Daniel Campos

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Encontrados 254 textos. Exibindo página 6 de 26.

21/11/2014 - Planta sonho, planta

Planta um pouco de sonho nessa sua vida, companheiro. Ara fundo as terras do seu coração, terras essas tão endurecidas pelo tempo. Semeia fantasia, joga essas sementes sonhadoras todo santo dia. Os corvos da realidade vão vir pra cima da sementeira, mas nada que um bom susto na dor não resolva. Suja suas mãos de sentimento, sim, coloca a mão no coração, pegue as emoções nem que seja a unha. Faça da sua vida uma razão a ser sonhada. Não pense em quanto tempo demorará a colher, mas no fato que é preciso plantar sem parar, pois a vida é cíclica, nasce, cresce e morre a todo instante. Planta, companheiro, uns bons punhados de sonho nessa sua existência. Tira as sementes do seu interior desse estado de dormência.


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14/10/2014 - Poço-coração

Ninguém me tira desse poço-coração. Sou do tempo em que o amor não se demovia nem por reza braba. Sou a paixão que não acaba, mas é acabada por mãos dantes apaixonantes. Ninguém me remove dos meus encantamentos. Sou amante da ilusão. Tomo drinques de solidão e fico parto, tropeçando em sim e não, em busca de meus rebentos que brincam ao relento de um universo de emoções sem senões.


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10/10/2014 - Plantação de sonhos

Eu tenho uma plantação de sonhos bem vistosos prontos pra dar de comer aos corações mais exigentes. São sonhos capazes de saciar os apetites mais vorazes. São sonhos pra serem sonhados só ou em boa companhia. Sonhos poderosos com ótimos segredos de alquimia. Sonhos sestrosos, prazerosos, gostosos de se ter e de se envolver. Sonhos pecaminosos e celestiais no mesmo pé. Sonhos de vez e maduros ao gosto do freguês. Sonhos de estação prontos pra degustação ou pra devoração. Sonhos a perder de vista. Sonhos de uma paixão equilibrista, de um amor meteórico, de uma língua florista, de um perdão metafórico, de uma alma pianista, de um encanto eufórico...


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06/10/2014 - Paixão mateira

Apaixono-me por inteiro. Dinheiro algum me move dos meus sentimentos. Sou moinho ao vento. Amo e de tanto amor me faço um sonhador entregue ao firmamento. Tenho compromisso com quem me ama. E estou no tempo do viço do coração. Coração em parafuso, em reboliço, encantado pelo apaixonamento que é mais forte que qualquer feitiço. Apaixono-me feito violeiro, de corda em corda, de casa em casa, numa completa melodia. Vivo bobo pelo cheiro de quem amo e me declamo pelo estradeiro sem fim. Paixão em mim dá raiz e ramo, crescendo por todos os cantos e contracantos. Quando menos se espera, como num acalanto, apaixono-me com esse meu jeito mateiro, num juramento faceiro ao amor demais.


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01/10/2014 - Perto de você

Perto de você, sou forte. Perto de você, sou eu. Perto de você, sou mais. Perto de você, sou melhor. Perto de você, sou tudo. Perto de você, sou único. Perto de você, sou par. Perto de você, sou completo. Perto de você, sou carnívoro. Perto de você, sou chuva. Perto de você, sou íntimo. Perto de você, sou aventureiro. Perto de você, sou chama. Perto de você, sou latente. Perto de você, sou sol se pondo. Perto de você, sou puro. Perto de você, sou distante do medo. Perto de você, sou invencível. Perto de você, sou feliz. Perto de você, sou metade de você.


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28/09/2014 - Pronto para ser feliz

Ando assoviando por aí. Estou leve. Sem peso. Pronto para ser feliz, de verdade. Mereço ser feliz na mesma proporcionalidade direta que mereço fazer feliz. E quem diz o contrário, que se cale e respeite a minha felicidade. Não sou feito de tempo para viver de espera. Não sou galo da campina para viver de grão em grão. Não sou criança para viver assombrado com o que será que há. Não sou nascido para ser sofrimento. Sou de luz. E quem deseja ser sombra, que seja longe de mim. Eu sou da fartura de sentimento. Os avarentos de coração que me perdoem, mas estão desde já condenados ao inferno particular. Minha consciência segue em paz. Fiz tudo o que eu quis, fui eu mesmo o tempo todo e verdadeiro ao extremo com o que mais importa para mim – com o que sinto. E fazendo jus ao velho e certíssimo ditado: não choro por defunto ruim. Sigo bem, muitíssimo bem, comigo. Sempre respeitei minha natureza apaixonada. Quem ganhou com tudo isso fui eu, pois eu sigo inteiro com meus princípios e instintos. Não tenho do que me envergonhar ou arrepender. Sou o que sou e é isso que me faz digno de ser e fazer feliz.


