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Encontrados 224 textos. Exibindo página 20 de 23.
Por hoje basta
Até amanhã de manhã
Uma tarde e uma noite
Logo estaremos
Juntos de novo
Menos de um dia
Mais de uma chama
De vela
Que escorrem a cera
Das abelhas
Que lhe roubaram
O açúcar
Dos olhos.
Tem olhos de mármore
Que só fitam
A vida
Como ela se manifesta
Vê o que se é
Ou o que tenta ser
Vê-me
Sem me ver
Por hoje basta
Quem sabe amanhã.
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Por onde quer que vá
Posso escutar
Por onde quer que vá
Um álbum de fotos
Uma imagem de televisão
Um monte de palavras
Emaranhadas.
Posso escutar
Por onde quer que vá
Sobras de uma época
Coisas nossas
Falando sozinhas
O que deixamos de dizer.
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Por toda a vida
Por toda a vida
Eu hei de lhe amar assim
A cada convite,
Feito conjuntivite,
De cinema em cinema,
Só não me conte o fim
Da nossa última cena.
Por toda a vida
Da primeira vez
Até o último talvez
Eu hei de lhe amar assim
Com toda nobreza
E com a surpresa
De um motim.
Por toda a vida
Eu hei de lhe amar,
Inconsequentemente,
Indescritivelmente,
Impreterivelmente,
Invariavelmente,...
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Porque foste a saudade
Porque foste a saudade
E porque foste a vontade
Eu sou esta parte de angústia
Essa coisa que remói
Que castiga, que dói
E acima de tudo, sofre.
Porque foste a saudade
E porque foste a vontade
Eu sou essa parte triste
Que passa tantas horas sem ar
Tantas noites sem ler o luar
E depois de tudo, sofre.
Porque foste a saudade
E porque foste a vontade
Eu sou essa parte fraca
Que não tem coragem de ir sozinho...
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Porta
Eu insisto na porta
Que ficou pra trás
Das suas costas
Agora,
Já não importa
Abra cada braço
Da porta,
Abra a porta
Que eu custo a esperar
E ainda acredito
E minto
E nego o contrário
De que atrás da porta
Habita
A falta de adeus.
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Porteira fechada
Detrás
Da porteira fechada
Não se vê mais nada
Os dias foram tidos
Como perdidos,
O mato ladrão
Roubou da estrada
As marcas da boiada
E dos teus vestidos
Tingidos
De ilusão...
Ah! Minha amada
O tempo levou
As sobras das tuas flores
E hoje o leque de cores
De uma saudade
Avermelhada
Invade
Vistas cansadas
De lembrar
De lembrar
De lembrar
Das tuas danças
Das nossas andanças...
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Posseiro amor
Meu amor chegou manso
Sem previsões ou avisos
E no calor de seu remanso
Correu meu corpo
Feito epidemia
De ar em sopro
E estancou
Meu sangue
E libertou
De uma vez
As asas da minha poesia
Dos viscos do mangue
Da insensatez.
Meu amor fincou mourões
Esticou arames
Arou paixões
E passando por cima
De todos os tramites
Demarcou os terrenos
Com afetos e venenos...
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Pouquitude
Pouco
O tempo
Que nos molesta
Separados.
Pouco
O tempo
Que nos manifesta
Calado.
Pouco
O tempo
Que nos infesta
Desamparado.
Pouco
O tempo
Que nos seresta
Desacordado.
Pouco
O tempo
Que nos resta
Amados.
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Pra cantar no colo da mulher amada
Se eu fosse, se eu fosse o teu vilão
Eu sairia, eu sairia por ai
De perna de pau e olho de vidro
Só pra morar, só para morar
Na tua imaginação.
Se eu fosse, se eu fosse o teu sol
Eu brilharia, eu brilharia o dia inteiro
E quando noite feito um caracol
Eu me esconderia, eu me esconderia
Entre teus seios.
Se eu fosse, se eu fosse um sabiá
Eu cantaria, eu cantaria
Sol, lá, si
Só para mor de parares de chorar...
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Pra chico buarque
Minha voz se cala
Quando o mestre sobe ao palco
A noite vem numa valsinha
E vai passar como aquela banda
Num chão de esmeraldas
Nos aplausos das cidades.
A noite vem e traz também
Um certo buarque de tantos franciscos
Que sonham com joanas francesas e anas de amsterdã
Num amor barato.
A noite vem e o que será que será, será
Que o choro da construção é daquele francisco
Será aquele buarque mais um mascarado
Brincando no cordão....
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