Daniel Campos

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Encontrados 67 textos. Exibindo página 6 de 7.

Lirismo em lira

Quando ouço baladas românticas
Que falam de céus azuis, abraços e mar
É porque lhe quero perto
Canções de uma noite, um olhar, uma promessa
Canções que falam de mulheres
Mais amadas a cada nota
Assim como quero falar de você
Canções de violões, beijos e luas
Que me beijam ainda virgens
Só para me darem o sabor dos seus lábios.







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Literatura de abajur

Quem sabe quando acabar
O último capítulo da novela
A última folha do romance
A última coreografia
Da dança da ilusão
Os matemáticos inventarão
Um cálculo
Que a faça entender
O que eu não minto...

Duas luas se beijam lá fora
Tentando encontrar o equilíbrio
Entre o crescente
E o minguante
Ah! Noite néon
Fina flor de verão
Onde estão as nossas taças?

O vinho envelhece
E a poesia se sufoca nos lençóis...
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Lobos

Os lobos da solidão
Estão rondando
Mordendo as canelas
Uivando às janelas
Caçando nossos sonhos
Com seus dentes
Poentes de um sol
Furioso

Ah! Não se entregue
Ah! Não tema
Ah! Não negue
Ah! Assovie um poema
Que eles vão embora
Buscar um outro amor
Que da intensidade
Saudade da dor
Não chora.


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Lonas da solidão

Quantas as galáxias
Estendidas pelos quatro hemisférios?
Quantas as vidas
Escondidas num deserto escuro?
Quantas as estrelas
Entristecidas por não serem sabidas?

Estrelas que brilham a luz vã
Estrelas que o nada iluminam
Estrelas inquilinos do buraco negro
Que sé dá nos olhos que não as flertam

Quantas as estrelas
Não correspondidas?
Quantas as estrelas
Se alimentando de sombras?
Quantas as estrelas...
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Lonas de cetim

Está tudo estranho em mim
Tudo alvoroçado
Tudo ligado
Como se eu fosse
Um circo iluminado
Em risos dos palhaços
Em contornos dos contorcionistas
Em pés das bailarinas
Em vôos do trapezista.
Está tudo estranho em mim
É algo de novo
E o novo é sempre velho
E o velho é sempre o já dito
E eu tenho tanto a dizer
Que já não caibo nessas lonas de mim
E tudo me consome
E tudo é tão infinito
Na ribalta da ilusão....
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Longe

Inicio hoje a minha fase minguante
Devorado pela saudade
Que faminta
Consome meu corpo e minha alma
Com seus dentes afiados
E pontiagudos
Eu sangro
Feito uma lua despedaçada
Neste céu escuro
À procura de uma estrela
Que longe se vai
E tão perto se esvai
Ah! Hoje eu minguo
E mirro
E ainda assim em torno maior
Maior em sofrimento
Maior em dor
Maior em minha fase pior
De lamúria e de tontura...
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Longe de casa

Longe de casa
Há uma procissão de vaga-lumes
Que soluçam no escuro
Há um luar
Que, de loucura, se tortura e se morde
E come seus próprios pedaços
Há um rato
Que, em nome de um amor proibido,
Deixa-se nas garras de um gato
Bandido.

Longe da casa
Há um louco e uma santa
Que se amam
Entre terços e línguas
Há uma menina
Que apanha e mata
Há um disco
Que roda ao contrário
Na ponta de uma agulha de tricot....
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Loopings

Quero jogar damas no xadrez
Do seu vestido
Quero escalar os seus saltos
Mais íngremes
E escorregar em seu decote
Matemático
Quero dar voltas e voltas
Nas voltas do seu canto
Quero dormir nas sombras
Rosadas dos seus olhos
Quero me banhar no perfume
Extraído dos seus anjos
Quero me cegar no seu rímel
Quero me borrar na sua boca
Quero me acertar no seu relógio
Quero fazer loopings e mais loopings...
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Loucos

Somos todos loucos
Loucos todos somos
Poucos os loucos
Que de loucos são poucos

Loucos do dia
Dia de todo louco
Todo de loucura
Loucos de tortura

Loucos de vida
Vida tão pouca
Vivos de esperança
Loucos de criança

Loucos eis que somos
Espelhos quebrados
Passados rasgados
Cromossomos loucos

Loucos do amor
Jardim de poucas
Alegrias em flor
Amor dos poucos
...
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Loucura

Vou partir, sem esperança
Quero ser somente lembrança
Meu amor acabou
A chama cessou
E o dia, meu amor,
Já raiou.

Não, não me diga adeus
Pois se olhar nos olhos teus
Verei a desilusão
O final de uma paixão
E meu nome cristão
Não é de compaixão.

Digo adeus apenas ao sol
Ao seu falso arrebol
Pois amada, minha nova morada
É o breu da noite
É o intenso açoite.

Deixo em tua companhia...
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