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24/09/2014 - Pássaro voou

Depois de tantas investidas, de tantas partidas, de tantas doídas... O pássaro nasceu e voou para bem longe e se fartou de tempo. Pássaro esticou asas e foi dar no horizonte de lá de trás dos montes leve como nuvem e forte como couro de rinoceronte, tanto que venceu os trovões e os rincões do medo. Pássaro fez ninho de meia-estação e picou um novo verão, de ares incríveis e lugares aprazíveis. Pássaro seguiu trilhos, estribilhos, filhos de uma geração que seguia o sol. Depois de tantos problemas, de tantos dilemas, de tantos poemas... O pássaro nasceu e voou para bem distante de tudo o que ficou. Pássaro abandonou o que lhe abandonara. Pássaro cantou contra o silêncio que lhe tomara. Pássaro se libertou das gaiolas da ilusão que lhe fazia fraco, tolo e solidão. Pássaro encheu os pulmões de verdade e saiu ainda meio zonzo, mas disposto a mudar sua realidade. Pássaro abortou um amor que só lhe fazia pesado, que só lhe tirava o céu, que só lhe afastava da lua. Pássaro enjoou de cantar para quem não escuta e foi morrer longe dos olhos sem amor...


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24/08/2014 - Paixão não dá e passa

Essa história de que com o passar do tempo a paixão vai embora e o amor é o que fica não passa de uma grande mentira, posto que eu me apaixono por você nova e novamente várias vezes durante o meu dia.

Eu me reapaixono por você de tantas formas que é impossível acreditar nessa lorota de que a paixão vai embora, pois em mim, no que diz respeito a você, ela só faz conquistar mais e mais espaço a cada momento.

A paixão não envelhece, pois, como o fogo, renova-se por conta própria e se um dia ela deixa de arder, esfria ou não faísca mais é porque algo está errado, já que meu apaixonamento por você é moto-contínuo. ...
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18/08/2014 - Pedindo e aceitando pedidos

Peço um chuveiro para dois, e uma cama para dois corpos se tornarem um. Peço um nó de marinheiro entre meus braços e sua cintura e doses e overdoses de um amor à flor da loucura. Peço um ciúme bem temperado e cortes de paixão que se perdem entre o adocicado e o amadeirado de certo perfume que me deixa incerto. Peço um viveiro, pois havemos de nos despir dos pares de asas e fazer do chão a nossa casa, mas com a promessa de jamais deixarmos as nuvens. Peço corações à prova de ferrugem seja temporal seja atemporal. Peço um delírio de casal. Peço um colírio zodiacal. Peço que simplesmente permitam o encaixa natural. Peço uma fusão de reflexos no menor dos espelhos. Peço rotações de tornozelos e cenas de cinema com dor de cotovelo. Peço a erupção de sentimentos com direito a calores intensos e visibilidade zero. Peço que a lua seja como uma vela boiando e queimando pela continuidade dessa união. Peço a oportunidade de matar a sangue quente toda e qualquer saudade. Peço que imitemos os lobos e nos cacemos e nos protejamos e nos queiramos e nos uivemos. Peço que o instinto seja nosso labirinto particular. Peço para jogar, para brincar, para não parar, para intensificar, para avançar, para escandalizar, enfim, para cortar suas raízes e lhe virar de pernas para o ar. Peço a estadia desse romantismo renascentista que vai de encontro a sua curvatura. Peço o devido acompanhamento ao seu fôlego de atleta. Peço uma janela secreta e uma coleção de fantasias indiscretas. Peço mãos cegas que tateiem tudo sem saber distinguir os avisos de proibido. Peço pedidos aos pés do ouvido.


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02/08/2014 - Poeta cigano

Sou poeta do coração cigano. Tenho mil desejos, destinos e planos. Não me importa o quão difícil será, o amor me é soberano. Sou poeta, sou cigano. Sou pele envolvida em fogueira. Sou soprado, atiçado e levado pelo vento. Sou a liberdade do sentimento. Sou paixão sem censura, sem barreira, sem frescura.


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