Ou exibir apenas títulos iniciados por:
A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z  todosOrdernar por: mais novos
Encontrados 150 textos. Exibindo página 2 de 15.
16/08/2016 -
Não se assuste comigo
Não quero te assustar, mas eu escuto Tom Jobim no café da manhã e depois do jantar. Vinícius de Moraes é meu poeta de cabeceira e também de cabeça, pois é quem abre meu caminho. Leio Garcia Marques para entender o tempo e amo para subverter o tempo. Não acredito que Capitu traiu Bentinho. Leio mitologia, seja ela grega, nórdica ou afro, para dormir e sonhar. Gosto de silêncio como João Gilberto. Rezo com Maria Bethânia. Sou íntimo de Chico, Caetano e Gil. Peço conselhos a Fernando Pessoa. Tenho uma queda pela arte dramática e o amor é o meu norte, o meu sul, o meu leste... enfim, a minha rosa dos ventos toda. Eu acredito na rosa azul e em tantas coisas que ninguém mais dá atenção. Escrevo com o nanquim da minha alma.
Seja o primeiro a comentar
06/08/2016 -
Não sabendo
Não vê o quanto está nos mantendo longe? Não vê o quanto essa sua atitude nos constrange? Não vê que tudo está nas suas mãos? Não depende de são nem de santo, mas de você para quebrar ou perpetuar esse encanto... Eu te amo, e te amo tanto... Meu amor eu canto por nós dois esse amor que por mim não ficaria para depois. Mas eu sou só um e para amar de verdade é preciso dois, onde três é saudade. Minha cidade começa e termina em seu corpo. Da sua falta ando trôpego. Não sei para onde ir se todos os lugares me levam a você. Não sei o que fazer se sem você eu faço é não me entender. Não sei mais nada a não ser que é a minha mulher amada.
Seja o primeiro a comentar
04/08/2016 -
Não existe
Existe goiaba sem semente? Girassol sem sol? Pente sem dente? Estrela sem brilho? Canção sem estribilho? Cinema sem pipoca? Existe violão sem corda? Índio sem oca? Pizza sem borda? Dor sem razão? Amor sem perdão? Existe porteira sem estrada? Poeta sem mulher amada? Pássaro sem asa? Fogueira sem brasa? Existe perna sem batata? Miado sem gata? Rosa sem espinho? Destino sem caminho? Noiva sem buquê? Eu sem você?
Seja o primeiro a comentar
25/07/2016 -
Nos ajunta
Ah meu amor para que alongar ainda mais a nossa separação se quando estamos juntos a felicidade escapa pelo ladrão? Ah meu amor por que me deixar longe se posso estar perto e mais perto reflorestando o seu deserto? Ah meu amor para que afastar nossos corpos que se chamam, nossos polos que se atraem, nossos corações que se amam, nossos olhos que caem um no outro depois de voar no nosso sonho mais alto? Ah meu amor por que ignorar o chamado que vem de dentro, por que contrariar o sentimento, por que lançar nosso destino ao vento? Ah meu amor acabe com essa distância, abre de uma vez a nossa nova estrada conjunta, por favor não mais nos separa, só nos junta e ajunta. ...
continuar a ler
Seja o primeiro a comentar
09/07/2016 -
Nossa razão
Se eu te pego não te solto. Se eu te seguro não te largo. Se eu te tenho não te dou. Você é parte de mim e parte da gente a gente não deixa. Você é parte de mim e parte da gente a gente não fica sem. Vem comigo porque eu só vou se for com você. Sozinhos somos partes, juntos somo todo. O todo de nós, o amor ao todo. Se eu te quero é porque quero de coração. Porque há muito mais do que uma simples ligação. Porque tudo entre eu e você vem de uma razão que é mais forte do que nós mesmos. Por isso, a atração. Por isso, a conexão. Por isso, a paixão. Paixão que faísca e faz dos nossos olhos, diante um do outro, um constante pisca-pisca.
Seja o primeiro a comentar
28/06/2016 -
Não admito molecagens com o amor que vivo
Não sou moleque. Sou homem o suficiente para amar de verdade com tudo o que isso significa. Sou intenso. Me exponho. Coloco o coração na mesa. Sou fiel, leal, honesto com meus sentimentos. Jamais brinco quando o assunto é amor.
Sou homem que tolera e perdoa muito do que é feito comigo, mas quando fazem pouco do amor que sinto... eu rujo como leão ferido. Não sou moleque para viver amores medíocres, insossos, vagabundos. Amor para mim é outra coisa.
