Daniel Campos

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Encontrados 278 textos. Exibindo página 2 de 28.

02/07/2016 - O tempo da gente

Tudo tem um propósito de ser. E a distância e o tempo vieram para nos fortalecer, amadurecer, ensinar. Hoje, graças a tudo isso, sou uma pessoa melhor do que antes; a pessoa que você sempre quis que eu realmente fosse. As dores de viver longe de você, o sofrimento de tê-la indiferente comigo, toda a frieza colocada sobre mim... agradeço a tudo isso porque hoje me libertei de medos, de traumas, de inseguranças pela força do amor. De um amor que nunca acabou dentro de mim. Sempre pulsei por você. Sempre me preocupei com você. Sempre busquei você em meus pensamentos e preces. E nesse tempo todo eu sempre imaginei, sonhei, desejei a gente junto. ...
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01/07/2016 - O que mais quero

É o que eu mais quero, de verdade e para sempre. É o meu desejo mais sincero, meu fruto e minha semente. É a minha certeza. É a minha vocação. Ficar junto com você é a minha sina, o meu destino, a minha paixão. Eu me levanto com a esperança de tê-la em meus braços e anoiteço buscando o sentido da minha vida num de seus abraços. Meus passos são todos em sua direção. Habita em meus pensamentos, transita em meu interior e orbita em meu coração. É rainha do meu destino. É a princesa dos meus sonhos de homem-menino. É o que me dá forças para ir adiante nessa estrada. É o meu grande amor, o amor de todas as minhas vidas, a minha eterna mulher amada. ...
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27/06/2016 - O seu presente

Como uma caixa de presente deixada na porta de sua casa, eu me coloco por inteiro em suas mãos. Agora, depende de você. Depende de você se dar esse presente. Uma vida nova. Um amor de contos de fada. Um homem capaz de fazer tudo por você. Depende de você se dar o melhor presente de aniversário da vida, pois este presente não acaba hoje, tampouco tem data de validade. Um presente que chega para ficar. Ficar para sempre. É um presente feito sob medida para você. Um presente que você espera há tempos. Um presente que vai transformar os seus dias. Um presente que vai iluminar a sua vida. Um presente que vai te fazer viver no mundo real como princesa. Um presente que não mede esforços para te agradar, te surpreender, te realizar, te fazer feliz. Um presente único. Um amor único. Uma oportunidade única. ...
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18/06/2016 - O que vai ser já é

Há trovões ensurdecendo meus ouvidos, um mais estrondoso que o outro. Há raios por toda parte, alguns me ferem os olhos e outros o meu pior medo. Ventos assoviam querendo levar tudo o que encontram pela frente – e eu vou segurando os meus pedaços. Às vezes a dor das pedras, do granizo que desabada quando menos se espera, beira o insuportável. O tempo fechado assusta como se não tivesse fim. Falando em fim, o cenário é de fim do mundo. Sonhos, esperanças, desejos correndo de um lado para o outro dentro de mim tentando fugir do pior, se proteger, sobreviver. O tom é de ameaça, de devastação, de destruição. Vento, ventania, tornado, furação, tsunami, terremoto. Seja o que for vem tudo de uma vez e com muita intensidade. Porém, a verdade é que toda tempestade, por pior que seja, passa. E eu sigo o coração, mesmo quando ele me manda ficar no meio do temporal. Se meu coração diz que o tempo vai abrir e que tudo se encaixará como peças de um quebra-cabeça eu não arredo pé. O que vai ser já é.


