Daniel Campos

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Encontrados 372 textos. Exibindo página 6 de 38.

05/02/2010 - A gripe como cupido

Pode não parecer, mas uma simples gripe alheia é uma forma de provar seu amor, de reaquecer seu casamento, de conquistar alguém. Devido à enxurrada de mal-estar causada pela gripe, a pessoa enferma fica frágil, carente. Uma ótima oportunidade para o amor entrar em cena e não sair mais.

O que acha de sopinhas e outras comidinhas dadas na boca da pessoa amada por meio de colheradas? Quem sabe enviar flores com um bilhete demonstrando seus votos de “melhoras”? Que tal dormir abraçadinho para dar segurança à criatura que ama? Garantir o seu mais completo repouso é uma demonstração de cuidado e afeto. Muna-se de frutas coloridas e exóticas, repletas de vitaminas, para seduzi-la e maximizar os sentidos. ...
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09/09/2008 - A guerra é genética

A palavra paz cai muito bem em livros históricos e religiosos. Porém, quando o assunto é vida real ela se torna abstrata como uma montanha de sorvete de passas ao rum no meio do deserto do Saara. Aqui e lá, ali e acolá, a espécie homo sapiens está sempre inventando um jeito de desestruturar o já tão desestruturado estado de paz vigente no mundo. Seja nos relacionamentos de casal ou, de família ou, de vizinhos ou, de estados ou de países há sempre uma pré-intenção de briga. Ao contrário do barro, somos feito de pólvora e adoramos riscar um fósforo no pavio alheio. ...
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A humanidade precisa ser humana

Filhos matam os pais motivados por paixões adolescentes. Crianças brincam de mocinho e bandido lado a lado com traficantes. Negros ainda são vistos sob os olhos do preconceito. Casebres se equilibram nos morros. Mulheres continuam vítimas de um país machista. Mãos se espalham e até competem nas calçadas em busca da sobrevivência. Infelizmente, essas não são cenas vistas apenas nas telas do cinema.

Enquanto os primeiros artigos da Constituição Brasileira de 1988 defendem a igualdade de direitos para os cidadãos e o exercício da liberdade, a realidade se manifesta de outra forma. A fome e a violência são duas provas de que os sonhos dos discursos se perdem numa vida sem maquiagem. Terras a se perder de vista e uma multidão de famintos. As pessoas que brincam juntas no carnaval são as mesmas que se matam na próxima esquina. Frente ao enorme contraste social, a vida dos discursos é esquecida. ...
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07/07/2008 - A ilusão do carro na tomada

O TwinDrive Golf, carro elétrico apresentado pela Volksvagem, em Berlim, virou rapidamente manchete nos principais jornais do mundo. Pudera, vivemos o pavor do fim do mundo de modo que qualquer novidade positiva parece reacender a luz no final do túnel. No entanto, carros elétricos não são, propriamente, novidades. O primeiro carro elétrico foi construído em 1837. O que fez essa idéia não vingar durante esse tempo todo ainda é mistério. Mas pode ter certeza de que passa pelo forte lobby em torno do petróleo. ...
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15/06/2010 - A impaciência como combustível

Se o preço de ser premiado na loteria é amargar uma eternidade em uma fila admito que jamais ganharei uma bolada dessas. Tenho horror a filas. E mais horror ainda em pedir que alguém enfrente, em meu nome, tamanha fila por conta de um jogo. Chego a deixar de comer em restaurantes e lanchonetes pratos que insuflam meus desejos por conta de filas. Nasci mergulhado em impaciência. E conforme os anos passam eu conto com ainda menos paciência. Corpo e alma me alertam em sinal de advertência, mas eu insisto. ...
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22/10/2010 - A invenção ou não do horário de verão

O primeiro dos sintomas visíveis é uma constante abrição de boca, como se a criatura em questão tivesse sido tomada por um quebranto daqueles. Olhos pesados, com quilos e quilos de areia sobre eles. Uma sensação de que se acordou no dia errado, na hora errada, no lugar errado. Parece que lua e sol se desentenderam, burlando as regras de seu platônico e milenar matrimônio. Uma vontade súbita de dormir ou ao menos cochilar. Um desejo contínuo de não se ir a lugar algum. Preguiça deixa de ser pecado para ser uma condição existencial. ...
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01/03/2011 - A justiça deveria...

