Daniel Campos

Texto do dia

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Encontrados 56 textos de fevereiro de 2015. Exibindo página 1 de 6.

28/02/2015 - Você em tudo

Tudo o que eu faço é para você. Tudo o que eu penso é você. Tudo o que eu quero diz respeito a você. Tudo o que caminho me encaminha para você. Tudo o que realizo está ligado a você. Tudo o que imagino tem você. Tudo o que amo é apaixonado por você. Tudo o que espero espera você. Tudo o que falo fala de você. Tudo o que durmo sonha com você. Tudo o que como tem fome de você. Tudo o que vejo me lembra você. Tudo o que desejo deseja você. Tudo o que choro escorre você. Tudo o que cultuo aumenta minha fé em você. Tudo o que me domina parte de você. Tudo o que proponho tem a ver com você. Tudo o que tento invento você. Tudo o que destino casa com você. Tudo o que perco acho em você. Tudo o que sou devo a você.


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28/02/2015 - Em quantas de quantas


Quantas vidas você quer me dar?
Em quantos dos seus sonhos estou?
Quantas esperanças suas me esperam?
Em quantos dos seus céus eu voo?
Quantas quedas você é capaz de cair comigo?
Em quantos dias vivemos o para sempre?
Quantos segredos você me confia?
Em quantas estradas você me trilha?
Quantas sementes minhas germinam em você?
Em quantos partos seus eu nasço?
Quantas despedidas valem um novo encontro?
Em quantas declarações suas eu me caibo?...
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27/02/2015 - Quartinhas

Fala com o mar
Escuta o frio
Este arrepio
Do apaixonar

Senta com a lua
Chora na cheia
Cora e clareia
Chega flutua

Respira fundo
Dizendo ao moço
Manga tem caroço
Que dirá o mundo

Pensa num rumo
Entre dois juízos
Desenha sorrisos
Entorta o prumo

Joga nas onze
Vai e vem maré
Somos barro e fé
E não de bronze


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27/02/2015 - Baianidade

Não sei o que acontece, mas tudo canta em mim quando coloco meus pés na Bahia. Uma sensação de volta para casa tão profunda que pareço estar no útero de minha mãe. As águas quentes, o colorido que combina, o mar profundo, o sotaque, os coqueirais num verde sem igual, a musicalidade, os temperos, os orixás, os ventos, os perfumes, que chego de saudade a passar mal. Sou da Bahia singela, à capela, secreta e repleta de misticismo, enfim, da Bahia dos cartões postal e visceral.
Tão logo a baianidade me invade chego me esqueço das dores, do tempo, dos dilemas... Sinto-me parte de toda arte como que pisando ou respirando ou me deitando num poema. Sou Caymmi. Sou Bethânia. Sou Irmã Dulce. Sou Mãe Stella de Oxóssi. Sou Mãe Menininha de Gantois. Sou Tupinambá. Sou Mariene. Sou João Gilberto. Sou dona Canô. Sou Jorge Amado. Sou Castro Alves. Sou Caetano. Sou baiano. ...
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26/02/2015 - O cavalgar

A cavalgada
É longa
E se prolonga
Em trotes
E galopes
Pelas terras
Alongadas
De ninguém
Ou de um bem
Que corre
Pelo estradão
E morre
Ao desdém
De quem
O enterra
Na solidão
Do campo
Onde só
Há o pó
E o ai
Do vento
Que vai
E não vem


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26/02/2015 - Toca o barco

Toca o barco camarada que o rio é grande e não dá para deixar tudo a cargo da correnteza ou do vento. Toca o barco, bora remar. Toca o barco de braçada. Toca o barco e para de reclamar. Toca o barco pra frente porque até a água é corrente. Toca o barco camarada fazendo do horizonte o norte da sua estrada. Toca o barco como se ele fosse flecha disparada do arco do passado rumo ao futuro que é agora. Toca o barco pro quarto da lua. Toca o barco cachoeira abaixo. Toca o barco sem se esquecer de escrever sua história nas margens do rio.