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15/06/2016 - O frio deve tê-la

O frio deve tê-la corado as maçãs de seu rosto, numa maquiagem espontânea para lá de convidativa à contemplação. O frio deve tê-la deixando fanhosa, numa voz boa de contar histórias de ninar. O frio deve tê-la obrigado a usar um daqueles casaquinhos que guarda tantas histórias. O frio deve tê-la tido desejo de certas comidinhas que te deixaram mal-acostumada. O frio deve tê-la dado mais vontade de dormir e ainda mais preguiça de sair da cama. O frio deve tê-la feito gostar ainda mais do sol – ah como é linda ensolarada... nublada, chuvosa, anoitecida. O frio deve tê-la lembrado do tempo que se protegia sobre asas. O frio deve tê-la deixado com vontade de brincar de neve como fazem as princesas do gelo. O frio deve tê-la concedido um brilho único aos olhos, algo como geada. O frio deve tê-la incitado a um belo e farto cappuccino. O frio deve tê-la reforçado os ares novas iorquinos. O frio deve tê-la tomado nos braços aproveitando-se da minha distância. O frio deve tê-la dito quão frio é o vazio que me abriu. O frio deve tê-la, mas só eu hei de sabê-la amar em toda e qualquer estação.


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03/05/2016 - O último amor

O último amor é sempre o primeiro amor, pois ainda é o primeiro em suas prioridades. Primeiro em saudade. Primeiro em antirealidade. Primeiro em calamidade. O último amor impregna como um perfume cuja fixação extrapola qualquer limite ou imaginação. É fruta madura que teima em não cair do pé. É a catarse da fé. É jardim que mesmo no inverno profundo flori, floreia, floresce zombando do mundo. O último amor nos prega peças. Por isso, não me peça para ser meu último amor, pois é doação mais que completa, é vontade de morrer vivendo por completo, é o ligamento entre o chão e o teto, é a série de tentativas de contornar o despedaçamento. A separação que o dista do último amor é contada em um tempo que rompe com o cronológico e o psicológico. É um tempo de manicômio, indo pra frente e pra trás, fugindo de regras e padrões, é o tempo secreto dos corações. O último amor é sempre o primeiro a doer, a dar esperança, a atiçar o choro, a te transformar numa criança no que diz respeito à necessidade de colo e inocência. Nada me faz ceder mais do que o último amor, que consegue de mim tudo o que quer. O último amor, no meu caso, que foge de todos os acasos, é sempre a minha mulher.


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28/04/2016 - Ouça-me

Ouça meu grito. Ouça meu lado mais bonito. Ouça minha afetividade. Ouça meu sonho mais profundo. Ouça meu mundo. Ouça o que proponho a fundo. Ouça a minha cidade interior. Ouça o meu eu condor. Ouça meus lábios. Ouça meu mais sábio beija-flor. Ouça minha metade mais feliz. Ouça o que você sempre quis de mim. Ouça as cores e os cheiros do meu jardim. Ouça o meu jeito. Ouça as minhas movimentações. Ouça o meu amor-perfeito e as minhas solidões. Ouça o que ecoa do meu ninho. Ouça os rastros do meu caminho. Ouça meus perdões. Ouça as cordas do meu destino. Ouça o meu ancião, o meu adulto, o meu menino. Ouça o que me faz pulsar, vibrar, brilhar. Ouça as minhas entranhas. Ouça as minhas necessidades, as minhas vontades, as minhas manhas. Ouça o meu eu de dentro. Ouça-me enquanto sentimento.


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25/04/2016 - Oceano de sonhos

Que todos os sonhos se convirjam para a perfeita realização como ondas dispersas que se unem para levar o barco ao seu destino. Ah! Que haja coragem e felicidade no ir dessa embarcação mar adentro, mar alto, mar aberto, tendo o horizonte como teto. Intensidade de viver e sabedoria para aprender com as pedras, com as correntes, com os tubarões que hão de surgir pelo trajeto. Que o amor transborde e inunde tudo o que há dentro e fora do mundo. Sonho que é sonho acontece mesmo no sonho. Que os sonhos ganhem em vigor e vitalidade, pois com sonho se alimenta a humanidade que há em cada um de nós, com sonho se cura uma saudade, com sonho transcendemos a uma outra realidade, quiçá, uma outra idade. Fecha os olhos e deixe a bússola interior nos levar a um tempo bem vivido, talvez nunca antes nascido. Que no oceano dos sonhos sejamos barcos leves como flechas que se entregam cegamente aos arcos dos cupidos.


