Daniel Campos

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Encontrados 278 textos. Exibindo página 22 de 28.

25/04/2016 - Oceano de sonhos

Que todos os sonhos se convirjam para a perfeita realização como ondas dispersas que se unem para levar o barco ao seu destino. Ah! Que haja coragem e felicidade no ir dessa embarcação mar adentro, mar alto, mar aberto, tendo o horizonte como teto. Intensidade de viver e sabedoria para aprender com as pedras, com as correntes, com os tubarões que hão de surgir pelo trajeto. Que o amor transborde e inunde tudo o que há dentro e fora do mundo. Sonho que é sonho acontece mesmo no sonho. Que os sonhos ganhem em vigor e vitalidade, pois com sonho se alimenta a humanidade que há em cada um de nós, com sonho se cura uma saudade, com sonho transcendemos a uma outra realidade, quiçá, uma outra idade. Fecha os olhos e deixe a bússola interior nos levar a um tempo bem vivido, talvez nunca antes nascido. Que no oceano dos sonhos sejamos barcos leves como flechas que se entregam cegamente aos arcos dos cupidos.


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23/02/2010 - Oceano do tempo

Pra onde vou? Pra onde vai? Pra onde vamos? Somos ilhas humanas cercadas pelos oceanos do tempo. Dia após dia as ondas bravias roubam um pouco mais de nossa terra. Ai de quem tem os pés presos ao chão. Dia após dia nos entregamos de corpo e maresia depois de muito resistir às coisas do tempo. Ai, o tempo das tempestades chegou. E eu só tenho pena de quem nunca amou.

Quem nunca teve um amor daqueles de chorar e arrebentar o coração vai afundar como embarcação vazia. Pobres daqueles que não terão nem tesouros nem âncoras para jogar ao mar das temporalidades. Já quem amou pra valer vai poder se valer desse sentimento para amenizar o sofrer no momento que o tempo vir a dizer: acabou, acabou, acabou! ...
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07/05/2010 - Ode ao torresmo

Os que estão de dieta que me perdoem, mas o torresmo aparece em minha vida como inspiração poética. Ou seria tentação? Aquele torresmo pequeno, crocante, que estala na boca deveria ter um item específico na lista dos pecados capitais. Afinal, vai da gula à vaidade e da luxúria à avareza em poucos segundos diante de uma travessa. Quem diria que da barriga do porco surgiria algo tão atrativo aos sentidos humanos. Difícil resistir. Não é à toa que, em matéria de torresmo, assumo-me pecador.
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04/10/2010 - Odontofobia

Bombas de pânico vão explodindo lá e cá. O coração não aceita conselhos e pula feito burro xucro. Os pulmões doem a cada passagem de um novo fluxo de ar, pois o ar está áspero. O rosto perde cor. Há comichões e contrações. Há milhares de casamentos e separações de células nervosas a cada segundo. Há tonturas entontecendo a razão. Há uma tendência pessimista no ar. E o ar, como dito, está áspero, irrespirável. Ainda mais porque o ar tem cheiro de dor.

O sangue borbulha de aflição, ameaça um derrame. Os pensamentos se embaralham. Os pés tropeçam em angústias. Os olhos cegam. Há dores generalizadas por todo o corpo. Os sentidos perdem e ganham intensidade. Há uma estiagem de bom senso e uma epidemia de loucura. Raios e trovões dominam o corpo tomado por tempestades. O espírito arde. Ainda é cedo. Ainda é tarde....
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10/09/2013 - Oitiva

Por onde você andou? O que você fez e deixou de fazer? Que marcas são essas? Você encontrou dono ou ainda voa livre por esses céus ciganos? Você ainda chora? Se a resposta for positiva, quais os motivos? São os mesmos de ontem? Você ainda se vê no espelho como antes? Você ainda se reconhece? Seu autorretrato tem mais erros ou acertos com o que você sonhava dez anos atrás?

Quanto de você ficou pelo caminho? Quanto do que ficou você tentou pegar para si novamente e não conseguiu? E quanto de si jogou fora sem remorso ou pudor? Seus pecados foram perdoados ou agravados? Faz mímica tentando decifrar o que o seu corpo quer? Para quem você sorri? Para quem você olha? Para onde vão suas palavras? Ainda dança com a própria sombra? Ainda dá adeus antes de chegar?