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25/02/2015 - Ama bem assim

Ama sem medo
Ama agora e urgentemente
Ama seja tarde seja cedo
Ama de caso pensado ou de repente
Ama vivendo desse amor somente
Ama sem receio de cair
Ama sem meio, inteiramente
Ama porque o amor há de vir
Ama sem pedir nada em troca
Ama e se solta
Ama de forma espontânea
Ama com todas as letras
Ama sem cercas ou acercas
Ama numa paixão subcutânea
Ama de perder o chão
Ama de crer em cupidos...
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25/02/2015 - A princesa dos corvos

No seio da civilização, nos campos de Roma, uma garotinha flerta com corvos, alimentando-os com amendoim. Ao contrário de flores, o jardim de sua casa é salpicado por asas negras. A pequena corre por entre as aves, que não se assustam com suas peripécias. Ela e os corvos dançando aos olhos dos pais admirados com aquela troca de afeto. Para retribuir o amor e os amendoins, os pássaros começaram a presentear a menina com presentes, em sua maioria presentes reluzentes. Tudo o que brilhasse aos olhos dos corvos traziam-na. E assim, a pequena romana ganhou botões, parafusos, brincos, pedrinhas, clips de papel, lampadinhas, pingentes... As aves negras traziam o colorido em seus bicos à menina que os mimava como se fossem suas bonecas encantadas. Mesmo sem querer recompensa alguma por aquele amor passou a guardar aqueles mimos sentindo-se princesa de um reino de corvos. O seu castelo era a própria natureza, com árvores e sentimentos vivos capazes de deixar até a mais cética criatura boquiaberta com tamanha magia. Como flores negras, aqueles pássaros enfeitavam o jardim e bailavam ao vento diante da menina que sonhava voar com eles. Quem sabe um dia eles a levariam para além das nuvens. Quem sabe um dia eles a trariam uma estrela. Quem sabe um dia algum deles se casaria com ela virando homem após ter seu feitiço quebrado. Quem sabe...


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24/02/2015 - Índio chegou

Ôo, ôo, ieê, ieê
Aaoooieeeô
Êêêêê êê êê êê
Índio chegou
Aos gritos
Venha ver
Índio chegou
Vivo bonito
Pode crer
Índio desceu
Incandesceu
ieê ieê ieê
ê ê ê ê ê ê
Índio chegou
Resplandeceu
Iluminou
É lua na tribo
Índio é amigo
É natureza é dança
É canto é pajelança
É índio é índio
É índio iêêê
Iêeee Iêêê
Iá iá iá iê
Iá iá iá iê...
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24/02/2015 - Por mais que doa me perdoa

Desculpa se eu não consigo me controlar, se estou carente, como copo vazio na mesa de um bar. Desculpa se tudo o que eu digo sai com farpas de um coração lascado por um grande amor. Desculpa se tenho ciúme de tudo e se diante do que faço fico mudo. Desculpa se trago lágrimas aos olhos que não são meus por não querer chorar sozinho. Desculpa se eu quero você mais e mais perto e se pra paixão não coloco um teto. Desculpa minha falta de limites para amar e querer. Desculpa por não ser morno, estando sempre em ebulição. Desculpa se dentro do peito trago um vulcão em permanente erupção. Desculpa se corto como tempo. Desculpa se eu me derramo em sentimento. Desculpa se sou um tsunami de emoção. Desculpa se eu vou além de qualquer compreensão. Desculpa se estrago o seu dia querendo melhorar o nosso. Desculpa se a distância não combina comigo. Desculpa se antes de partir quero viver tudo o que sonhei para nós dois. Desculpa se o meu ritmo lhe atropela. Desculpa se eu não sou de ficar esperando a tempestade passar debruçado na janela. Desculpa se por amor meto os pés pelas mãos, esquecendo por completo da minha metade razão. Desculpa se chego com espinhos por acreditar que as melhores flores nascem dos espinhos. Desculpa se para viver um amor intenso tão imenso quão o que quero é preciso sofrer. Desculpa pela minha alta voltagem. Desculpa por dar importância ao que pode parecer bobagem. Desculpa por nunca parar de querer quando o assunto é amor. Desculpa por discutir o que será indo além do que já é. Desculpa por lhe deixar maluca com minha intensidade. Desculpa se eu ofendo o seu deus por voar no sétimo céu. Desculpa pela minha imaginação tão abundante. Desculpa por esse romantismo alucinante. Desculpa por dizer a mais profunda verdade de tudo o que se passa em mim. Desculpa por já sentir saudade do que ainda não aconteceu. Desculpa se sou surdo ao óbvio, ao lugar comum, ao mesmo do mesmo... Desculpa se vou a esmo. Desculpa se por amor me faço sem começo e sem fim não aceitando ser meio, mas inteiro em tudo. ...
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