Daniel Campos

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Encontrados 362 textos. Exibindo página 24 de 37.

13/08/2010 - Capítulo 46

Jhaver está em fase de depuração dos fluidos mais densos que adquiriu em sua jornada como Castigador e em sua estada no Umbral.

Ainda está bastante fraco e passa a maior parte do tempo dormindo. Nas vezes em que acorda, o faz de forma bastante assustada e sempre perguntado por Sebastian. Insiste que precisa falar com o promotor. Essa agitação toda prejudica seu tratamento.

A equipe de auxílio sempre o aconselha a se desligar das suas vidas e tarefas passadas. Tentando tranqüilizá-lo, informam que Sebastian está bem. No entanto, o anjo negro sabe que isso não é verdade....
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10/08/2010 - Capítulo 45

Sebastian acorda, horas depois, ainda com o corpo cansado e coberto por marcas.

Não se lembra de nada. Apenas desperta com uma sensação boa, de tranqüilidade e alívio.

Não desconfia, mas também recebeu tratamento espiritual durante as horas que acabou de passar mergulhado no sono.

Busca o celular. Confere hora e data. Está com a sensação de que passou anos dormindo, no entanto, a passagem do tempo na crosta terrestre é diferente do tempo nos planos superiores. ...
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10/08/2010 - Carmelita dos pés descalços

Lá vai a carmelita dos pés descalços trilhando caminhos que só a fé é capaz de explicar. Lá vai ela com os pés ganhando espinhos e pedras, feridas e marcas daquele caminhar. Lá vai ela sem parar, caminhando nas contas de seu rosário. Os pés são só um detalhe. Na verdade, ela caminha de oração em oração. Acredita que os santos aliviam sua caminhada. E que Deus a espera ao final da estrada. Não tem contato com a realidade além dos muros. Ali, só canto e oração. Caminha, com os pés descalços, cobertos pelo negro do hábito que envolve seu corpo. ...
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07/08/2010 - Caro Adoniran,

Caro Adoniran,

Por causa do Trem das Onze você não pode ficar um pouco mais com a gente. E eu sinto até hoje por isso, pois muito tempo se vai desde o último Samba no Bexiga; Muito tempo se vai sem você. Você que me fez companhia na casa do Arnesto outro dia e que chorou comigo a poesia da Saudosa Maloca. Quantas as histórias vividas No Morro da Casa Verde, No Morro do Piolho, na Vila Esperança. Você se foi e se tornou uma espécie de cupido que fez do meu peito Tiro ao Álvaro. Ah! Como num Samba Italiano vivo apaixonado. ...
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06/08/2010 - Capítulo 44

O corpo de Sebastian, deitado sobre a cama de seu apartamento, está frio e pálido. Passou por momentos de agitação, chegou a falar frases não compreendidas, com se estivesse vivendo um pesadelo, e agora está quase sem vida naquele quarto do sexto andar. Não há ninguém em casa para testemunhar aquela situação. E se houvesse de nada valeriam possíveis tentativas de ajuda. O retorno de seu perispírito para o corpo, neste momento, é um fato quase impossível de ocorrer, já que ele está preso em outro plano....
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06/08/2010 - Cem dias sem chuva

Você sabe o que é ficar cem dias sem ouvir o barulho da chuva? É algo enlouquecedor para quem tomou tantos banhos de chuva como eu. Cem dias sem ouvir aqueles pingos se espatifando contra telhas e calhas. Cem dias sem ouvir os trovões ecoando ao fundo. Cem dias sem ouvir o vento anunciando e carregando a chuva. Cem dias sem escutar o canto dos pássaros saudando a chuvarada. Cem dias sem dormir embalado pelo cair da chuva.

Você sabe o que é ficar cem dias sem sentir o perfume da chuva? É algo assustador para quem acostumou a se impregnar da fragrância da chuva como eu. Cem dias sem sentir aquele cheiro de mato molhado correndo pelo ar. Cem dias sem se deparar com aquele cheiro de poeira subindo ao ser alvejada pelos primeiros pingos. Cem dias sem sentir a essência da chuva se misturando à pele da mulher amada. Cem dias sem ter o perfume da chuva mexendo com os sentidos da gente. ...
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05/08/2010 - Cidade sitiada

Pelos cantos dessa cidade há criaturas sem juízo. Há nascimentos doloridos, vidas rasgando a carne como as pontas de um siso. Há um excesso de indecisos e de sentimentos imprecisos. Há um riso despropositado, sem razão de existir. E há muito prejuízo nisso tudo. A vontade maior é a de abandonar essa cidade, rumar para longe, remar para oceanos de tesouros distantes, para as montanhas dos monges, para o reino dos gigantes dos pés de feijão e das galinhas dos ovos de ouro.

Por essa cidade marcada pela tragédia, é preciso inventar um novo romantismo. Algo que fuja do cinismo dos falsos corações que dizem que amam e mantém o amor preso nos grilhões. Canalhas. Há uma horda de canalhas povoando as cidades de Deus e do Demônio. Há uma ilusão brotando em cada esquina. Há mentiras caindo do céu. Há um levante de ignorantes tomando os ares. Há mulheres vivendo de alface. Há pelo menos um bandido em seu encalce. ...
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03/08/2010 - Capítulo 43

Sebastian caminha rezando e engolido cada vez mais pela escuridão. Ele não sabe o que o aguarda, apenas sente necessidade de caminhar. A única luz que existe ali é a dele, um ser humano. Uma luz bem mais fraca do que a dos samaritanos, no entanto, capaz de chamar a atenção de quem vive imerso e, até mesmo, submerso num ambiente sombrio.

O nível de vibração alcançado pelo promotor não permite que ele seja ajudado por Klaus ou por outros espíritos iluminados. Mais do que nunca, está sozinho. E isso mexe com seus ânimos. A sensação é a de que a cada novo passo está mais próximo da morte. Porém, em alguns casos, a morte não é o fim, mas o começo da tormenta. ...
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29/07/2010 - Capítulo 42

Sebastian se deitou e tempos depois sua consciência desperta ao lado de uma mulher, que mexe em suas energias. Trata-se de Ágata, um espírito bastante elevado. Pura, é uma das virgens que rodeiam a Mãe Santíssima. Está ali para ajudar.

O ambiente ao seu redor é formado por uma espécie de deserto, mergulhado em trevas e sons angustiantes.

- Preste atenção, nós estamos no Umbral, avisou Klaus.

Ao lado de Ágata, um grupo de samaritanos, que também são chamados de missionários, socorristas e emissários. Espíritos acostumados a sair em caravanas pelo Umbral e pela crosta terrestre a procura de quem pede auxílio. ...
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27/07/2010 - Capítulo 41

No visor do celular de Sebastian reluz o número do telefone da menina que o promotor quase matou em um acidente de trânsito meses atrás.

- Oi Susana. Que surpresa. Como está?

- Sebastian, não é a Susana quem fala.

- Vocês de novo. Não estão satisfeitos com tudo o que já me fizeram de ruim. O que mais querem de mim? Seus umbralinos do inferno...

- Calma.

- Como pode ter o cinismo de pedir para que eu me acalme? Aliás, como tem a coragem de se apoderar do corpo de uma garotinha como Susana? Deixe-a em paz! ...
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