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29/03/2016 - O que levo comigo

Vou juntar meus trens e tomar um rumo diferente desse vai não vem. Vou levar só o necessário, com a sabedoria do boticário que tem nas mãos somente os essenciais, os fundamentais, os elementais. Não ainda muito quando se é pouco, por natureza. Vou carregar comigo não o que me pertence, pois nada é meu, apenas o que é parte de mim, o que nada nem ninguém pode desvencilhar do que sou, do que me tornei ao longo dos últimos caminhos. Músicas, poesias, literaturas, romances, momentos, preces, energias, perfumes, sabores, tatos, temperos, amores, apaixonamentos, entregas, texturas, viagens de fora e de dentro é o que vão caminhar, voar, mergulhar comigo daqui por diante. É como se do pássaro, levasse o voo e o canto; Das flores, a cor e o perfume; Das bocas, os mistérios e as línguas; Dos corpos, os relevos e as temperaturas; Dos encontros, os prazeres e o crescimento que me possibilitaram. Portanto, para espanto geral, não vou colocar na estrada comigo nada de matéria, de carne, de palpável, porém, o encanto, o visceral, o incrível, o imaterial, o que está impregnado, para além de futuro, presente e passado, no meu transcendental. ...
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17/03/2016 - Obelix, Charlie Brown, Pato Donald, pai

Meu pai me ensinou soltar a agulha da vitrola sem arranhar as vozes de Caetano, Bethânia e Chico Buarque. Trouxe-me lágrimas verdadeiras, num choro sentido, quando anunciou a morte de Tom Jobim. E pelas páginas de livros e jornais, trouxe-me a poesia de Vinícius de Moraes, a baleia de Graciliano Ramos, as lutas de Garcia Marques, os meandros de Saramago, o humor de José Simão, as viagens de Arnaldo Jabor, os passados de Carlos Heitor Cony. Meu pai de tantos jornais debaixo do braço, das bancas de revista, dos livros enfileirados, sem ordem alguma, em suas tantas estantes. Se eu pudesse dar um presente ao meu pai, dar-lhe-ia tempo e paz para ler todos os livros que ele comprou um dia. Muitos pais ensinam os filhos a nadar, mas o mais próximo de água que meu pai chegava comigo era da bica de água da Rainha, onde ele levava sempre dois galões grandes, um azul comprido e um branco mais arredondado, para buscar a água que bebíamos durante a semana. Ainda me lembro do gosto daquela água que escorria das torneiras farta, como se todos os rios do mundo desaguassem ali. E por falar em desaguar, o que dizer dos olhos de meu pai depois de perder Bizuco e Kika. Ele foi o último a se despedir dos dois cachorros que mais marcaram nossas vidas. Além de jornais, meu pai sempre chegava em casa com compras, petiscos, filmes, discos, notícias, preocupações, medos e uma forma calada de demonstrar seu amor pelos que habitavam a casa que ele construiu pedaço por pedaço. E a cara fechada, que chegava a franzir a testa, escondia um coração menino, afoito, esbaforido que por muitas vezes embaçava seus óculos esverdeados. Meu pai me apresentou à Mangueira de Cartola, o tempo de Paulinho da Viola, a força de Clara Nunes, Elis Regina, Dolores Duran. Meu pai ainda me emprestou seus pais, um avô de tantos causos e uma avó de inúmeras receitas. Sonhou um país melhor para mim e meu irmão. Guardou as notas de real com a esperança de que nós vivêssemos enfim em um mundo sem inflação. Meu pai foi muitas vezes além dos seus limites, lutando contra si mesmo, para tentar agradar. Com o passar das forças perdeu boa parte de suas forças, perdeu muitas lutas para si mesmo, mas continua tentando agradar. Meu pai com o tamanho de Obelix, com a alma de Charlie Brown e com o nervosismo do Pato Donald foi, do seu jeito, se construindo, descontruindo e reconstruindo pai. Por essas e outras, minha mãe me deu ao mundo e meu pai me deu o melhor do seu mundo.


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