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Encontrados 261 textos. Exibindo página 16 de 27.
11/03/2014 -
Será? Será?
Será que ainda me ama? Será que ainda me quer? Será que ainda se chama de minha, de minha mulher? Será que ainda tem borboletas num voo interior? Será que ainda vê corações saindo de si? Será que ainda só de se lembrar de mim ainda sorri? Será que pensa em mim e se invade de calor? Será que ainda ao seu lado me deseja? Será que me imagina e de olhos fechados em beija? Será que ainda me carregar por aonde vai? Será que ainda embala o sonho da filha me tendo como pai? Será que ainda suspira por um verso meu? Será que ainda procura o meu passo? Será que ainda quer reiventar o mito de Eurídice e Orfeu ou de Julieta e Romeu? Será que ainda me tem como urso do seu abraço? Será que ainda me anja? Será que nesse arder tão meu ainda se esbanja? Será que ainda comigo se arrepia? Será que por mim ainda troca a noite pelo dia? Será que ainda queima de saudade? Será que ainda teima de vontade? Será que ainda pela nossa história mordisca os lábios rosados? Será que ainda nos guarda intocados? Será que ainda se veste para os meus olhos? Será que ainda se deleita em meus espólios? Será que ainda se perfuma oferecendo-me se pescoço? Será que ainda acorda mais apaixonada? Será que ainda por meninice me enciúma? Será que ainda se sente bem ao se saber por mim eternamente amada? Será que ainda é a minha Alice num mundo de maravilhas? Será que ainda mia para provocar as minhas matilhas? Será que ainda me estende os braços percorrendo milhas e milhas? Será que ainda diz eu amo você como num desenho de giz? Será que ainda nos quer juntos para ser feliz? Será que ainda me reserva o seu melhor tempo? Será que ainda me deixa ser príncipe do seu reino de sentimento?
Comentários (1)
12/11/2011 -
Sereia
Deixa-me provar sua carne e descobrir enfim o mistério desse sabor que dá água na boca alheia. Quem sabe eu possa sentir o aquecimento do sangue ao percorrer suas entranhas e estimular a energia acumulada em suas lacunas. Quero me lançar ao seu mar como um barco sem âncora em busca de seus tesouros e de seus piratas. Quem sabe eu consiga encontrar sua cidade perdida, sua esperança de felicidade mais apetitosa esquecida entre corais. Quantas saudades pontilhadas em seu horizonte fugaz. Só me perdoe se o seu calor soprando a bombordo aumentar o meu apetite por navegar e mergulhar em seu mar inteiro. ...
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01/12/2013 -
Sereia do Amanhecer
A minha sereia, se é que eu posso chamar de minha, tem olhos grandes e fundos como o oceano no qual habita. Olhos cristalinos, de um azul de uma infinidade de tons que se movem pra lá e pra cá como as ondas do mar. A minha sereia, chamando-a assim com todo respeito, surge de forma mansa, mas sempre provocando impacto com sua chegada, trazendo transformações e encantamentos em tudo o que está dentro e fora de mim. Por mais que eu já a tenha encontrado em outras oportunidades, diante dela há sempre o sabor de primeira vez. ...
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14/11/2013 -
Sereias de Iemanjá
Salve as sereias de Iemanjá que se movimentam como as ondas do mar. Salve as sereias que fluidificam as águas onde os espíritos são tratados. Salve as sereias de sangue azul como a água celestial. Salve as sereias que movimentam as mãos como brisa e cantam como um choro, muitas vezes silencioso, mas não menos encantador. Salve as sereias e suas silhuetas encantadas. Salve as sereias e suas emissões de ectoplasma e luz. Salve as sereias que brilham como água refletindo a luz do sol e da lua.
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13/07/2013 -
Sereias nucleares
É preciso chorar pelas sereias radioativas, nadando por entre o iodo e o césio que vazam da usina de Fukushima. Sereias essas que estão sujeitas à extinção e diversas mutações. São milhares e milhares de toneladas de água contaminada afetando algas, animais e lendas marinhas. A candura, a brancura e a harmonia das sereias não vão resistir a essa inundação nuclear. A mistura ideal entre a mulher e o peixe está sob risco.
