Daniel Campos

Ou exibir apenas títulos iniciados por:

A  B  C  D  E  F  G  H  I  J  K  L  M  N  O  P  Q  R  S  T  U  V  W  X  Y  Z  todos

Ordernar por: mais novos  

Encontrados 207 textos. Exibindo página 19 de 21.

14/01/2010 - Discutir é tolice

Eu já lhe disse que discutir é tolice. Vamos viver em paz. Se para o bem ou para o mal, tanto faz. O importante é caminhar em conjunto, ser um só corpo, um só sentimento, um só defunto. Se chuva ou se sol, é indiferente quando se está junto. De que vale a solidão de um riso ou de uma lágrima? Vamos chorar em coro. Vamos sorrir conjuntamente. Sinergia, eis a palavra que deve nos guiar. Eu pensando seus pensamentos, você sentindo meus sentimentos, é assim que devemos ser, fazer, viver...

Não adianta divergir, debater, confrontar. O melhor é ceder, é aceitar, é compreender. Paciência é um dos principais pilares do amor em curso. Deixe as reclamações de lado. Deixe as desavenças no passado. Deixe o outro lhe ajudar com o fardo. Juntos, somos um mutirão. Temos a força de um batalhão. Para que fragmentar quando o ideal é somar? Não seja tão enfática, deixe de lado as implicâncias, a vida nem de longe é uma constância matemática. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

03/01/2010 - Do mesmo amor

Eu quero um pouco e muito mais do mesmo amor. Do mesmo amor que há pelas ruas do meu corpo. Amor inocente, amor docente, amor de repente amor. Eu preciso da próxima fala, da próxima cena, do próximo capítulo desse amor. Nada de pausas ou de interrupções, que venha a continuidade da história. Uma história de muitas páginas e sem final. Amar é querer viver mais e mais páginas sem nunca se encontrar com o ponto derradeiro.

Eu quero um pouco e muito mais do mesmo amor. Amor que tem me dado todos os dias como prenda e oferenda. É vital tirar mais açúcar dessa moenda sentimental. Abuse da imaginação para criar o que já foi criado. Inspire-se no amor dos beija-flores, das jaguatiricas, das aranhas fulanas de tal. Redimensione as planilhas do coração, coloque mais versos na canção e reze pelo milagre da multiplicação....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

05/12/2009 - Doce amor

Amor, doce amor, coloca em mim suas asas e me leva a um vôo cego pelos confins do infinito amar. De colherada em colherada, alimenta-me dessa canção que mistura prazer e sofreguidão. Mas uma sofreguidão bem quista pelos meus apelos. Deixa-me respirar seu ar, sonhar e me afogar em seus cabelos. Quero invadir seus espelhos, tatuar em mim seu escaravelho e morder, feito cão vira-lata, seus tornozelos.

Amor, doce amor, lava meu eu de toda insegurança, ensina-me a ser, mais uma vez, criança tão ingênua quão pura de amar. Leva para longe todos os fantasmas que gostam de assombrar aqueles que acreditam no gostar. Não permita que o passado se apodere do presente, que toda construção desabe num de repente, que o fruto negue a semente, tampouco que a solidão se agigante numa última tentativa de não morrer....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

04/12/2009 - Dá um tempo, tempo

Tenho andado em dívida com o tempo. Muitas cobranças e pouca coisa oferecida em troca. E pior, maldigo-o a todo instante. Isso sem falar que tenho sempre um pé atrás com ele, além, é claro, de tentar agarrá-lo sempre. Posso dizer que sou uma pedra no sapato do tempo. Vivo importunando-o com minha mania de quer mais e mais do que ele pode me ofertar. Pechincho demais, chego a ser chato com os ponteiros. E fazer o quê? É a vida que está em jogo.

Tento quase que diariamente flexionar o tempo, esticando o dia, empurrando a noite para debaixo do tapete. Chego a atrasar o relógio para ter a sensação de que fui agraciado com alguns minutos a mais. Pura ilusão. O tempo é arrogante e turrão, não se dispõe a conversar, tampouco fazer um acordo de cavalheiros. Para ele, sou apenas mais um. Mais um de seus escravos. Lá fora há uma multidão de pessoas acorrentadas, torturadas, condenadas ao tempo. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

