Daniel Campos

Texto do dia

Se você gosta de textos inéditos, veio ao lugar certo.

Arquivo

2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Encontrados 56 textos de novembro de 2014. Exibindo página 1 de 6.

30/11/2014 - Velas salgadas

Velas
Que carregam o sal
Dos devotos e dos marujos
Ao estibordo do coração

Velas
Que queimam o sisal
Das parafinas salgadas
E das ondas de pranto


Comentar Seja o primeiro a comentar

30/11/2014 - De mim em você

Tem um canto pra mim no seu contracanto? Tem um pedaço de mim no seu traço? Tem um pouco de mim no seu tudo mais louco? Tem um estaleiro para mim no cais do seu corpo inteiro? Tem uma atração por mim no seu coração? Tem chuvas de mim caindo nas suas curvas? Tem uma pitada de mim na sua calada? Tem um que pra mim no seu balancê?


Comentar Seja o primeiro a comentar

29/11/2014 - Despertar sempre

Vá em busca de novos tempos, novos começos, recomeços, meios e fins para se alcançar o sonho sem preço. Saia dessa inércia e busque o que é seu, por direito da sua fantasia. Procure por novos luares, novos pesares, novos amares, novos lares. Deixa o desânimo para lá, sacuda a sua alma, chacoalhe o seu coração, toma as rédeas da sua vida e não perca mais tempo. Há muito a ser conquistado, batalhado, realizado, mas você precisa dar o seu melhor para que tudo ocorra da forma como você quer. Nada de choramingar, reclamar, acovardar-se. A vida acontece lá fora e você onde está? Estamos de passagem e, para tanto, é preciso coragem. Cada dia que anoitece é um dia a menos que amanhece para você. É mister ter força de vontade para encarar a realidade. Se a macieira deixasse tudo para amanhã nunca teríamos maçã. O destino foi escrito para ser cumprido, vivido. Portanto, bote juízo na sua cabeça e dê corda no seu coração, pois a vida é muito mais do que um sim ou de que um não.


Comentar Seja o primeiro a comentar

29/11/2014 - Jaz

Eu daria tudo
Meu mundo
Meu teto meu feto
Minha nuca
Minha busca
Meus retratos
Meus fatos e contrafatos
Minhas partes
Meu todo
Minhas artes
Meu soldo
Meu Marte
Meus medos
Meus enredos
Meus casais
Meu apogeu
Por uma hora a mais
Com quem em meu eu
Jaz


Comentários (1)

28/11/2014 - Seguir em frente

É hora de desparecer
Mais do que posso
De sumir de vez
Sem sofrer mais
Quebrar os elos
Que faltam
Nos meus, nos seus
Nos nossos
Acabar com o paralelo
Que ainda existe
Entre nós
E seguir a sós
Com as marcas do adeus


Comentar Seja o primeiro a comentar

28/11/2014 - Não mexa com a minha fé

Não mexa com a minha fé. Se você mexer, ai ai, não vai ficar de pé. Quem mexe com minha fé mexe comigo e seja homem ou mulher corre perigo. Não mexa, não mexa no que você não conhece. Se for para falar do que eu acredito, não minto quando aconselho: vê se me esquece. Se maluco você não é não se intrometa na minha fé. Seja discreto no assunto religião e não provoque quem está quieto. Tudo o que você manda para mim volta para você, portanto, presta atenção para que rumo você manda o seu canto. O seu olho-gordo em mim não pega. A sua praga o meu vento carrega. Quando você grita contra mim eu lhe escuto mudo. E suas vibrações negativas não atravessam meu escudo. Não mexa com as minhas forças interiores. Respeite os meus mentores!


Comentar Seja o primeiro a comentar

27/11/2014 - Reachar

Não tem problema a gente se encontrar
E depois se dar tentando se achar
E se alguém declamar um poema, seja
O vento a menina ou o senhor da esquina
Eu hei de viver os versos dizendo me beija
Como nunca disse para ninguém porque o bem
Há de vencer todo e qualquer mal que enseja
Pelas ruas pelas noites pelas casas vazias
Da nossa memória e não é uma iniciativa inglória
Se a gente se reencontrar e se reachar
Pelos achados e perdidos do nosso coração...
continuar a ler


Comentários (1)

27/11/2014 - Rio interior

No meu peito passa um rio. Um rio que já passou. Um rio que segue em frente. Um rio que nunca está vazio. Um rio aflorado de sentidos e carregado de desejos como se estivesse no cio. Um rio que ora é manso ora é de correnteza. Um rio que tem no seu correr a própria beleza. Um rio que nasce na fonte da minha existência transcendental. Um rio que desagua no mar da minha alma. Um rio que corre por todo meu corpo e extracorpo. Um rio que leva tristeza e felicidade no mesmo leito. Um rio que faz as curvas do meu destino. Um rio doce como os sonhos inocentes que leva em seu curso. Um rio que nunca seca. Um rio de imaginação, de inspiração, de fascinação. Um rio mágico habitado por seres mágicos. Um rio que se avoluma em versos e prosas. Um rio de tantas e quantas histórias. Um rio azul, verde, rosa, prata... Um rio que se perfuma no mato, nos deuses e nas mulheres que bebem de sua água. Um rio sem limite definido. Um rio que rompe fronteiras e desconhece barreiras. Um rio que abraça estrelas, que faz cama pra lua e que às vezes se desprende do chão e flutua. Um rio que toca fundo e sempre adiante mesmo que trazendo águas passadas. Um rio de heróis, de gente muito simples e mulheres amadas. Um rio de sentimento corrente que vai me levando em frente.


Comentar Seja o primeiro a comentar

26/11/2014 - Muito cuidado

Meça suas palavras
Doma seus instintos
Coloca o juízo no lugar
Faz da fraqueza a força
E nada de vacilar
A mesma mão que acena
Cava, cava, cava
O seu próprio destino
Não minto
Torça
Pro seu próprio bem
Para não haver dilema
Entre o amor que quer
E o amor que tem


Comentar Seja o primeiro a comentar

26/11/2014 - E então isso e aquilo

E então me beijaram. E então me arranharam. E então me apaixonaram. E então me despiram. E então me sorriram. E então me viram. E então me procuraram. E então me acharam. E então me pegaram. E então me sumiram. E então me reencontraram. E então me tomaram. E então me possuíram. E então me despiram. E então me estranharam. E então me morderam. E então me bateram. E então me prometeram. E então me falaram. E então me calaram. E então me roubaram. E então me leram. E então me compreenderam. E então me tomaram. E então me arrepiaram. E então me puxaram. E então me gozaram. E então me enlouqueceram. E então me venceram. E então me viveram. E então me dominaram. E então me soltaram. E então me inflaram. E então me roeram. E então me escreveram. E então me doeram. E então me acompanharam. E então me juraram. E então me amaram.


Comentar Seja o primeiro a comentar

      1  2  3  4  5   Seguinte   Ultima