Soube que elas nem empunham mais a lira, as flautas e as gaitas, pois deixaram de cantar. A radiação fez com que perdessem a voz. Também não andam mais empunhando espelhos, pois seus rostos sofrem com os impactos da poluição nuclear. Poseidon, que sabe de tudo o que passa em seus domínios, deve levantar seu tridente contra essa situação deveras criminosa. Previsão de maremotos e tremores à vista. ...
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Serenata
As estrelas quase não teriam mais o que conversar. As janelas, fechadas, guardariam segredo. A rua, vazia, aos poucos sumiria em si mesma. Nem as sombras do céu brincariam de roda no meio da rua. Os cachorros dormiriam e nenhum felino se equilibraria sobre os muros. As árvores de tão quietas pareceriam enfeites. De fato, ninguém ousaria esperar mais nada daquela noite alta. Seria uma noite como tantas outras noites. Uma noite de sono. Uma noite qualquer. Mas quando menos se esperasse... da rua surgiria uma nota. E depois outra. E mais outra. ...
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14/10/2015 -
Sereno da vida
A noite vai serenando sobre tudo, como que com suas gotículas querendo tocar o mundo. A noite se aproxima de todas as coisas e criaturas por meio dessas porções que caem da escuridão. Suores de cometas? Extratos de estrelas? Perfumes de anjos? Do que serão essas gotas? Uma tempestade cósmica que se repete a cada noite. Gotículas que aliviam e dão calma às loucuras. Gotículas que nos levam à cama. Gotículas que alimentam as almas das criaturas. Sereno, pequeno. Sereno, ameno. Sereno, veneno à estiagem de sonhos e ideias. Gotas ora são abelhas de uma grande colmeia ora são lobos de uma imensa alcateia. Sereno, poeira líquida do universo. Minha prosa, meu verso. O infinito do adverso.
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12/03/2015 -
Sereno de fantasia
O dia serenou. A vida transbordou. A boca bendisse um nome. E veio uma fome louca. E veio uma vontade de ir além. O canário belga saiu cantando meu bem. Será que ela vem, será que ela vem? As nuvens se casaram. As folhas se refestelaram pela ventania. Um poeta falou que garimpo de amor é poesia.
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24/10/2014 -
Seres cíclicos
Tudo na vida terrena tem fim, afinal a vida é cíclica. É fundamental se compreender isso para conseguir ser feliz. Nossos corpos têm fim. Nossos bens materiais têm fim. Nossos sonhos mundanos têm fim. Por que a lua nos envolve tanto? Simplesmente porque ela é como nós, cíclica. Inventamos os calendários e relógios justamente para nos sentir confortáveis em ciclos. Tudo nesta vida de encarnados tem um começo, um meio e um fim. E isso é inevitável. Mesmo os relacionamentos jurados para sempre acabam sendo interrompidos pela separação do casal por meio da morte de um deles. Eu acredito na imortalidade, no infinito, no eterno, mas em relação ao espírito. O nosso espírito que é o conjunto de vidas que tivemos ao longo da história e reúne em si todas nossas experiências, inclusive, todas nossas almas. Portanto, não se iluda de que algo ou alguém não vai acabar mais cedo ou mais tarde. Lembre-se dos mais velhos que diziam que tudo é passageiro. Portanto, quanto mais cedo você entender que a vida terrena é cíclica, praticando o desapego e compreendo as perdas, mais fácil será alcançar a felicidade. Tudo o que vivemos tem uma razão, por mais misteriosa que seja. Quando nossa missão com alguém, por exemplo, chega ao fim, a tendência é nos desligarmos dessa pessoa e procurarmos realizar outras missões. Não estamos a passeio, mas a trabalho. Temos de buscar fazer nossos resgates e encarar a vida que nos foi concedida como uma série de tarefas a ser realizada. Não dá para se acomodar. É de extrema necessidade tentar cumprir, com êxito, o maior número de ciclos possível. Somos, enquanto encarnados, seres cíclicos e isso é inconteste. ...
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27/03/2016 -
Seria ótimo se não fosse
Eu acreditei que o ontem seria amanhã, mas o futuro chegou hoje com cara de passado e eu, como fruto ainda não madurado, fiquei peco na sua boca.
Eu quis ser onda, mas quebrei muito antes de chegar na arrebentação ficando perdido em alto mar sem saber o gosto de morrer como espuma de sal num banco de areia.
Eu plantei estrelas querendo colher noites iluminadas, mas me esqueci de que as sombras que uma mulher acendeu em mim jamais me permitiriam constelações.
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