Daniel Campos

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Encontrados 100 textos. Exibindo página 6 de 10.

Vertiginosa

A mulher amada causa vertigens
Em seus olhos de fuligens

Quantas virgens
Habitam seu corpo de esfinge

Ah! Quantos sonhos explodem em impinges
Pela pele e no tinto dos olhos que me tinge

Ah! Finge
Que o amor é ilusão e cinge
Nos dentes o coração que frige
De amor enquanto infringe
O mandamento da paixão
Do infinito do infinitivo
Amar

Amar, amar, amar

Amar sobre todas as coisas...
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Véspera

Ontem
Ontem não teve graça
Ontem não teve fogos
Ontem não teve gosto.

Ontem
Ontem foi só passado
Ontem foi só igual
Ontem foi só triste.

Ontem
Ontem me fiz solidão
Ontem lhe fiz perto
Ontem nos fiz calados.

Ontem
Ontem não teve ontem
Ontem foi só ontem
Ontem se fez véspera.


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Vestida de branco

Vestida de branco
Pousava no alto mar
Mais branco do que as espumas
Das ondas de sal
E não era noiva
Nem filha de Oxalá.

Vestida de branco
Olhava os barcos e suas partidas
Sem saber para onde ir
Não escrevia na areia
Nem falava demais
Na língua das sereias.

Mas rodando nas rodas do timão
Trazia em cada embarcação
Um capitão desconhecido
Que podia lhe mostrar o mundo
Detrás das ondas do mar....
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03/10/2013 - Vestida de negro

Ela amanheceu
Vestida de negro
Dos pés à cabeça
E eu me dependurei em seu corpo
Correndo minhas mãos
E minha boca
Por seus braços e pernas
Rocei meu rosto nas folhas
Finas e delicadas
Claras e escuras
De suas faces
E eu beijei e bendisse seu pé
Querendo carregá-lo comigo
Por todos os dias
E tempos
De minha existência
Eu a mordi, a mordisquei
Eu a mastiguei e a engoli
Quis ter aquele doce ...
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Véu de noiva

Depois da curva da estrada
Passando a cancela quebrada
E a porteira de jequitibá
Tem uma janela
Esperando nós dois se debruçá.

E olhar a passarada
Fazendo a revoada
Lá pras bandas do ingá magro
Que não cansa de molhá
Sua sombra no espelho do lago.

Maio nem chegou
E o véu-de-noiva já se alastrou
Pelo terreiro
Até o brejo já deu flor
Só falta você mais eu se casá.

O sol já me avisou
Que depois do casamento...
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Via láctea

A grande dúvida se estamos ou não sós
No universo
Acaba quando pousamos olhos
E pensamentos no planeta
Onde habita a mulher amada
Ela é a semente
A semeadura
E a sementeira
De vida
A mulher amada
Dá luz a humanos
Estrelas
E até aos semi-deuses
Ela povoa marte
De amores
Ela planta ciúme
Em vênus
Ela colhe
Sonhos
Na solidão de plutão.
Seus olhos
Como duas naves...
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Viagem

Quando eu me for
Saiba que não vou só,
Nas minhas malas
Vão sapatos, papéis, camisas
E um pouco da sua brisa,
Vão lenços, discos, fotografias
E um pouco dos nossos dias,
Vão livros, perfumes, gravadores
E um pouco das suas cores,
E assim, vou lhe levar em mim.

Vou arrancar os sentimentos
As incertezas, as tristezas
Os pensamentos
Inúteis
Que se acumularam
Nos meus porões,
Nos meus tecidos,...
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07/04/2016 - Viagem da morte

Eu quero um passaporte
Para além da morte
Com direito a um voo
Tranquilo e charmoso
Pelos confins das estrelas;
E que eu possa tocá-las
E até mesmo convidá-las
Para dançar, para rodar,
Para girar os nossos eixos.

Que seja a viagem dos sonhos
Mas que eu esteja acordado
Para não perder detalhe
Algum do que me espera
E que eu me lembre
De tudo, de tudo mesmo
Deste novo mundo
Pela eternidade afora...
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Comentários (1)

Vida de ilusão

Violão, eu cantaria o amor
Porém fui desafinado
Pela seca do Sertão.
O sol arde com fervor
E o povo desolado
Morre, ansiando o pão
Morre, chorando o pão.

O milho banha-se à poeira,
Tórrido não persiste.
Olhos se voltam ao breu
E embora a água não queira
Chover, a esperança existe
E lamenta o dia que viveu
E agradece o dia que viveu.

Noite. A lua se envergonha
E o orvalho tenta chorar,
Mas o sacrifício é ilusão....
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Vida e morte

Nasce a lua
Brilha um olhar
Desabrocha na rua
Um sorriso de ninar

Nasce a madrugada
Olhos de sereno
O Rio na fachada
Ao riso tão pequeno

Nasce a alvorada
Arco-íris no olhar
Acorda a passarada
O sorriso a cantar

Morre a lua
Olhos cegos de dor
A poesia nua
Seca o riso em flor.


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