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Encontrados 62 textos de dezembro de 2015. Exibindo página 6 de 7.
06/12/2015 -
Pincelando amores
Aonde fores
Pincela mil amores
Não importa se vão
Amar-te
Ou te fechar a porta
Vá à Marte
À Plutão, ao Sol
Se preciso for
Para espalhar
O seu amor
Para conquistar
Seu espaço
No tempo
Pois só é amado
Quem gera
Saudade
A primavera
Do passado
Não tem idade
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06/12/2015 -
Marília Pêra continua em cartaz
Depois de 72 anos brilhando por aqui, Marilia Pêra voltou ao espaço, para sua casa original, junto das outras estrelas. Dançou, cantou, atuou, dirigiu, ensinou, produziu, coreografou, amou. Viveu como numa fusão nucelar, liberando toda energia e transcendendo ao infinito.
Ela de uma nobreza, de um porte de rainha, de uma arte inerente à existência, de uma magnitude ímpar, de uma delicadeza forte, de uma luz que cobre a todos como um manto, de uma beleza que não envelheceu, de um encanto que jamais se perdeu. ...
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05/12/2015 -
Vestida de vermelho
Vem vestida de vermelho, dama de fazer o cavalheiro dobrar-se em joelhos numa cortejamento que vai ligando e desligando e religando sentimento. Vem de pernas à mostra e cabelos ao vento. Vem e, em ensolarada ou ao relento, quem é que não gosta da beleza posta de forma mais que especial. Aliás, espacial, pois é vinda das estrelas, das constelações, das galáxias das imaginações que moram em minha cabeça. Não se esqueça de que somos partes do universo, repletos de infinitos e segredos, de luzes e sombras, de desejos e medos. Vem vestida de vermelho e nem precisa de espelho para saber que está soberana, dona das ruas, dos corpos, das camas. Arde em chama e faz arder na ilusão quem a ama. Rama de sedução. Trama de paixão. Drama de sim e não. Impossibilidade abstrata. Pele de cetim e coração de lata, vira-lata, que destrata a coisa amada. No seu vermelho, o relho do fim vai cortando, sangrando, se acabando em mim. ...
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05/12/2015 -
Dá corda, dá linha
Hoje eu não quero mais você
Vai pra lá, sai daqui, dê o fora
Esquece meu rosto, meu gosto
E nem me pergunte o porquê
Só se lembre que deixei posto
Quem amei mandei embora
Porque o amor também em hora
Tem hora para começar e acabar
E recomeçar e reacabar e tocar
Seu caminho tortuoso e gostoso
De idas e vindas, de vai e vem,
De meu mal, meu bem, meu mal
É preciso, afinal, você dar corda
Dar linha e tal, e o amor acorda ...
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04/12/2015 -
Universo paralelo
Se quiser nesse mundo, esqueça tudo o que eu disse sobre o amor. Por aqui, eu perdi a validade. Estou ultrapassado. Sou o passado do passado no futuro do presente mais que ausente. O meu mundo é ontem. O meu coração vive em trasanteontem. Eu brindo à nostalgia, bons tempos, velhos dias. Virei démodé. Alguns ainda me acham retrô, mas minha poesia nasce e vive fora do seu tempo. Dizem que eu estou fora de moda e eu agradeço, pois se o modismo é a superficialidade prefiro viver na saudade. Afinal, quem é que ama de verdade hoje em dia? Quem é que se interessa por um romance profundo? Quem é que ainda se emociona? Vivemos uma crise profunda de sensibilidade. Humanos ou robôs? A delicadeza está praticamente extinta. Meus versos se perdem no ar. Apaixonar-se virou motivo de piada ou de vergonha. Se eu digo que amo sofro bullying. E todos se pegam, se esfregam, se segregam e não amam ninguém. Que conexão é essa? Que interconectividade é essa? Nos tempos desse amor digital eu ainda amo analogicamente, tendo que arrumar minhas antenas para captar, a cada instante, os sinais da pessoa amada. Nada de programar o coração, pois quem vai querer uma programação que inclua sofrimento. E o sofrimento é inerente à paixão, pois qualquer nascimento gera uma dor. A dor da mudança, da transformação, da evolução. Quem vive no automático não é capaz de viver um amor de direito e de fato. Portanto, nesse mundo robotizado minha poesia não cabe. Só continue lendo o que eu escrevo caso se permita ao contato com um tempo que não condiz com a realidade. Sensibilize-se, emocione-se, apaixone-se de perder o chão e seja bem-vindo ao meu universo paralelo, onde os amores sempre valem a pena.
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04/12/2015 -
Musicalmente
Fala baixinho, verso por verso, da canção que o vento compôs pra você
E bem devagarinho vá tateando meu corpo como se fosse o seu piano
Vá buscando as notas que falam de sorrisos, olhares, danças e buquês
Vá se entregando às claves de sol e lua me amando sem mais porquês
Deixando a música fluir por todo o seu reino interior sem outros planos
Que não seja eu e você juntinhos num emaranhando que é mais ninho
Do que qualquer outra coisa. E musicalmente, bela, acabe seus passos,...
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03/12/2015 -
Eu não sou daqui
Eu não sou daqui
Eu venho distante
De onde dobra o rio
E canta o buriti
Venho do delirante
Do que causa arrepio
Eu não sou daqui
Eu venho por prazer
Ao amor desconhecido
E pelos que conheci
E deixei por querer
Ou porque os perdi
Eu não sou daqui
Eu venho do infinito
Das estrelas da manhã
Trago o que vivi
O coração contrito
E sete sementes de romã
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03/12/2015 -
Maria Etelvina
Maria das Etelvinas, das portuguesas que cruzaram o Atlântico para tecer suas histórias neste chão. Etelvinas de coser. De seus doces. De suas costuras. De suas belezas. De seus fados.
Etelvina das Marias, das brasileiras que são índias, nativas desta terra, mistura de mulheres, de sonhos, de expectativas, de paixões.
Maria Etelvina que não abre mão do seu amor, que vive para seus filhos, que ano após ano vai abrindo caminho. Maria das saudades, Etelvina de todas as idades. ...
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02/12/2015 -
Mortes poéticas
Se eu fosse violeiro eu pegava minha viola e abria caminho até morrer num luar do sertão. Se eu fosse pescador eu entregava meu barquinho às ondas e ia morrer em alto-mar. Se eu fosse lavrador eu semeava meus sonhos para morrer em paz na terra que daria meus frutos. Se eu fosse criança eu juntaria um tanto de balão de gás e ia morrer perto das estrelas. Se eu fosse mergulhador eu ia ao fundo do oceano encontrar um galeão para morrer pirata. Se eu fosse festeiro eu acendia uma fogueira pros três santos e morria lá no meio. Se eu fosse capoeirista eu jogava contra o mal e morria em nome do bem. Se eu fosse astronauta eu tomava o primeiro foguete rumo à lua para morrer na solidão daquelas crateras. Se eu fosse caçador eu me dava de comer à onça para morrer naquelas presas. Se eu fosse pássaro eu voava, voava, voava até me faltar asa e morrer como morre o vento. (...) Mas eu sou poeta e como tal só sei morrer de amor... E assim eu vou, entre versos e linhas, morrendo de amar.
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02/12/2015 -
Deu em nada
Eu já pedi aos sete mundos
Para te levar da minha cabeça
Eu já tentei viver sem você
E morrer com você, pra você
E me acabei no fundo
Eu fui profundo
No amor que é nossa sentença
E agora me convença
Por favor
Que valeu a pena a dor
Da caminhada
Que deu em nada
Andamos
Sonhamos
Vibramos
E nos deixamos pela estrada
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