Daniel Campos

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Encontrados 148 textos. Exibindo página 5 de 15.

11/03/2015 - De veneta

Leva um beijo para casa
Lambuze-me feito abelha
Faça o que der na telha
Quebra o gelo seja brasa
Pegue o último cometa
Rumo aos sóis girassóis
Lance poemas da corneta
E nunca me deixe a sós


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12/02/2015 - Desenhos na janela

O vento como menino atrevido
Vai desenhando sabe-se lá como
Rabiscos de mensagens pelo vidro
Envolvendo os olhos num domo
De mistérios ainda não revelados
Seriam vozes do futuro ou passado?
Como o vento escreve tais palavras?
Não seriam aves, aranhas ou larvas?
Há opiniões, canções, senões, direções...
É claro que tudo muito rudimentar
Como esboços de rabiscos de insinuações
Mas para todo espanto é de se admirar
Que tais sinais cobertos de sentido...
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09/02/2015 - Desesperança

A porta
Rangeu
Como dentes
Aos pés da cama

O sino
Gemeu
Tão ausente
Tal quem não ama

A moça
Ardeu
Assim penitente
Na própria chama

O vento
Perdeu
A última semente
Do amor em rama


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02/02/2015 - Do meu lado

Não saia do meu lado
Por favor
Pelo que lhe é sagrado
Pelo que sabe da dor
Lá de fora, fique aqui
Vamos tentar sorrir
Não tem porque sair
Se fiz do meu corpo
O seu abrigo
E seu último amigo
Está morto
Fique, fique
Benfique aqui
Pois por ali
Há perigo
De solidão
Fique ao meu lado
Pelo futuro do passado
Pelo presente do pretérito
Seja qual for o mérito
Deixe sua mão na minha mão ...
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28/01/2015 - Detrás das cortinas

Depois da noite, o açoite
Do dia que principia
No convés dos olhos
Morenos e amenos
De quem é do dia
De fazer o breu
Nos tempos altos
Do amor e de seus
Sobressaltos

Depois da noite, o abscoite
Das estrelas pelo vazio
Que há no céu da boca
Rosa, doce e pouca
De uma florista
Que sangra suas mãos
Em espinhos
A perder de vista
Enfeitando alheias paixões


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27/01/2015 - Deixa em paz a fera

O tremor dos seus pulsos
No impulso das correntes
Do tempo que nos espera
No intervalo da vida, por favor
Deixa em paz a fera,
A fera interior
E se faz ausente de temor
Deixa o caminho lhe levar
Porque não é de nós ficar
Parados
Somos e não somos o passado


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17/01/2015 - Doce golpe

Encurrale-me
Em suas coxas
Cale-me
Fazendo de mim
O que bem quer
Seu brinquedo
Por entre as colchas
Seu trouxa
Dizendo que não gosta
Apunhala-me
Pelas costas
E não ouça
Mais meu estranho
Coração
Tão intenso quão tacanho
De ingratidão


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12/01/2015 - Descabida

Você me desgoverna
Escapole pelas mãos
Entorta minhas pernas
Faz-me bambear lá e cá
Enquanto voa feito sabiá
Sobre meus olhos sãos

Perto de ti o mundo gira
Falta chão, sobra loucura
E ainda me pede uma lira
Numa provação sem cura
Sem medida e descabida .


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21/12/2014 - Desenhos do sono

A mulher que amo
Dorme fazendo desenhos
Com o próprio corpo
Pela cama
Ora é um número, uma letra,
Ora é uma flor, uma chave
Para um mundo secreto
De sonho e prazer
Seus braços e pernas
Sua coluna e mãos e pés
Seu rosto e seu cabelo
Vão se combinando em formas
Definidas ou não
Que trazem graça, mistério e desejo
Aos olhos que se espicham
Sobre seu corpo em sono


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16/12/2014 - Dois mundos

Sou de dois mundos
Como o vagabundo
É das ruas
E o poeta da lua
Sou de dois mundos
Sem fundos
Estou em queda livre
Suspenso no espaço
Estou onde vive
A estrela amada
E onde meu passo
Marca a caminhada
Sou de dois mundos
O profundo
E o mais profundo
Sou do mundo que habito
E também do que orbito
Sou do mundo carnal
E do mundo sentimental
Dois mundos
Que se cruzam segundo a segundo...
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