17/11/2009 - Deu no The New York Times

Deu no The New York Times que nosso amor foi além do esperado pelos céticos da bolsa de valores amorosa. Uma espécie de Dow Jones do coração. E os norte-americanos, tão nacionalistas, tiveram que se dobrar ao nosso romance tupiniquim. Foi incrível nosso beijo na Wall Street se transformar em evento principal, ainda mais num local dado à multiplicação de dólares. Se ainda fosse Hollywood ou Las Vegas o cenário desse beijo a reação da platéia seria mais natural. Contudo, mesmo no maior centro financeiro do planeta, nosso amor foi noticiado, falado, registrado como cena de um filme sem data para morrer....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

02/11/2009 - Dia de vivos e mortos

Que todas as almas possam ser amadas ou, quiçá, lembradas. Que os mortos possam usar as lágrimas que recebem hoje para manterem vivas, por alguns dias a mais, as flores que recebem dos vivos. Que os finados recebem, ao menos, uma oração para não se sentirem sozinhos ou desprezados. E que essas orações sejam capazes de acalmar o coração dos espíritos aflitos que ainda não se acostumaram com a morte. Que hoje seja um dia de paz no reino dos vivos e dos mortos. Um dia onde haja espaço para tristeza do choro e da saudade, mas também para a das boas recordações. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

31/10/2008 - Doces ou travessuras

Um antigo celta disse-me para tomar cuidado. Com a barba por fazer e um sotaque inglês, contou-me um segredo. Na verdade, uma antiga lenda de seu povo. Segundo ele, no dia 31 de novembro, véspera do Dia de Todos os Santos e antevéspera do Dia de Finados, todos os que desencarnaram ao longo do ano vigente descem a terra à procura de corpos vivos. O propósito está em encontrar um corpo para invadir e usar pelo próximo ano.

Eu ri e ele fechou a cara, já fechada, dizendo que essa era a única forma de haver vida após a morte. A receita para não ser possuído era um tanto esdrúxula, mas dava resultado. Na noite do dia 31, é bom apagar todas as luzes de sua casa. Quanto mais fria e sem graça ela estiver, melhor para afastar os mortos. Para completar, coloque fantasias de monstros e saia pelas ruas fazendo muito barulho, na tentativa de assustar os espíritos. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

17/07/2008 - De Drummond a Guimarães

Molha os teus lábios nos meus e deixa-me beber da tua poesia que vai da estação de Drummond a Guimarães num beijo de língua. Leva meu corpo nesse trenzinho mineiro que vai subindo montes e montanhas de teu corpo rumo ao céu alaranjado dos teus olhos morenos. Deixa-me escrever enquanto lhe respiro e lhe admiro e miro a felicidade sobre-humana que nos espera. Um poema, um conto, uma crônica não são suficientes para compor as vidas desta mulher. São necessários livros e mais livros para eu colocar no papel a tua carne e o teu espírito. Por isso escrevo e escrevo-te demais. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

01/07/2008 - Durvinha "quebrou o rei"

Nos anos 20 e 30 do século passado, um grupo de justiceiros ou, melhor, cangaceiros, assombrava o nordeste brasileiro. Era época de Lampião e Maria Bonita, a versão sertaneja de Romeu e Julieta. Mas atrás das duas estrelas do cangaço, vinha um bando de causar medo em qualquer valentão. Juntos, eram paixão e destruição. Se uma vila negasse dinheiro ou, comida ou, apoio, ou fosse lá o que queriam, botavam para quebrar. Os cangaceiros seqüestravam crianças, incendiavam fazendas, matavam rebanhos, estupravam, assassinavam e torturavam. Se fossem atendidos em suas reivindicações, organizavam bailes e davam parte do que roubaram para a população local. ...
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

02/06/2008 - Decepção marciana

Depois de mais de trinta anos de tentativas, finalmente conseguiram pousar no solo do planeta Marte. Calma! Ainda não foi nenhum ser humano, apenas uma sonda robótica. O nome dela? Phoenix. Depois de nove meses no espaço, essa engrenagem com nome mitológico pousou nas regiões polares e secretas de um planeta que mexe com a imaginação de muita gente. Basta ver o histórico de filmes que falam sobre o planeta vermelho para observar o teor do imaginário que trato aqui.

O projeto é da norte-americana Nasa, mas o comandante desta viagem nasceu no Brasil: o engenheiro Ramon de Paula. Um projeto e uma decepção histórica nas mãos de um brasileiro. É inquestionável o valor desta conquista. Mas também não deixa de ser tamanha a dimensão dos que se decepcionaram. Pudera, até agora nenhum sinal de extraterrestre. Só tempestades de areia e um frio de 140 graus negativos. Isto é, além de uma foto com um solo avermelhado desértico coberto por pedras....
continuar a ler


Comentar Seja o primeiro a comentar

Primeira   Anterior   17  18  19  20  21   Seguinte   Ultima