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Encontrados 224 textos. Exibindo página 10 de 23.
28/08/2013 -
Prece cármica
Preto Velho de luz
Ensina-me a arrebentar essas correntes
A me libertar desses pesados grilhões,
Diga-me como faço para perdoar as chibatadas,
Suportar o fardo e levar minha vida em frente...
Preto Velho de luz
Cura as feridas do meu corpo e do meu espírito
Com suas forças benditas e abnegadas,
Com suas palavras bonitas e singelas
Guia-me pelos degraus da evolução...
Preto Velho de luz
Ajuda-me a pagar as minhas dívidas ...
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12/08/2013 -
Pisa
Pisa
Com pés descalços pelo meu território mais desconhecido
No encalço das minhas tramas
Chama-me
De pirata, de herói, de bandido
Mas me chama
Para perto desses pés adormecidos
No sonho de quem ama
Trocando a noite pelo dia
Trocando os pés pelas mãos
Balança os pés
Como vento que balança as folhas
Movimenta os pés
Como se percorresse uma ciclovia
Numa bicicleta imaginária
Cruza os pés sobre as pernas...
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08/07/2013 -
Pinheiros em chama
Lágrimas oleosas
Perfumadas
Aromatizadas
Banhadas
De fogo e crime
Lágrimas resinosas
De pinheiros
De estaleiros
De viveiros
De verdes aves
Lágrimas vertiginosas
Em combustão
Em solidão
Em floração
De velas e choros.
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03/07/2013 -
Pode ser
Saiba que a hora de sair de cena
Pode ser antes do fim do poema
Ou até dias depois da cantilena
Saiba que a hora de abrir a porteira
E correr de braços abertos à ladeira
Pode ser domingo ou segunda-feira
Saiba que a hora de jogar a toalha
E cortar os pulsos de navalha
Pode ser antes ou depois da batalha
Saiba que a hora do grande final
Com direito ao aplauso da geral
Pode ser já no choro do pré-natal ...
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26/06/2013 -
Por tudo e por nada
Por tudo o que eu fui e pelo que eu queria ter sido
Não lhe agradeço
Por tudo o que vivi e, me atrevi e descobri
Admito, não tem preço
Por tudo o que me cobram e me seguem e perseguem
Não dou meu endereço
Por tudo o que o mundo - esse vagabundo - me tirou
De nada me esqueço
Por tudo o que o destino me mostrou quando menino
Não, não tenho eixo
Por tudo o que eu caminhei, encontrei e desencontrei...
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27/05/2008 -
Protetor
Amo
Amo tanto
E de tanto amor
Saio às estradas
Em tua defesa
Armado com as espadas
De Jorge
De são Jorge
E no meu alforje
Guardo a tua beleza
Sou descobridor
E prisioneiro
Da tua poesia
Sou guerreiro
Sou cavalo
Sou caçador
Da fantasia
Do amor,
De tanto amor
Sou teu vassalo.
Sou a estaca
Que mata teus vampiros
Sou a prata
Que ataca teus lobos...
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21/05/2008 -
Pedras, cristais e estrelas
Riba sentimento lá
Arrebata vento acolá
Olha a fita de dona sinhá
E a birita toma lá da cá
O céu se abriu
Como um funil
E o pára-quedas
Caiu
Com a menina das pedras
De abril
E chuva passageira
Chuva de cantoneira
Algazarra da cigarra
Mãe gentil
Pelo corpo da menina dos cristais
De sete vidas que não voltam mais
Mia daqui
Mia dali
Sorri
Estamos em Minas Gerais...
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06/04/2008 -
Porque a chuva virá
Há um sapo assobiando na beira do igarapé, porque a chuva virá.
Há uma cigarra morrendo, se esvaindo de tanto cantar, porque a chuva virá.
Há um ovo no muro, enfeitiçando o sol, porque a chuva virá.
Há um cachorro debaixo da cama, porque a chuva virá.
Há quem tente salvar o pouco que tem, porque a chuva virá.
Há corpos ardentes flagrados pelos clarões, porque a chuva virá.
Há uma algazarra de pássaros, porque a chuva virá. ...
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Pai
Minha boca se enche das coisas que afloram do meu peito
Sentimentos que aguardam o corpo das palavras
Palavras que fazem da poesia existente um outro poema
Sentimentos expostos como fraturas expostas
Onde a carne é feita de palavras
Onde os ossos são feitos de palavras
Onde a dor e o amor e tudo mais são palavras
Feitas e refeitas a todo o momento
Tentando definir o que o dicionário não diz
O que só existe na plena e sublime razão
De aclamar-lhe, saudar-lhe e lhe agradecer...
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Paisagem indefinida
Os fios elétricos dos postes
Riscam o céu com suas linhas
Negras cortando as nuvens inchadas
E sozinhas
Que são trazidas no colo do vento
Como bem amadas.
Vento que sacode as folhas
De uma arvorezinha qualquer
Vento que venta um verde-azul
Na saia rodada
De uma mulher do sul.
E no inferno do último monge
A minha vista se perde ao longe
Para além dos postes, dos fios
Das folhas, dos arrepios, das nuvens....
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