Daniel Campos

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Encontrados 217 textos. Exibindo página 15 de 22.

Céu de chão

Quando a noite descer
Dos teus andores
E escorrer
Sem quaisquer pudores
Pelas trincas
Do quarto
Que se desfaz
E faz da tinta
Uma poça de louça
Ela irá chegar.

Sem música
Sem cerimônia
Sem apresentação
Ela irá se sentar
Junto à lua
Num canto da cama
E sem dizer boa-noite
Ou qualquer palavra
Mais pura
Irá levar as mãos ao rosto
Tentando segurar o gosto
Tão guardado
Tão remoído...
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Chá de sumiço

Sumir sem se despedir
Sumir sem direção
Sumir numa xícara de chá
Sumir sem se sumir
Sumir na contramão
Sumir no bico de uma sabiá
Sumir de uma vez
Sumir num talvez
Sumir sem sim nem não
Sumir no revés
Ou seria no viés
De um coração?
Seja como for
Suma de se sumir
No convés
Da traição
Do sumidor.


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Chakras

Com quem está o segredo
Da lei da natureza?
Com os monges do Tibet?
Com os banidos do vaticano?
Com os cientistas russos?
Não.
Todo e qualquer mistério
Está nos sete chakras
Da semi-deusa amada
De nome mulher.
Em seu corpo
A roda de luz
A roda de lei
A roda viva
Ali, em suas dimensões
Que redimensionam
Nossos olhos
Sete pontos de energia
Com vibrações distintas
Capazes de alterar o rumo...
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Champanhe

Que os olhos da mulher amada
Tenham a violência
De uma espada
Para decepar um champanhe
Num golpe fatídico e glorioso
Digno de pavor e louros
E que dessas borbulhas nem doces
Nem amargas
Ascenda a combinação
Vermelha e amarela
De um amor-perfeito.

Que haja algo de diabólico
E de ângelus
Na garganta
De quem decanta
Esse sentimento
Que ferve gélido
Como um vulcão
Ártico ou antártico...
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Chantagem

E seu eu lhe desse as coisas todas que já teve
Em delírios
As fantasias da sua coleção
Incompleta
Você cederia?
E não seria milagre, tampouco seria deus
Seria apenas um jeito de ensiná-la a sonhar
Quem sabe se sonhássemos juntos
Essas coisas, de fato, existiriam.


Comentários (1)

Chão de folhas

Folhas
Esparramadas pelo chão
Feito bolhas de sabão

Folhas
Nas mãos de quem ficou
Nas mãos de quem voou

Folhas de caderno
Folhas do inverno
Que ainda não acabou

Folhas
Folhas tantas

Chão de folhas
De crepom
Chão de folhas
Brancas
Manchadas de batom

Folhas morenas
Que dançam ao vento
Cantigas amenas

Folhas
Dos braços das ancas
Das tintas das penas...
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Chichen itza

Em Chichen Itza
A mulher amada
Tem o poder
Que ultrapassa a beleza
E alcança uma sedução
Política e econômica
Capaz de aprisionar
Toda uma nação
Em suas mãos

Na pirâmide kukulcán
Ela se deita e se levanta
Na condição perpétua de rainha
Sendo temida e amada
Por seus súditos
Que a odeiam de desejo.

Na primavera
A luz do sol se infiltra
Pelas fendas da pirâmide
E projeta a imagem de uma serpente...
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Chora eu, chora você

Chora
Pelo que a gente não foi
E nem vai ser
Chora pelo que deu errado
Pelos sonhos que não passarem de sonhos
Chora pelo tanto que se amou
E pelo que ainda ama, chora
Por tudo que nos diz respeito
Pelo que nunca vai ter de volta
Pelo tanto que já doou
Pelo que ficou
E por tudo que ainda leva consigo
Chora pelo seu jeito de ser
Chora por você
Chora por mim
Chora por tudo
Chora por nós
Pela falta de sorte...
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Choritude

Chora
Chora o mundo que não lhe quis
Chora
Chora porque não se achas feliz
O bastante
Para parar de chorar
O choro que já faz coro
Em outro olhar
Amante
Que de tanto encanto
Faz-se mudo e pranto

A cidade prometida não chegou
A nossa idade já passou
A mocidade já debandou
E o que é que ficou
Entre o coração
E a realidade
Que não vingou?

Ficou só o choro da ilusão...
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Chororo

Deixa o choro cair em suas mãos
Deixa ser pedinte do perdão
E ore como quem chora
Num choro sem portas
Num choro que brota
Num simples agora
Chorar o que não é para chorar
Viver como quem assobia
Para não cantar
E olhar para cada um
Com os olhos que se via
Bêbado de tantos sonhos
Sonhados em vão
Chorar o choro em outras mãos
Ser consolado por outros olhos
Que sejam refrãos
De outras canções...
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