Daniel Campos

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Porteira fechada

Detrás
Da porteira fechada
Não se vê mais nada
Os dias foram tidos
Como perdidos,
O mato ladrão
Roubou da estrada
As marcas da boiada
E dos teus vestidos
Tingidos
De ilusão...
Ah! Minha amada
O tempo levou
As sobras das tuas flores
E hoje o leque de cores
De uma saudade
Avermelhada
Invade
Vistas cansadas
De lembrar
De lembrar
De lembrar
Das tuas danças
Das nossas andanças
Sem hora para acabar...
Das nossas conversas
Restou o som
De um grilo
Que sempre versa
O mesmo tom
E a velha figueira,
Que acompanhou
A história inteira,
Não suportou
Secou
Virou
Madeira
Madeira de porteira
Que nos prende ao lado
De um punhado
De poeira.



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