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Encontrados 62 textos. Exibindo página 4 de 7.
23/01/2014 -
Que venha
Que numa onda
Quebrada de espuma
Que numa sonda espacial
Ou numa escuna
Que o mar, que o céu
Lhe traga de volta
Lhe traga de volta
Eu ainda escuto teus passos
Ouço tuas notas
Eu lhe espero
E lhe quero
A cada abrir de porta
Que possa emergir
Das nossas areias
Do tempo e das praias
Pelas minha veias
Pelo meu sangue verde jandaia
Que possa sorrir e ferir
Pelo amor das trevas ...
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04/11/2013 -
Quero chuva
Chuva
Para lavar
Para purificar
Para me tomar
Por inteiro
Quero chuva
Para molhar
Tudo o que me resta
Para levar
Pra longe o que não presta
Chuva
Para aflorar
O que ficou escondido
Para resgatar
O que ficou esquecido
Para voltar
Ao texto dado como lido
Chuva
Eu quero chuva
Para curar
As feridas
Para sangrar
As partidas
Para amenizar
As marcas...
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19/10/2013 -
Quadrinhas pra Vinícius
Tem um Vinícius que canta
Perto da tramela
Da minha janela
Toda vez que a lua se levanta
Tem um Vinícius que gira
Na minha bebida
Feliz da vida
Bebendo e fazendo lira
Tem um Vinícius que compõe
Na minha banheira
Pela noite inteira
Enquanto estrelas se interpõem
Tem um Vinícius que abençoa
Em feitio de orixá
Em versos de saravá
Cada vez que a alma voa
Tem um Vinícius que acende...
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10/10/2013 -
Que o amor
Que o amor exista
Insista
E resista
Que o amor acredite
Excite
Palpite
Que o amor avance
Dance
Trance
Que o amor crie
Guie
Avie
Que o amor denuncie
Que o amor alcance
Que o amor grite
Que o amor vista
E se desvista
E anuncie
E não se canse
Do amor que existe.
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27/07/2013 -
Quando eu era
Quando eu era um pássaro
Entre umas e outras canções
Vivia a pousar nas mãos
Das donzelas
De laços nos cabelos
Que suspiravam nas janelas
Suas dores de cotovelo.
Quando eu era um bicho
Entre ser caça e caçador
Eu lançava olhar esquivo
Às moças
Que lavavam suas roupas
Nas poças do rio
Loucas de arrepio.
Quando eu era violeiro
Entre os ponteios da toada
Eu flertava com as meninas...
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Quadrantes
Lá no rastro dos sonhos
Uma mulher vestida dela
Abóia a boiada dos meus desejos
Como se não tivesse ontem nem amanhã
Lá pela pelagem de amora
Tange o gado dos sentimentos
E cavalga mata adentro
Como se não tivesse chuva nem vento
Lá pela terra de sorriso e medo
Corta as ancas com seu reio
E apeia lá detrás do nada
Como se não tivesse fim, nem meio
Lá pelo torrão de seios
Por entre pintassilgos e pintarroxos...
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Qualquer coisa de fim
Não há qualquer coisa de fim
Não se pode ver tudo acabado
Tudo pode voltar como um dia enfim
Foi terminado
Ou determinado.
Foi e já não é questão de ser
A eternidade é uma lenda,
Uma promessa e uma oferenda,
Que se dá sem querer,
O amor infinito está em segundos ou séculos atrás
O depois é uma bolha de sabão que o vento traz
E não tem para onde levar.
Amar, amar, amar.
A despedida é a continuação
Dos sonhos que deixaram em nossas mãos...
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Quando ela vier
Quando ela vier, não importam as razões
Que ela tentou esquecer ou fingir.
Não importa se iremos ouvir perdões
Se nos consagraremos ou se vamos desistir.
Quando ela vier, com os seus porquês
Talvez já a tenha distante
Com as esperas postas num buquê
Onde a vida se faz a cada instante.
Quando ela vier, quero que venha no riso
Que estampa as vitrines das cartas,
Quero que venha com o siso
De suas sobriedade farta.
Quando ela vier, não será preciso dizer...
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Quando o amor acontece
O amor
Quando acontece
Esquece
A coerência
Das horas,
A paciência
De quem o chora
E tudo mais...
O que falam
É crendice,
Previsão de amor
É tolice,
O tempo não precisa virar
Ou se pedir à estrela-cadente
Para um amor vingar...
O amor é de repente,
Pode mesmo acontecer
Antes da primeira vista
E, por favor, não insista
Em negar. Aconteceu.
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Quando voltar
Quando voltar, quero encontrá-la com um riso nos lábios.
Quando voltar, quero vê-la no lugar de costume.
Quando voltar, quero que seja a minha primeira paisagem.
Quando voltar, quero as suas mãos vazias para os abraços.
Quando voltar, quero ouvir algo diferente do silêncio.
Quando voltar, quero conhecê-la novamente.
Quando voltar, quero as novidades mais absurdas.
Quando voltar, quero todas as juras possíveis.
Quando voltar, quero sentir o sabor intocado da espera.
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