Daniel Campos

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02/06/2008 - Decepção marciana

Depois de mais de trinta anos de tentativas, finalmente conseguiram pousar no solo do planeta Marte. Calma! Ainda não foi nenhum ser humano, apenas uma sonda robótica. O nome dela? Phoenix. Depois de nove meses no espaço, essa engrenagem com nome mitológico pousou nas regiões polares e secretas de um planeta que mexe com a imaginação de muita gente. Basta ver o histórico de filmes que falam sobre o planeta vermelho para observar o teor do imaginário que trato aqui.

O projeto é da norte-americana Nasa, mas o comandante desta viagem nasceu no Brasil: o engenheiro Ramon de Paula. Um projeto e uma decepção histórica nas mãos de um brasileiro. É inquestionável o valor desta conquista. Mas também não deixa de ser tamanha a dimensão dos que se decepcionaram. Pudera, até agora nenhum sinal de extraterrestre. Só tempestades de areia e um frio de 140 graus negativos. Isto é, além de uma foto com um solo avermelhado desértico coberto por pedras.

A vida fora da terra não está descartada, mas a frustração de um contato imediato com aqueles seres verdes, de olhos grandes e antenas foi soberana. O sinal de rádio que viajou 675 milhões de quilômetros não nos trouxe nada de especial. Nenhum: "alô terra! alô terra! Aqui quem fala é de marte" foi ouvido pelos cientistas.

Depois de não conseguirem encontrar nenhuma criatura interplanetária, agora os nobres pesquisadores se contentam em achar água. O fato é que foram gastos 450 milhões de dólares para acabar com a ilusão de outros milhões de terráqueos. Afinal, agora ficará mais difícil acreditar em marciano. O que será das crianças e dos adultos imersos nesta ficção? De fato, essa decepção não tem preço. Porém, para os mais fieis, resta uma dúvida: se os marcianos não estão em Marte, para onde eles foram? Cuidado! Olhe, vagarosamente e despretensiosamente, ao seu redor.


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