Daniel Campos

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Encontrados 261 textos. Exibindo página 6 de 27.

31/08/2014 - Saudade do seu abraço

Tenho saudade do seu abraço. De poder passar dez anos de conforto em dez segundos em seus abraços. De sentir suas mãos buscando trópicos e meridianos em minhas costas. De suas mãos escrevendo em minha pele o quanto me gosta. De sentir que todos os meus sonhos cabem perfeitamente no seu colo. De não querer mais sair desse abraçamento. De ser enlaçado por seus calores e tremores de prazer e bem querer. De saber que de um jeito ou de outro quer me guardar consigo ao mesmo instante que me deseja como abrigo. De ter a certeza de que nosso encaixe é perfeito em formas, texturas e essências. De confundir braços com asas. De flutuar entre a malícia e a inocência. De me jogar e de lhe receber na mesma intensidade. Do seu abraço tenho saudade...


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10/07/2015 - Saudade encolhida

Nunca mais tive seus beijos nem sua boca a me dizer nada. Seus abraços abraçam outros braços. Suas pernas, como estão? Pra onde vão? Que caminhos são? Seus pés fazem novos passos. E entre acertos e erros, você afunda nos aterros da minha imaginação que abunda pela oitava paixão. Quando é que você volta? E quando me encontrar não solta? Sua ausência me provoca. Sua falta me sufoca. Sua saudade me toca e me invoca junto à sombra da sua silhueta desbotada em minha cama, em meu corpo, em meu dia a dia. Quantos copos de amanhã preciso para lhe esquecer? Quantas poesias terçãs são precisas para lhe trazer ao meu querer? Nunca mais senti seu perfume, mas ainda tenho ciúme da metade que é minha e vaga sozinha atendendo pelo seu nome. Tenho fome da minha vida que é sua, minha vida amada e nua.


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17/04/2013 - Saudade enraizada

Por onde quer que eu vá, por aqui ou em qualquer lugar, levarei saudade. Saudade de um tempo não nascido. Saudade de um desejo proibido. Saudade de um sonho adormecido. Saudade de um sentimento banido. Saudade do que não pode ou não quis acontecer. Saudade do que eu fui impedido de viver. Saudade do que não hei de fazer. Saudade de um mundo paralelo. Saudade do gosto de marmelo. Saudade de um dia rosa-amarelo. Saudade de uma boca. Saudade de uma louca. Saudade do que sempre será pouca.

Minhas mãos estão carregadas de adeus. Meu peito segue cravejado por partidas. Nos meus olhos as imagens de tantas e quantas despedidas. Meus pés tropeçam em tantas separações. O choro de perdas ainda chora em mim. O começo e o meio caindo no fim. A minha razão ficando mais e mais cega a cada ponto das malhas tecidas pelas ilusões. O sim e o talvez sendo sufocados por um sem número de nãos. O encontro e o reencontro nas garras dos desencontros. Uma sensação de velório que me deixa tonto. ...
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04/12/2011 - Saudade infinda

Ah! Que falta me faz sua presença física, seu Líbio. Desde sua morte, ò meu avô, estou sem rumo certo, sem chão firme, sem sentido algum. É como se meu mundo, feito um castelo de cartas, viesse ao chão numa ventania. Devo confessar que até hoje eu não consegui juntar as cartas. Sem sombra de dúvida, o meu reino por um abraço seu. Um abraço de carne e osso. Meu deus, como é difícil tocar a boiada da vida sem tê-lo ao meu lado. Muitas porteiras se fecharam para mim depois da sua partida. E a saudade machuca mais do que arame farpado. Mesmo depois de tantos meses ainda consigo sentir seu perfume, escutar sua voz, adivinhar seus pensamentos. ...
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25/05/2008 - Saudade junina

Na noite de ontem fui para a quermesse de Nossa Senhora Auxiliadora. Uma comemoração com cara de festa junina. Acabada a missa, as barraquinhas com quentão, canjica, chocolate quente, pastel, caldo, arroz carreteiro, galinhada... Eu belisquei aqui e ali e fui me embrenhando por entre os sabores regionais. Mas faltava alguma coisa. Uma sensação de incompletude não me deixou entrar no clima da festa.