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08/08/2012 - Oito do oito

Oito é equilíbrio. Oito é Justiça. Oito é juízo final. Oito, na mitologia egípcia, é Anubis. Oito é a balança de Anubis, que traz nos pratos um coração e uma pena. Oito é o místico. Oito é o dia da ressurreição do Cristo. Oito é tempo futuro. Oito é poder. Oito é o caminho sem chegada. Oito é o casamento entre mundos. Oito é a totalidade do universo. Oito é prosperidade. Oito é multiplicação.

Oito é sucesso nos negócios. Oito é riqueza. Oito é a natureza firme e constante do deus Posidão. Oito é prosperidade. Oito é o que está entre a terra e o céu. Oito é mudança. Oito é renascimento. Oito é intuição. Oito é profético por si só. Oito é a autoconfiança. Oito é a ausência de princípio e fim. Oito é imensidão. Oito é motocontínuo. Oito é o destino em curva. ...
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19/02/2010 - Olha a rotina aí gente!

Cadê a pintura do rosto? A lágrima borrou. Cadê a fantasia? A enxurrada levou. Cadê a alegria? A quarta de cinzas findou. Cadê a poesia? O tempo rasgou. Cadê o sol? A noite apagou. Cadê o amor? O bicho devorou. Cadê o romance? O bicho tragou. Cadê a mulher? O bicho matou.

Que bicho é esse, José? É o bicho do dia depois de outro dia. De onde vem esse bicho, João? Ele nasce quando a ilusão se quebra ou é quebrada. Ai, meu Deus, é bom botar o pé na estrada pra fugir desse bicho que não sossega enquanto não deixa a gente doente de cotidiano. Cuidado com a mordida da rotina....
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04/06/2014 - Olha o amanhã

O mestre do tempo de olhar timoneiro professou aos meus ouvidos: deixa de tolice, de crendice, de maluquice – o amanhã já nasceu, embala-o ou abandona-o. Custei a entender, mas depois compreendi que eu nada perdi porque tudo ainda tenho em mim e para mim. O dia de amanhã já faz parte do hoje. Ninguém vai acontecer no futuro se já não tiver acontecido, pelo menos em parte, no passado. O destino nos dá e nos puxa as linhas de nossa vida, mas cabe a nós resistirmos ou não. Antes de procurar o dia de amanhã lá na frente, volte-se para o seu lado e me diga o que vê. Você pode querer guardar o amanhã para você, mas nunca poderá guardar você do amanhã. É necessário alimentar o que queremos antes que o nosso querer grite de fome. De fome de nós próprios. Você quer um novo começo sem medos, sem defeitos, sem pesos. Porém, quando é que você vai começar a abrir mãos desses medos, defeitos e pesos para permitir que esse novo começo, que já habita em você, tenha vez. Mais do que levar sementes, você é o que deve ser plantado para ser colhido numa outra forma numa outra época. O amanhã já nasceu, embala-o ou abandona-o.


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12/04/2010 - Olha o amor aí

Olha o amor aí cavalgando pelos nossos corpos e pradarias, fazendo às vezes da fantasia das fantasias, trocando a noite pelo dia, olha o amor aí transpassando nossos corações com suas flechas de cupido amador, que debaixo de um cobertor oscila entre anjo e demônio, olha o amor aí fazendo nascer a flor nos braços do vento de outono, olha o amor aí possessivo e sem dono, viajando entre a realidade do sono e o sonho da saudade.

Olha o amor aí correndo firmamento, buscando o êxtase de cada momento, virando nossa cabeça como cata-vento, fazendo-nos sangrar e se pondo a estancar nossas feridas como um bom ungüento, olha o amor aí fazendo e quebrando juramento, olha o amor aí querendo recomeçar o que não foi terminado, querendo colher o que ainda não foi semeado, querendo ressuscitar o que nunca foi enterrado. ...
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13/10/2013 - Olhação

Olhos azuis, olhos de luz, olhos sem capuz, olhos pregados na cruz, olhos de jesus. Olhos pretos, olhos sem defeito, olhos eleitos, olhos de leito, olhos direitos, olhos estreitos. Olhos verdes, olhos de redes, olhos sem paredes, olhos com sede. Olhos castanhos, olhos de estanhos, olhos estranhos, olhos sobrehumanos, olhos de enganos...

Olhos de mel, olhos de docel, olhos de papel, olhos de fel, olhos de rapunzel. Olhos cinzas, olhos de ninjas. Olhos amarelos, olhos de rastelos, olhos de farelos, olhos de caramelos. Olhos marrons, olhos de semitons, olhos de neons, olhos de sons. Olhos vermelhos, olhos de apelos, olhos de espelhos. Olhos mistos, olhos quistos, olhos bonitos, olhos infinitos...


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