Daniel Campos

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23/04/2013 - Teatro do absurdo

São tantas reflexões metafóricas me rondando. Um debate sobre situações vividas no amanhã e no meu pré-nascimento. O coração pulsa devastado como terra revirada. Nesse terreno brotam inquietações que ameaçam uma paz ainda desconhecida. Pela alma, um cenário insalubre, de guerra e morte. Olhos sempre em alarde. Sou tomado por imediatismos de longuíssimo prazo. Uma vontade indomável de fazer sempre o impossível. Um conflito indomável entre razão e emoção. Rodo a toda velocidade na roda cármica. Explosões de saudade e surrealidade ecoando por toda a minha falta de estrutura. Parto, em tantos partos, em busca de redenção. O destino se insinuando por linhas tortas. Uma vida em permanente confronto me engolindo em suas trincheiras.

Já não mais sabia a condição fundamental da minha existência humana. Tensão de sentidos por todos os lados. Uma falta generalizada de asas. Pensamentos censurados, fadados ao esquecimento. Caminho por retas longas que se dobram num passe de mágica fazendo-me andar em círculos. Um drama comovente a cada esquina. A língua tenta criar palavras para descrever o que sou. Uma linha cortante e muito tênue entre o engano e o acerto. Eu estava aquém do individual e além do coletivo. Uma necessidade de um outro tempo me inquietava. A arte grita em meus poros; Grita por luz, por socorro, por colo. Nada mais me soava único e suficiente. As interpretações se dão na linha contrária do meu desejo. E os medos trabalhando para tornar estéril a minha poesia.


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