A justiça deveria não ter cor, forma, sexo, idade, classe, credo. Deveria ser paratodos e não para um ou alguns. Deveria ser imparcial, como pregam os filósofos e os espessos livros de direito. A justiça deveria estar em todos os lugares, como uma espécie de Deus onipresente. Deveria não ser cega. A justiça deveria olhar, sem vendas e com olhos bem abertos, tudo e todos, sem distinção ou preconceito.

A justiça não deveria estar sob o poder de poucos. Deveria deixar os pedestais e gabinetes e ser feita nas ruas. Deveria não se esconder atrás de capas e togas e vir nua, de peito aberto. Deveria não servir como mercadoria ou se render ao jogo político. A justiça deveria deixar de juridiquês e falar de uma vez a língua dos homens. Deveria ser mais concreta do que abstrata, mais social do que institucional, mais justa do que injusta....
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14/08/2013 - A lança do tempo

A cada dia o tempo enterra um pouco mais de sua lança em meu peito. A vida, de uma forma ou de outra, se esvai mais e mais a cada dia. A cada dia há mais motivos para se arrepender ou para comemorar, dependendo do ponto de vista. O fato é que pouco a pouco essa lança vai perfurando nosso corpo e nossa alma, fazendo com a cada dia sonhos, vontades, projetos morram a cada dia, por inteiro ou parcialmente. Alguns são substituídos, outros ficam literalmente pelo caminho, que vai ficando mais íngreme, distante e tortuoso dia após dia. ...
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11/03/2016 - A lenda de Juara

Juara é uma índia que aos 14 anos se apaixona por Ubirajá, um índio prisioneiro de uma tribo rival. Um amor proibido, pois ela, como filha do cacique, está prometida ao guerreiro Apoema. Ela se entrega a Ubirajá e fogem juntos. Na fuga, encontram o pajé no meio da mata, que profetiza o pior. Passam-se 13 anos. Juara vive com Ubirajá na cidade grande, num barraco. Ela trabalha como doméstica e ele, numa farinheira. Ubirajá é assassinado. Depois do funeral, Juara encontra uma jandaia dentro de seu barraco. Ela não entende como a ave foi parar ali, mas a adota. A ave tem comportamento estranho. Quer ficar grudada com Juara e agride seus amigos e qualquer homem que se aproxima dela. Ela começa a sonhar com o pajé dizendo que ela precisa voltar e com Ubirajá virando e desvirando a jandaia. Ela larga tudo e volta para a tribo. A jandaia vai junto. Na tribo é recebida com hostilidade e precisa lutar para reconquistar seu espaço. Descobre que Ubirajá havia voltado como jandaia para terminar a história deles, já que ele foi morto antes da hora. Apoema já está casado, mas ainda a quer como sua esposa, tanto que vence os duelos com outros índios por sua mão. Seu pai, o cacique, está muito doente e quer casar a filha antes de morrer. No dia do casamento com Apoema, por amor a Ubirajá, Juara se enche de penas e também se transforma numa jandaia voando pela floresta adentro.


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24/08/2010 - A lenda do alecrim

Maria. Maria das flores de cheiro. Maria, rainha dos jardins. Maria das pétalas delicadas e coloridas. Maria das rosas do santo rosário. Quantos os que não deixam galhas ou vasos de flores aos teus pés. Flores para agradar Maria. Flores para abrir os caminhos rumo a Maria. Flores para agradecer Maria como paga de promessas. Flores mensageiras de pedidos e preces, de sentimentos e fé.

Eu, neste dia, procuro pelos alecrins de Maria. Ah! Como eu desejo um campo repleto de alecrins para ficar próximo da Altíssima. Ao contrário de plantar soja, algodão ou alfazema, se tivesse terras plantaria alecrins. Alecrins para te ofertar, ò Maria. E não me cansaria de repetir, por incontáveis vezes, ao vento ou aos caminhantes, a lenda do alecrim: ...
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