Daniel Campos

Texto do dia

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Encontrados 60 textos de junho de 2015. Exibindo página 5 de 6.

10/06/2015 - Bem-vivi

Andar, voar,
Mergulhar e
Chegar até aqui
E feito bem-te-vi
Cantar: bem-vivi

Aprendi e escrevi
Que o bem-vivi
É chegar e assumir
Que nasci e cresci
Para sempre amar

Salve quem me ama
E me acompanha
Aqui, lá, ali
Bem-vivi
Salve os meus amores
Minhas damas
Meus mentores
Com quem bem-vivi


Benditas as ramas
Do meu coração
Colibri tão carregado...
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10/06/2015 - O tempo é o meu lugar

São anos e anos tecendo e trançando linhas de destinos, de prosas, de papagaios. Anos e mais anos semeando pelo ar, revirando a terra e as nuvens. Sou lavrador de sentimento. Aprendi a língua do vento, que me conta histórias de acordar e de ninar. Sou árvore. Sou rio. Sou chuva. Sou raio. Sou pássaro. Tenho sangue e seiva bombeando meu coração que dá sementes, letras e asas. Sou nascido do ventre da imaginação. São anos a fio mergulhando de corpo, alma e espírito em paixões, escritas, temperos, paisagens... Ao longo dessa estrada, muitas chegadas, sejam bem-vindas, e algumas partidas, pelas quais eu choro ainda. Tanto conheci sobre o mundo, exterior e interior, indo a fundo. Amei, amo e amarei, pois sou forjado no amor. No amor sem limite. No amor incondicional. No amor convicto. A intensidade é a minha verdade. São anos e anos flertando com o tempo. Entrego-me. Doo-me. Voo a outras dimensões. Como ribeirão eu vou. Como mar, eu volto. As minhas lembranças alimentam a minha esperança. Sou criatura que não se cansa de se apaixonar. O tempo é o meu lugar. ...
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09/06/2015 - Mundar

Tudo o que eu dou ao mundo eu ganho
Tudo o que eu falo segundo a segundo
O mundo me responde como bem quer
Se eu bato eu apanho. Ação e reação.
Cresço quando me ofereço. Sim e não.
O tempo estará sempre onde eu estiver
O mundo sou eu que estou no mundo
Que não é meu quando fora de mim
E eu preciso sair de mim para mundar
Para ganhar, viver, cultivar o mundo
Eu preciso mundar e me arriscar
E me jogar no mundo a cada segundo...
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09/06/2015 - Malandragem

Malandro é o sol que não toma chuva para não entrar em curto. Malandra é a formiga que anda em fila para não causar intriga. Malandra é a cigarra que abandona a casca do passado para ir leve ao futuro. Malandra é a árvore que se desapega de folhas, frutos, sementes, flores, galhas e continua árvore. Malandro é o rio que corre sempre para frente. Malandra é a morte que não se revela para continuar surpreendente. Malandro é o beija-flor que dorme em pleno voo. Malandra é a abelha que se lambuza de mel. Malandra é a estrela que continua existindo como luz por muito tempo mesmo depois de seu fim. Malandra é a ostra que se fecha para o mundo em busca de sua pérola interior. Malandro é o pardal que anda aos pulos. Malandro é o astronauta que vive com a cabeça em Marte, em Saturno, na lua... Malandro é o vento que sopra sem cumprir itinerário. Malandro é o João-de-Barro que não mora de aluguel, tampouco financia sua casa própria. Malandra é a vida que no seu espetáculo diário guarda em sigilo absoluto as próximas cenas.


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08/06/2015 - Dois anos amanhecendo

