Daniel Campos

Poesias

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Encontrados 2480 textos. Exibindo página 239 de 248.

Tema de novela

Quem lhe deixou
Sair às ruas
Em outras bocas
Como se fosse
Tema de novela,
Como se fosse
Uma nova lenda
De cinderela.
Quem lhe deixou
Sair às ruas
Com ares
De donzela
E olhares
De janela
Defronte ao mar.

Quem lhe deixou
Sair às ruas?
Não fui eu
Nem foi você
Foi o mundo
Que se apaixonou
E lhe chamou
Para passar
E você
Não soube negar.


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Tempo

Tempo, diga-me quem é?
Diga-me quem ou o quê se esconde atrás desse nome: tempo!
Quem é você?
Vamos, diga-me!
Quem é você que muda a cada momento?
Quem é você que se alonga e some no horizonte?
Quem é você que dói e faz doer a coisa amada?
Você que queima as pontes
Você que abre e fecha estradas
Você que nos faz eternos penitentes
Não! Não me diga que é inocente.
Quantos sonhos já morreram em você?
Quantos?
Vamos, diga-me!...
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Tempo das valsas

Ninguém agüenta mais
O compasso dessa hora
Podia ir embora
Junto com o mau-tempo
E desfazer
O último momento
Que ainda nos resta:
Essa hora.

Hora feita e refeita
Em promessas partidas
Em fases descabidas
De uma mesma espera
Que já não suporta
Mais se alongar
Se esticar
E se multiplicar
A ponto de segurar o tempo
E o fazer andar para trás
Em rodopios de valsa.


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Tempo esquartejado

Ah! Essa solidão que me devora
Tem gente batendo lá fora
E eu tenho medo
De sair deste portão
Que divide futuro e passado
Num tempo esquartejado
Cansado de mim

Quero correr
Não tenho pernas
Quero voar
Mas não sei esquecer
Que amar
É o encontro de duas lanternas
Na noite escura
Obscura de mim

Vem, vem que estou a lhe chamar
Como canário chama o seu bem
Cantando a estralar...
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Temporais

Que olhos os teus
Que amanhecem
E entardecem
Sem procurar
Pelas criaturas
Anoitecidas de ateus.

Criaturas
Que andam e desandam
Por aí por lá por aqui
A falar dos teus olhos
Amanhecidos
Entardecidos
No mesmo tom
Tom de verão.

Que olhos os teus
Que fazem dos meus
Duas criaturas
Anoitecidas de adeus.


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Temporalidade

Faça o meu tempo
Da maneira que quiser
E sem maiores complicações
Seguirei pelos subúrbios da imaginação
Esconderei sem que consiga achar
Os teus achados
Os meus perdidos.

Faça o meu tempo
Que eu cuido dos teus lugares
Do teu espaço
Do teu cio
Das tuas feridas
Não se importe com minhas histórias
Elas continuam depois que passares.


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Tempus

És o tempo indeterminado, és o temor, o tremor
E todo o meu eu amarrotado de sentimentos
Quebrados colados guardados. És a sensibilidade
Orgânica, a listra da zebra e a cidade que eu nunca
Construí. És o ciclo que eu nunca vivi, és o vínculo,
És o cio e o que mais ninguém viu. És a beleza uterina
E última, és a assassina que em minha seqüência
De versos ousou por fim. És o adverso, a namorada,
O universo, a orquídea de inverno e a minha bem ...
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Comentários (1)

Tentador

Tentei te avisar
Que um dia a vida ia chegar
Sem fantasia
Mas tive medo
Dos medos que ia te causar.

Tentei te proteger
E criar uma fortaleza
Dos sonhos que eram para sempre
Mas não houve a proeza
Das flores se darem em sementes.

Tentei te carregar
Para além das covas rasas
Do seu imaginário
Mas podaste minhas asas
E me deixaste no escuro.


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Tentar: verbo solitário

Eu tentei
Ninguém pode dizer o contrário
Nem duvidar
Do quanto eu me expus

Eu tentei
Coração aberto
Fichas na mesa

Eu tentei
Meses e meses de declarações
Loucas
Meses e meses de uma espera
Mais louca ainda

Eu tentei
Eu tentei lhe fazer entender
Que o amor é amável
Mesmo quando improvável
Que a felicidade existe
Mesmo quando triste

Eu tentei...
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Teoremas

A minha vida é contar
Os dias que ficaram
E os que estão por vir
É contar
Os passos que você está de mim
Longe de mim
Perto de mim
Você que está fora de si
Dentro de mim.

Não posso lhe encontrar
Conto estrelas
Não posso lhe esquecer
Conto marcas
Não posso lhe entregar
Ao tempo
Então me entrego
Aos cálculos
E aos erros.

Dois corpos ocupam o mesmo lugar
Na saudade
No nosso caso...
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