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Encontrados 231 textos. Exibindo página 21 de 24.
Arrevoada
Voa
Num pé de vento
Num sentimento
Que arrevoa
Para passar
O inverno
No sul
A espera da menina
Que ainda anda
Longe e tão longe
De nascer,
Mas voa
Ao primeiro alvorecer
Com asas
De colibri
De bem te vi
De paturi
E pousa
Nas mãos do adeus
Como um louva-deus,
E não o bastante
Voa
E sobrevoa
Um telhado
De telha
Cor-de-rosa-de-cor...
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Arritmia
A mulher amada faz-se perto
Como se chegasse com o vento
Úmido e secreto
De uma nova fase da lua
A mulher amada é o melhor remédio
Aquele que cura qualquer doença
Seja física ou espiritual.
A mulher amada sorri
E antes do fim do sorriso
Chora
E antes do fim do choro
Sorri
A mulher amada brinca
E fala sério
A ponto de nos deixar com um medo
Que ainda não se explica.
Com naturalidade...
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17/05/2016 -
Árvore de poesia
Podem tirar-me do chão
Cortar minhas raízes
Serrar o meu tronco
Tombar-me no riachão
Podem abortar meus frutos
Estraçalhar minhas flores
Esconder minhas sementes
Transformar-me em pó
Eu continuarei
Dia após dia
Sendo o que sou
Árvore de poesia
Minhas raízes bailam no ar
Meu tronco é imaterial
Minhas folhas são sonhos
Meu fruto é o verso
Preste atenção, meu bem...
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04/01/2015 -
Arvoredo
Deita seu corpo em meu leito
Toma minha cama, diz que ama
Até perder a noção dos limites
Aceita meu convite imperfeito
Confessando suas tragédias
Consultando minhas enciclopédias
Sobre amor e mais o que for
Deita seu corpo em meu leito
Com todo respeito e pudor
Não me conte seus segredos
Mas me entregue seus medos
Abandona chão, teto, paredes
Dependurando suas redes
Pelos meus arvoredos

As águas da mulher amada
Um rio sagrado
Eis como deve ser quisto o corpo da mulher amada
Um lugar sacro
Onde se banha para purificar
Os cernes da alma...
Quantos os círculos de medo
E de amor e de esperança
E de fantasia
Compondo o íntimo da mulher amada...
Quantas as magias correntes
Nas águas de carne
Da mulher que de quão doce
Brinca ao lado de botos
Cor-de-rosa...
São águas revoltas
São águas remotas
São águas místicas...
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08/03/2015 -
Às mulheres
Às responsáveis pela vida
E pela paixão
A saudação
E as reverências
E intermitências
De um poeta que lida
Diretamente
E apaixonadamente
Com os ventres
Os seios, as bocas, os anseios
As ternuras e as loucuras
As pernas, a nuca, as costas
E as encostas
De quem é porto e mar solto
De quem é cancela e janela
De quem é mais que braço
É abraço
De quem é mais que olhos
É o conjunto de óleos...
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Às vezes, só às vezes
Às vezes pergunto como estão seus olhos
Às vezes me pergunto o que passa em seus olhos
Às vezes me pergunto onde estão seus olhos
Às vezes me pergunto o que leva em seus olhos
Às vezes me pergunto o que resta de mim em seus olhos.

07/04/2015 -
Asas ao infinito
Por não saber para onde vou
Já fico dessabido
Por não querer o que querem
Me ferem
E então pro maldigo bendigo:
Não, não, não esperem
De mim nada mais do que sou
Julguem ou não bonito
Sou asas rumo ao infinito

06/03/2016 -
Asas e raízes
Olha bem, esses meus braços são asas
Atrofiadas pela dor de não poder voar
Por não se contentar com águas rasas
Minha língua inquieta busca o profundo
Do mundo no palavreado do poeta
Meus pés, minhas pernas são raízes
Arrancadas da terra. Berra meu coração
O silêncio, a promessa, a imaginação
Em tantos e quantos milhões de matizes
Minha cabeça rodando segue aberta
Tal e qual o sexo dos anjos distraídos
Meu corpo feito de barro, de reboco...
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Assovios
Risquei o disco
Rasguei a letra
Rabisquei a música
Roubei o ritmo
Compondo-te
Em assobios.