Talvez porque ainda não era junho. Talvez porque não era dia de São Pedro, São João ou Santo Antônio. Talvez porque não tinha amendoim torrado. Talvez porque não havia fogueira. Talvez porque não tinha chapéu de palha e camisa xadrez. Talvez porque não teve quadro dos três santos juninos no topo do mastro. Talvez porque eu queria o impossível: o sentimento caipira no meio da metrópole. Por mais que se esforçasse, esse sentimento não seria legítimo....
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29/10/2010 - Saudade pescadora

Perto do ribeirão havia uma saudade pescadora. Ela molhava os pés, lançava sua rede à solidão e pergunta ao vento: quem és tu que eu não te vejo? A saudade trançava fios de rede e destino e navegava pelos rios salgados do oceano sem ter direção ou plano. Acendia suas velas, conversava com orixás, abria suas velas, voava em feitio de sabiá do mar. E quando ia puxar sua rede não achava nada, só um monte de lembrança embaraçada e um vazio que dava corrupio no seu coração.

Pobre saudade pescadora, ferida pelos anzóis da ausência. Por mais que se esforçasse e força botasse não conseguia jogar sua rede a ponto de alcançar a distância necessária para aliviar seu mal. Mais do que distância de espaço, a saudade sofria de distância temporal. Quanto tempo se passou do começo ao final de sua existência sem que houvesse meio. O meio se perdeu em algum lugar daquelas águas que voltam. Águas correntes. Águas passadas. ...
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07/11/2010 - Saudadeira

Saudade é tudo aquilo que a gente não consegue disfarçar. É fardo pesado de se carregar. Saudade do que já foi geme doído igual carro de boi. Saudade não é passageira, é matadeira de sonho e dor. Saudade é um tempo perdido, jamais esquecido ou banido do coração. Saudade é a terra nua vazia de plantação. Saudade é o choro que cai sem avisar, é o peito apertado e a certeza de que toda tristeza do fado caminha ao lado por onde passar.

Saudade é espinho encravado, é a distância de um olhar cruzado, é o passado que não passa. Saudade abre buraco na vida da gente igual goteira de canto de cumeeira. Saudade é um sentimento sem eira nem beira que vai tropeçando nas nossas próprias pernas. Saudade é o pássaro que canta em busca do canto cantado ontem, anteontem, trasanteontem. Saudade é cavalo xucro pulando no pasto, impossível de domar. Saudade é nó de boiadeiro, difícil de desmanchar. ...
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Saudosismo

Saudade de quando a saudade era só mais uma profecia, como tantas outras que não se cumprem. Saudade do tempo em que você vinha, e o seu vir tinha uma elegância nunca dantes vista. Saudade daqueles saltos que deixavam a sensação de que a qualquer instante riscariam o piso em passos de tango. Saudade daquele sorriso que começava a se desenhar lentamente em sua boca e que morria vagarosamente em outras bocas, saudade, (confesso que até hoje, guardo alguns desses sorrisos intactos, por mais que o tempo ouse roubá-los). Saudade daquele olhar que tombava longe, tão longe que me fazia acreditar que a vida era possível. ...
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29/09/2012 - Schumacher, demitido por justa causa

“Quando acho que cheguei ao ponto máximo, descubro que é possível superá-lo”. Essas aspas não são somente um pensamento, mas uma prática constante na carreira de Ayrton Senna. Por mais adversa que fosse a situação, Senna sempre dava um jeito de superar a tudo e a todos. Corridas como a de Interlagos, em 1991, em que ele completou as últimas voltas tendo somente a sexta-marcha e a largada de Donington Park, em 1993, quando ele largando em quarto, caiu para quinto e ao fim da primeira volta já estava em primeiro à frente de Schumacher e das favoritas Williams, inclusive a pilotada por Alain Prost, são apenas dois exemplos de superação. Porém, Senna é um caso à parte. Um herói que ainda vivo se transformou em mito. E mitos não são demitidos....
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Comentários (3)

09/01/2017 - Se algo não está bem

Se algo não está bem, respire pausadamente. Mire para dentro de si. Olhe para tudo o que tem feito, pensado, sonhado. E coloque mais amor na lira da sua vida que gira, que gira, que gira mesmo quando tudo parece parado, atrasado, enrolado.

Se algo não está bem, se mexa urgentemente. Saia do lugar comum, faça caminhos novos, pense diferente. Tome um ar, oxigene suas ideias e olhe mais pra frente do que pra trás. O que ficou, acabou. De manhã em manhã, siga para o amanhã que já raiou. ...
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