os jeitos. Encabula-me. Apedreje-me. Tortura-me. Acabe com o juízo que me resta.

Atei fogo em meus pensamentos. Pinte e borde com meu coração. Enlouqueça-me. Revira-me pelo avesso. Vira-me de pernas pro ar. Manche meu nome. Iluda-me. Decepcione-me. Quebre todas as promessas que me fez. Amordace-me. Censure-me. Dobre meus joelhos. Ensurdeça-me. Embaralhe meus sentidos. Mude meu destino. Sufoque meu futuro. Marque-me de solidão. Semeie sofrimento em mim. Atormente-me. Perturbe-me. Zombe dos meus sonhos. Traia minhas paixões. ...
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23/04/2013 - Teatro do absurdo

São tantas reflexões metafóricas me rondando. Um debate sobre situações vividas no amanhã e no meu pré-nascimento. O coração pulsa devastado como terra revirada. Nesse terreno brotam inquietações que ameaçam uma paz ainda desconhecida. Pela alma, um cenário insalubre, de guerra e morte. Olhos sempre em alarde. Sou tomado por imediatismos de longuíssimo prazo. Uma vontade indomável de fazer sempre o impossível. Um conflito indomável entre razão e emoção. Rodo a toda velocidade na roda cármica. Explosões de saudade e surrealidade ecoando por toda a minha falta de estrutura. Parto, em tantos partos, em busca de redenção. O destino se insinuando por linhas tortas. Uma vida em permanente confronto me engolindo em suas trincheiras. ...
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03/04/2013 - Travessia

Atravessa o rio como se fosse um peixe. Atravessa a rua como se tivesse asas. Atravessa o corpo como se fosse um raio. Atravessa a mente como se caçasse um segredo. Atravessa o mundo como se fosse um balão. Atravessa o ritmo como se quisesse inventar um novo som. Atravessa o mar como se fosse Moisés. Atravessa a janela do quarto como se fosse luz. Atravessa a página como se fosse tinta. Atravessa a perna como se fosse mão. Atravessa a guerra como se fosse míssil. Atravessa a vida como se fosse tempo. ...
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