Daniel Campos

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Encontrados 254 textos. Exibindo página 22 de 26.

05/03/2009 - Pães de queijo de Rosa e Drummond

Eram pelo menos trinta pães de queijo se acotovelando em uma travessa. Na verdade, mini-pães num amarelo de sol de inverno, quentes de forno, aflorando água nas pedras que se incrustam pela boca. Pães de queijo cheirando a pães de queijo. Um aroma legítimo. O perfume não era de congelados, empacotados, embalados, guardados, conservados e outros "ados". Á primeira vista, não havia nada de artificialismo nesses pequenos.

Depois da crosta rachada, como os leitos de um São Francisco em época de estiagem braba, o anúncio, explícito, do queijo derretido. Queijo minas. E não era qualquer minas, mas Minas de Guimarães Rosa. Imagine o leite vindo das vaquinhas espalhadas pelos grandes sertões e veredas. Imagine aqueles personagens mágicos espremendo o queijo com as próprias mãos. Este é o pão de queijo que se oferece despudoradamente belo e timidamente mineiro bem diante dos meus olhos. ...
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25/12/2008 - Pozdrevlyayu s prazdnikom Rozhdestva is Novim Godom

Estranhou o título? Pois bem, é feliz natal em russo. Afinal, graças à crise mundial que abalou sobre o mundo, a coisa está russa. Quem acostumou a se fartar de leitão no natal em razão do preço do bacalhau e do peru, teve que engolir trinta por cento de aumento na carne suína. Mas o Lula está otimista. Então, digo para ele: Kala Christouyenna! Não entendeu nada? É feliz natal desejado em grego. Afinal, a esperança criada em torno do operário foi um belo presente de grego que nos demos há alguns natais. ...
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17/12/2008 - Podres poderes

O retrato nu e cru do exército brasileiro é exibido diariamente em rede nacional, chegando ao cúmulo de militares roubarem doações feitas para os desabrigados de Santa Catarina. Não é de se admirar que as forças autoritárias, que se escondem atrás da farda do patriotismo, de um fuzil e de um podre poder, responsável por absurdos durante o regime ditatorial, tenham tal comportamento. Para quem acredita estar acima do bem e do mal, a atitude de se dar bem a qualquer custo e sob a lei do menor esforço é típica de quem, historicamente, tortura, exila, censura, mata. Que democracia é essa em que os militares fazem da rua pública o porão do Dops? ...
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13/12/2008 - Puxão de orelha real

Diz o dito popular que quem é rei não perde a majestade, mas o cantor Roberto Carlos tem abusado da sorte. Já perdi a conta dos anos em que os fãs do rei têm passado em brancas nuvens. O último álbum completo de inéditas bem longe se vai. E todo ano é a mesma novela. Roberto anuncia no primeiro semestre que vai lançar um disco de músicas inéditas e desmente tudo no segundo. Embora haja todo um clima mítico em torno do rei, isso já cansou.

Neste final de 2008, às vésperas de completar 10 anos da morte de Maria Rita, o cantor nos brinda com um álbum em homenagem a Tom Jobim. Clássicos da bossa nova em duetos com Caetano Veloso. É inegável que o trabalho é bonito e de bom gosto, mas onde está a ousadia que transformou Roberto em rei? Onde está sua parceria com Erasmo? Onde está aquele cantor que, assim como Orlando Silva, alimentava-se das multidões, emplacando um sucesso atrás do outro. ...
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19/11/2008 - Pechincha

Para quen é que eu peço um desconto nesta minha caminhada? Será para o Criador? Um abatimento na ordem de 20 por cento das pedras que rolam em meu caminho já me livraria de muita coisa desagradável. E este pedido deve ser legal, já que nesta feira livre chamada vida vale de um tudo. Muito é adquirido, muito é perdido, muito é passado para frente, muito é trocado... Na maioria das vezes, lucra quem grita mais alto, quem tem maior poder de ilusão, quem coloca tudo em liquidação ou, simplesmente, quem apele para a instituição da pechincha....
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01/11/2008 - Prece a todos os santos

Santa Mãe de Deus, Santa Virgem das virgens, Mãe, Rainha e Auxiliadora dos Cristãos, rogai por nós que recorremos a vós. São Miguel, arcanjo do combate e da defesa espiritual, rogai por nós. São Rafael, arcanjo da cura espiritual, rogai por nós. São Gabriel, arcanjo da anunciação, rogai por nós. Todas as ordens de anjos e santos e espíritos de luz, rogai por nós. São José, padroeiro dos que trabalham, rogai por nós. São José, padroeiro das famílias, rogai por nós. São José, padroeiro dos lírios de leite, rogai por nós. ...
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14/10/2008 - Pra valer a pena

Pra valer a pena, a vida não pode ser pequena. Pra valer a pena, há de haver um coração, um poema. Pra valer a pena, o resultado tem que ser dois no teorema. Pra valer a pena, vale sofrer com os leões da tua arena. Pra valer a pena, ria com hienas e voe sob renas. Pra valer a pena, há de se poetizar o trema. Pra valer a pena, encare o dilema sem se abater. Pra valer a pena, seja mais que prazer. Para valer a pena, não pode faltar um drama, um romance, um cinema. Pra valer a pena, a emoção tem que rasgar a cena. Pra valer a pena, há de se, absolutamente, viver. Pra valer a pena, há de se decidir entre o querer e o dês-querer. Pra valer a pena, há de captar um outro mundo em sua antena. Pra valer a pena, há de se jogar ao tema. Pra valer a pena, amena. Pra valer a pena......
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09/10/2008 - Pausa poética no cotidiano

Cotidianos carregam concreto nos andaimes. Cotidianos lavam carros no meio-fio. Cotidianos arrastam vassouras. Cotidianos passam apressados com pastas, bolsas e celulares tocando, despertando, falando. Cotidianos digitam números, contam dinheiro, carimbam documentos, entregam panfletos, fazem anotações técnicas, nada poéticas. Cotidianos correm. Cotidianos malham. Cotidianos duelam contra seus próprios limites. Cotidianos se sufocam. Cotidianos discutem com o computador. Cotidianos decifram livros, códigos, fórmulas. Cotidianos aparam a grama. Cotidianos têm tantos planos que sempre caem no mesmo jeito cotidiano de ser....
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20/09/2008 - Pedaladas verdes

O menino pedala sua bicicleta estreita, levando no guidão uma sacola de plástico com sete, oito, nove mangas verdes. Levava a caipirice da manga comum, que não fora batizado com nome importado algum. As mangueiras, festeiras depois do retorno da chuva, exibem suas pencas de mangas. É como se estivessem enfeitadas para a primavera. E as saias verdes, bem rodadas, que se espalham pelo concreto da cidade são de encher os olhos de qualquer um. E, passando por debaixo dessas saias, numa mais que completa meninice, o menino avança com sua bicicleta grená. ...
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14/09/2008 - Por detrás da dor

Eu sei que a batalha tem sido sofrida. Sei das suas dores. Sei dos seus medos. Sei das suas noites em claro. Como numa guerra, viver na trincheira não é fácil. Por isso, o mínimo girar dos ponteiros é uma grande vitória. E olha que esse vencer deve ser comemorado com todo afinco. Afinal, quer melhor conquista do que a vida? Eu sei que a aflição lhe devora por dentro e tatua mensagens pessimistas em sua alma. No entanto, como é bom ver que ao cocorococó do galo carijó o sol clareia a esperança. Por entre as nuvens negras, a esperança ainda pulsa. E pulsa forte. ...
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