Daniel Campos

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Encontrados 167 textos. Exibindo página 10 de 17.

O amor e a mulher que não me conhece

Eu amo
Sem pensá-la
Sem olhá-la
Sem imaginá-la
Por castigo
Ou algum descuido dos deuses
Amo a mulher que não me conhece.
Meus dias
E meus passos
Estão condenados
A associar
Constante
E permanentemente
O amor ao secreto
Porque é secreta a mulher que não me conhece.
E toda essa seita
Que acontece às escuras
E em mão única
É motivada
Pelo desconhecimento
Que envolve o verso
E o universo...
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O amor em roda

Marilene ê Marilene á
Eu cheguei de lá
E entrei na roda
Da tua saia só para ti adular
E eu adulo sim
E eu adulo contente
Porque é o começo sem fim
De um amor para sempre ê
Marilene ê Marilene á
Passarinho chamou
Aqui estou
Meu coração é um tuim
E tu é a sabia

Então baticundum aqui
Badicundum aiaia á
Marilene ê Marilene á
Deus te fez
Só para se encantar
Marilene ê Marilene á...
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Comentários (1)

O anjo e a cereja

Veja
O céu
De cereja
E beija
Tendo na boca
O fel
Que me aleija
De saudade.

Ah! Quero dançar
Mas o chão caleja
Ah! Quero amar
Mas o olho lateja
Ah! Quero voar
Mas o céu troveja.

Ah! Quero abrir as asas
Voar por sobre as casas
Dos botões
Da tua camisa
Voar feito brisa
Voar feito corações
Voar como quem deseja
Subir até o sétimo céu
Só para lhe ver nascer...
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O apocalipse segundo a mulher amada

A mulher amada
Sentou-se no alto de uma pedra
Tendo à frente a lua
E em suas costas o sol
Num plano trigonométrico exato
A ponto de ela provocar
Eclipse total nos dois amantes.
Ao alcance das mãos
De um esmalte que mistura cereja e diamante
Dezenas de folhas brancas
E um lápis de olho
Pronto para manchar as folhas
Com o seu íntimo...
Ao contrário do que pensavam os românticos
Ela não escrevia poesia,...
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O azul

Quando me deste
O azul da sua veste
Para que pudesse sonhar
Ao ver um vestido sem contexto
No corpo de outra sem pretexto
Só pelo prazer
Só pelo sofrer
De vê-la se multiplicar.

Nunca imaginara
Que eu o reservara
Num aquário
Feito saudade de antiquário
Só para revê-lo em seu manequim
Durante anos e tempos a fim.

Azul se abdicara do azul
Azul me entregara o azul
Dança toda de branco
Toda sem graça...
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O canto do mundo

As folhas da bananeira
Foram picadas
Pelo vento
Meio ligeiro
Que trouxe consigo
Uma porção
De lamentos
Amigos
Que ninguém mais
Quis ouvir.

As folhas da bananeira
Foram misturadas
Ao verde do mato
Que cobriu o barco
Que um dia
Ficou ancorado
Amarrado
Laçado
Às portas
Do nosso porta-retrato.

As folhas da bananeira
Foram sacudidas
Pelo boi bravo
Do tempo...
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O centro do mundo

Seus passos
São os pilares da terra
Fazem o amor
E a guerra

No ópio dos sonhos
Ao ódio mais profundo
Seus passos
Marcam o mundo

E eu sou seu passo
Rasto do seu rastro
Teu pecado mais casto.


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O choro das pedras

Vira o destino ao avesso
Num pau de vira-tripa
Muda o rumo dos cometas
Corta a mais linda pipa
Na navalha de cerol
Dos teus lábios...
Abra a porta dos monastérios
Derruba o último dos impérios
Viola os cemitérios
Do teu eu mais fundo...
Sufoca o canto das sereias
Excomunga o silêncio
Que me anseias
Seduza o mundo
Feito isca feito anzol...
Entrega-se às platéias
Ofereça-se às boléias
Perca-se nas tuas melhores idéias ...
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O cisne e duas crianças

Hoje eu queria um cisne, um cisne imenso e branco,
Um cisne como aqueles que povoam lagoas do interior
E como um gondoleiro do amor, veneziano por natureza,
Levar-lhe-ia pelos canais da cidade chuvosa
Que nos acordou pela manhã

Nós dois pedalando e se beijando e se molhando
E se amando e se dando no grande cisne branco
De olhos azuis e bico alaranjado
Querendo descobrir outros mundos
Aventurar-nos-íamos pela metrópole d´água...
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O debute

Quem é ela que murmura ao vento
E se veste de recordações
Enquanto oculta as desilusões
Que nasceram de um sentimento.

Sentimento combatido com ardor
Na lâmina de palavras que são lanças
Empunhadas em face da esperança
De desnudarmos dias sem dor.

Quem é ela que vive como amante
De si mesma e de outros eus
Ela é julieta e eu sou romeu

Quem é ela que me faz errante
Neste caminho de destempero
Ela é a paz e eu o desespero.


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