Daniel Campos

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Encontrados 148 textos. Exibindo página 10 de 15.

Da falta de adeus

E da falta de adeus, fez-se o silêncio
Esse ser estranho que chega de repente
Coberto por barreiras e espaços vazios
Que de tão forte, às vezes, dói
A sua boca, trancada em silêncio, dói
O seu olhar, coberto por silêncio, dói
Mais que um barco sem mar
Dói essa dor feita de silêncio
Dói essa dor feita da despedida
Que não teve adeus para não doer.

Da falta de vento
Do mensageiro dos ventos
Fez-se a falta de adeus
Uma dor gritada em silêncio.


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Dança

Dança, mas dança de repente
Dança, mas dança só e somente
A tua dança
Dança como se não tivesse fundo
O mundo...
Dança sob meteoros, cometas, estrelas e pó
Dança num balão
Tão só
Que foge sob meus olhos de ladrão...
Dança em Atenas, em Florença, no Leblon
Dança como quem ama
Dança como quem chama
Uma chama que já dormia...
Dança e peregrina pelo salão
Dança o revés de um dia
Dança e casa seus passos
Nos passos de tanta ilusão......
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De silêncio eu berro

Crava as unhas
Em minha garganta
E fica ali e me acabrunha
Com olhos de santa
Embargando-me a cada eu te amo
Desamando-me a cada eu te amo
Marcando-me a cada eu te amo
E de silêncio eu berro
Diante da sua boca que é ferro
Em brasa
De silêncio e arrependimento
Frigindo-me e me infringindo
No tormento
De um amor sem cabimento.


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Deixamos

Deixa de trair o tempo
Enquanto a saudade
Deposita a solidão
Nos seus olhos seminus.

Deixa as nuvens de chuva
Os outros que são outros
E todas as cortesias
Que ficaram atrás da porta.

Deixa seus olhos quase nus
Suspensos na varanda
Á procura de um outro sol
Que tão logo nasce nos revira.


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Deixar, verbo obrigatório

Devagar
Deixa cair os véus
Deixa cair as cores
Deixa cair o que esconde
Deixa, simplesmente, deixa.
Por um instante
A solidão invadirá o seu corpo
E quando isso acontecer
Não se afobe
Não grite
Não fuja.
E quando achar que tudo está perdido
Num gesto sem qualquer ensaio
Abrace-se com o sonho
Aquele que esconde
Que finge não existir.
Sem mais cerimônias
Estará nos emaranhados desse sonho
Este mesmo que escondia...
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Deixas

Deixa germinar um outro tempo
Enquanto a legião da saudade
Aterrisa na solidão clandestina
Dos seus olhos seminus.

Deixa subir nuvens de gafanhoto
E os outros que são outros
Sucumbir em todas as cortesias
Que ficaram atrás da porta.

Deixa o sol ficar a só e a sós
Com nós, o amor já morreu
Não! Não vamos ao passado,
Ao menos, por enquanto.

Deixa para trás os dramas
Enquanto sou a promessa
A defesa e o pior dos sábios...
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Delirante

Lá vem ela
Sozinha
Só minha
E com todas as coisas que se quer
E que não eram para se querer
Mais
Nem demais.

Lá vem ela
Que passa
Com graça
Tendo a boca fria
E os olhos em vigia
Vigília.

Lá vem ela
Passo a passo
Cheia de traços
Como as sombras são
Como assombração.

Lá vem ela
Delirante
E distante
Numa leveza violenta
Numa tristeza que atenta
E que ninguém agüenta....
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Demais

Dia a dia
Calo o alarde
Mas ainda me arde
A agonia
Da tua saudade...

Quero teu desespero
Teus atropelos
Quero atender
Teus apelos
E não sofrer
Mais nem demais...

Ah! Teus poemas
Continuam tatuados
Em meus dilemas.
Quero acreditar
No que me tens provado
Mas e se teu
Amor for
Um desses devaneios
Que faço eu?

Ah! Eu não sei mais sorrir
Vontade de me ir
E lhe trazer para os meus seios....
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Démodé

Se a moda for sair às ruas com sorrisos quase contínuos
Em abraços que se multiplicam a cada esquina
Em juramentos que se desfazem na menor porção de tempo
Não seria démodé fazer o caminho inverso
Ficar junto aos braços da solidão
Com a sensação de que tudo, por mais alegre, é triste
Quando esse caminho tende ao outro
Que não se encontra
No começo, no meio ou no final
De sua ponta.


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Depois de amanhã

Depois de amanhã
Traga seu leque de queixas
Depois de amanhã
Venha com ares de gueixas
Depois de amanhã
Reescreva as palavras já lidas
Depois de amanhã
Não vamos falar das nossas vidas
Depois de amanhã
Trarei o seu mundo sem conhecê-lo
Depois de amanhã
Quero o mesmo drinque sem gelo
Depois de amanhã
Os segredos serão confessáveis
Depois de amanhã
Quem sabe, seremos amáveis
Depois de amanhã
Que nos relógios não haja atrasos...
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