Hoje faço aniversário. São dois anos de vida nova no mais amplo e íntimo significado da palavra nova. Pode parecer pouco, mas foram dois anos de uma intensidade tamanha. Um tempo repleto de descobertas que vão além deste plano. Uma trajetória de fortalecimento e conhecimento interior. Dois anos de profundas mudanças. Sou outro. Mais feliz. Mais completo. Mais e mais realizado a cada dia. É com se eu tivesse passado por um novo amanhecer e amanhecesse mais e mais a cada dia. Há dois anos eu voltei para minha casa. Um reencontro transcendental. Ganhei novas mães e pais, mentores de luz. Minha existência foi preenchida, ganhou sentido e valor. Encontrei o meu lugar no mundo ou o mundo que há em mim encontrou seu lugar. Amanheci lua. Há dois anos me desenvolvo apreendendo e trabalhando na Lei do Auxílio. Descobri-me jaguar. Muito me foi revelado e ainda há tanto a ser buscado. A escalada evolutiva é constante, mas nesses dois anos meu eu foi aberto à compreensão. Tive a certeza de que não estou só e de que tenho muito a fazer. São tantos resgates a serem cumpridos, dívidas astrais a serem pagas, pensamentos e sentimento a serem elevados a partir da tolerância, da humildade e do amor incondicional. Tornei-me mestre sendo eterno aprendiz. Conquistei consagrações que me fazem ainda menor. Aqueles que me iluminam são grandiosos, eu sou apenas um instrumento de cura e caridade para o corpo, para a alma e para o espírito daqueles que me são confiados. Há dois anos passei a cultivar o meu sol interior e a compartilhá-lo com os que necessitam. Sou energia. Sou emanação. Saber que eu sou parte deste mundo extrafísico me emociona. Reencarnei para viver uma missão que vai muito além do que eu quero, sonho ou espero da vida. Como é gratificante saber que muitos, antes mesmo de eu acreditar em mim, investiram no que eu poderia me tornar. E eu me transformo a cada dia grato a todos aqueles que me impulsam à continuidade desse amanhecer pleno e dinâmico. Salve Deus! ...
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08/06/2015 - Culpa da princesa

Já são quase três
Na terra dos reis
E a guarda real
Busca a princesa
Que desafiou a lei
E sumiu com seis
Tostões
No mês de abril
Rumo ao morro
Das últimas ilusões
A rainha está presa
Sozinha no quarto
Chorando
O revés do parto
O duque quer guerra
E amando
O bobo da corte
Rodou a terra
Do norte ao sul
Pequim, Belgrado,
Praga, Istambul...
A condessa
Dona de um agudo...
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07/06/2015 - Carrossel do tempo

Meu pai, ô meu pai, hoje é domingo, leva-me para comer coxinha no bar do Mané. Vamos comprar quadrinhos do Tio Patinhas na banca do João. Que tal um passeio de bicicleta pelas voltas do zerão? Hoje é domingo, vamos para o sítio dar de comer aos cachorros. Apresse-se porque tudo tem de ser feito antes do macarrão da dona Ofélia ou você prefere a polenta da dona Adélia? Vamos, vamos, vamos comprar manteiga de leite no Mercadão, assistir a largada da Fórmula-1, ouvir Chico Buarque e outros bambas. Não se esqueça de ler meu novo artigo no O Impacto. Preste atenção, pois Kika está querendo mais um pedaço de pão com margarina ou requeijão. Seu Antônio quer nos contar sua última caçada em busca do lagarto e Seu Líbio mais uma de assombração. Vamos jogar sacolas de pão pros peixes do lago. Pegue as varas, os anzóis e o enxadão, pois dona Etelvina se arrumou toda para pescar lambari. Quais filmes você locou? Não durma demais na caminha de dona Zefa, pois Danilo quer lhe desafiar para uma pelada. Dribla pra lá e pra cá, olha o gol. Já botou pilhas novas no radinho para ouvir grudado no alambrado as jogadas de Rivaldo, Leto e Válber. Roda, roda, roda no carrossel caipira e deixa a gira do tempo lhe levar.


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07/06/2015 - Procedência

Não me disse seu nome
Nem de onde veio
Se é trigo, joio ou centeio
Nem se aparece ou some
Do que tem sede e fome
E agora eu nem sei
Se pelos seus seios
Voo ou serpenteio


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06/06/2015 - Campo de paixão

Eu queria galinhas soltas pelo quintal
Que a vaca me desse bom dia na janela
Que o cão dormisse na soleira da porta
Enquanto o gato namorasse no telhado
Eu queria morar ao fim da estrada torta
Que as aranhas tecessem nosso enxoval
Que os porcos rolassem ao nosso lado
E as árvores fossem dos pássaros cabidelas
Eu queria sol e lua em pleno enlace
Que o canto dos bichos me acordasse
Junto com o cheiro do mato e do café
E correr para comer amor direto no pé...
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06/06/2015 - De abrir o apetite

Lábios manchados de groselha. Boca adocicada. Pele avermelhada. Uma velha mania. Sair descalça pelo chão de poesia. Como se fosse a mais doce das mais doces criaturas. Fantasia de ninar. Loucura lhe abraçar. Doçura lhe por nos braços. Roupa branca. Ar de santa. Provoca insônia. Atenta como demônia. Anda pelo teto. Não tem veto. É tão doce lhe ter por perto. Olhos açucarados. Corpo de bom-bocado. Amor aos pedaços. De abrir o apetite. Convite à tentação. Desejo que cresce como pão.


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