Daniel Campos

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Encontrados 101 textos. Exibindo página 8 de 11.

Tempus

És o tempo indeterminado, és o temor, o tremor
E todo o meu eu amarrotado de sentimentos
Quebrados colados guardados. És a sensibilidade
Orgânica, a listra da zebra e a cidade que eu nunca
Construí. És o ciclo que eu nunca vivi, és o vínculo,
És o cio e o que mais ninguém viu. És a beleza uterina
E última, és a assassina que em minha seqüência
De versos ousou por fim. És o adverso, a namorada,
O universo, a orquídea de inverno e a minha bem ...
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Tentador

Tentei te avisar
Que um dia a vida ia chegar
Sem fantasia
Mas tive medo
Dos medos que ia te causar.

Tentei te proteger
E criar uma fortaleza
Dos sonhos que eram para sempre
Mas não houve a proeza
Das flores se darem em sementes.

Tentei te carregar
Para além das covas rasas
Do seu imaginário
Mas podaste minhas asas
E me deixaste no escuro.


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Tentar: verbo solitário

Eu tentei
Ninguém pode dizer o contrário
Nem duvidar
Do quanto eu me expus

Eu tentei
Coração aberto
Fichas na mesa

Eu tentei
Meses e meses de declarações
Loucas
Meses e meses de uma espera
Mais louca ainda

Eu tentei
Eu tentei lhe fazer entender
Que o amor é amável
Mesmo quando improvável
Que a felicidade existe
Mesmo quando triste

Eu tentei...
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Teoremas

A minha vida é contar
Os dias que ficaram
E os que estão por vir
É contar
Os passos que você está de mim
Longe de mim
Perto de mim
Você que está fora de si
Dentro de mim.

Não posso lhe encontrar
Conto estrelas
Não posso lhe esquecer
Conto marcas
Não posso lhe entregar
Ao tempo
Então me entrego
Aos cálculos
E aos erros.

Dois corpos ocupam o mesmo lugar
Na saudade
No nosso caso...
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Teoria de doutorado poético

Quem ama
Não cobra
Amor
Da criatura amada
Senão amar
Vira uma conta
Uma lista
E ninguém sabe
Quem vai perder
Quem vai ganhar
Ninguém sabe
As vantagens
Nem mesmo as medidas
De se sentir saudade
Tudo é secreto
Tudo é absurdo
Para o amor não acabar
Numa guerra de amantes
Que implicantes
Falam em tanto e quanto
E números não explicam
Quando a operação
Cobra a soma de dois amores...
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Terra inteira

Eu olhei
A terra inteira
E me cansei
De procurar
Em vão
Quem seria a primeira
A me dar a mão.

Foram tantas
Mais que tantas
Mas por quantas
Vezes eu lhe procurei
Tantas vezes não lhe
Encontrei
Em ninguém.

Além do mais
Não sou capaz
De me despedir
Nem mesmo as suas costas
Quem me dera fingir
E acreditar
Na sua falta de propostas.


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Tesouro pirata

Ranjo os dentes
Tanjo o dia
Na trilha
Dos ausentes
Fujo do que não sei
Vou de encontro ao rei
Tempo temporal
À procura da poesia
Neonatal
Que ela guarda
Debaixo do couro
Da sua ilha
Como tesouro
Da sorte
Ou do agouro.


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Tirante

Se mais do que minha transa
Meu prazer
Meu desejo proibido
Quiser ser o meu poeta
Mais poeta de mim
Terá de saber
O meu último segredo
Aquele que eu guardei
Pela vida afim
E nunca ninguém
Sequer tentou
Descobrir

Feito um feitor
Tira de mim esse segredo
E castiga o meu medo

Medo de não conseguir
Dizer até breve
Medo de fechar a porta
E me trancar do lado de fora...
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Toada

A saudade é um arco
Vazio
Cuja flecha
Um cupido disparou.

Nas águas de setembro
Veio vento
Veio barco
Só a menina não voltou.

Rosa caiu na beira do rio
Garça disfarçou sua graça
Amora pintou os olhos de quem chora.

Deu tempestade
Deu nevoeiro
O medo gritou
E o tempo chamou
O barqueiro
Da saudade.

No rio
Entre remos e correntezas
Entre demos e incertezas...
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Toada da ilusão

Ah! Minha menina
Que eu imaginei que fosse minha
E sonhei que era menos menina
Por que tem de ser assim
Eu longe de ti
Eu longe de mim
O longe e o fim...

Ah! O destino já passou
E eu não vi
Aonde ele nos deixou...

Ah! Minha menina
Por que não luta
Contra o que lhe medra?
Porque a sua dor
Tem que ser uma pedra
Tão bruta?

Ai, a beleza existe
Ai, o sol ainda brilha
E a vida é a filha...
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