E como homem que sou sei muito bem o meu valor, o que sou capaz de fazer por quem amo. Não faço isso ou aquilo porque acho bonito ou quero agradar, mas sim porque eu sou o que faço. E faço o que sinto. O que sinto é a minha identidade....
continuar a ler
Comentários (1)
26/05/2016 -
Nunca me deixei deixar você
Nunca deixei de te amar. Nunca deixei de te enamorar em meus pensamentos. Nunca deixei de te querer. Nunca deixei de tentar te proteger. Nunca deixei de te princesear. Nunca deixei de dizer que te amo, seja para fotos, lembranças ou para o vento. Nunca deixei de fazer suas comidinhas preferidas. Nunca deixei de pensar em nós. Nunca deixei de ter esperança que o futuro concretizaria nossos sonhos. Nunca deixei de acreditar em nós juntos. Nunca deixei de chorar a sua falta. Nunca deixei de viver e morrer de saudade. Nunca deixei de imaginar você. Nunca deixei minha vida apartada da sua. Nunca deixei de me perguntar o porquê da distância. Nunca deixei meu destino se desviar do seu. Nunca deixei de manter seu lugar ao meu lado intacto. Nunca deixei de ser o seu poeta. Nunca me deixei deixar você.
Seja o primeiro a comentar
25/05/2016 -
No escuro do quarto escuro
No escuro do quarto escuro eu encontro sua silhueta ora fazendo acrobacias ora querendo uma poesia. As paredes, pouco a pouco, vão soltando a sua voz que ficou impregnada para além dos nossos lençóis. E é tanta fantasia que eu sou marujo e você pirata, que eu sou astronauta e você estrela, que eu sou surfista e você tubarão. Eu sou presa e você, com toda realeza, a dona da caça. Onça pintada. Onça tatuada. Onça de garras e presas afiadas. Onça, onça, onça, ouça bem, vem e me devora. Pelo escuro do quarto escuro, se sou pássaro, é asa; se sou trem, é trilho; se sou poeta, é poesia. Poesia de noite, de tarde, de dia. Poesia que arde, que dá sangria. Poesia que come numa antropofagia. A criatura comendo o criador. É o grito de Van Gogh. É a loucura de Salvador Dali. É Caetano cantando nosso estranho amor. No escuro do quarto escuro me sinto seguro na sua boca, entre seus dentes e unhas, numa paixão ditada por suas mumunhas. Onça, onça, onça, ouça bem, vem e me devora sem demora pelo escuro do quarto escuro do tempo de um amor mais que puro.
Comentários (1)
17/05/2016 -
Ninho vazio
Diga que terminou, pois não acredito. Venha e convença meus olhos de que o amor se foi. Sepulta o que sinto se é capaz. Se for, vá e leve o que deixou cá dentro de mim. Se ficar, aninha-se no meu coração que não se permitiu ser ocupado por mais ninguém. Venha buscar o que ainda te espera e permitir que eu descanse em paz. Mas hei de gozar essa paz em seus braços, em seu dorso, em sua boca. De que vale a amora se ela mancha? De que vale o poeta se ele não dói? De que vale a cama se ela anoitece e amanhece arrumada? Venha e me diga que terminou, pois tudo está em suspenso num amor que é ato contínuo, que o tempo não anula e que a saudade só atiça. Não seja omissa, pois você é parte integrante de tudo isso. Ninho vazio ainda é ninho.
Comentários (1)
07/04/2016 -
Na casa do duque
Era um batuque. Era uma sinfonia. Era uma bagunça noite e dia. Na casa do duque era bem isso o que se fazia. Era Tião criando confusão. Era Ana caindo na cama. Era Clara catando feijão. Era Zequinha no acordeão. E Mariazinha no reco-reco. Bárbara ficava de xaveco com o coronel. E Beto botava a cuíca para gemer. Beatriz jurava que era feliz e queria porque queria fazer ali mesmo no sofá a sua lua de mel. Bia era gata e malicia. Era caso de polícia. Era um espaço de desejo, de antirealidade e de muito festejo. Tinha amor de toda idade. E, ali, beijo não tinha data de validade. O amor era tratado como samba, como muamba, como banda. E por mais que tudo fosse incerto, tudo dava certo, tudo era completo. Na casa do duque, muque não tinha vez. Ali a língua era o ovo de indez. A língua falada, a língua tocada, a língua trocada. Era uma quizomba, cada festa de arromba. Marinho queria Guiomar, que se enrabichava pros lados do Gaspar, que quando botava sua camisa cor-de-vinho falava aos ouvidos de Lia, que não sabia como disfarçar o seu amor por Guiomar, que deixava Marinho pelo caminho em nome desse amor desenfreado por Gaspar, que não se fazia de rogado e cego caía nos decotes de Lia, que tudo via e nada podia. Era um quiproquó que dava enredo, mas que muitas vezes morria ali em segredo. Era um batuque. Era uma sinfonia. Era uma bagunça noite e dia. Na casa do duque era bem isso o que se fazia.
Comentários (2)